Morte.

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Draco acordou mais leve naquele dia, ele se sentia forte, confiante, uma sensação que lhe pareceu nunca ter sentido antes, ele estava feliz, borboletas voavam dentro do seu estômago, era estranho se sentir assim tão bem, e se fosse a uns meses atrás ele provavelmente se sentiria errado por tamanha felicidade, mas agora, hoje, com as unhas verdes e vermelhas iluminadas pela luz quente do sol que entrava da grande janela em seu quarto, ele queria se permitir se sentir bem.

Desceu rápido da cama seguindo em direção a cozinha ainda de pijama, olhou de canto para o quarto de Harry encontrando a porta aberta, se autorizou a expiar por alguns segundos, se deparando com ambiente vazio, o moreno provavelmente já tinha saído a caminho de hogwarts, Draco já havia falado com Lupin a tamanha imprudência que era permitir que Potter ainda vagasse pelos corredores da escola, mas segundo Remus, enquanto Dumbledore estivesse lá, ele estaria seguro.

Quando finalmente desceu para a cozinha pode encontrar Ronald parado lendo algo no profeta diário, ele estava com postura curvada enquanto levava a colher de cereal até a boca deixando gostas de leite cair sobre seu colo.

Por cristo, Ginevra foi a única da família a receber mínimos modos? Pensou Malfoy.

O ruivo o cumprimentou secamente e prosseguiu com a leitura, não fazendo questão de aprofundar qualquer intimidade com Malfoy, e ele não reclamaria, uma Weasley já era mais que o suficiente.

A manhã foi tranquila, ele e Rony mal trocaram duas frases completas, o máximo de comunicação foi quando o ruivo veio avisar a mudança de horários, já que Harry tinha ficado lá ontem no lugar dele, ele veio mais cedo, e que Neville viria a tarde hoje, junto com Luna, Draco só assentiu e voltou a focar no livro.

Durante o almoço ele se questionou em vários momentos como alguém como Gina tinha um irmão como Rony, não que ele gostasse da menina, mas ela era incrível, inteligente, ótima em esportes e até onde Draco tinha convivido, a educação dela era impecável e Ronald parecia comum, para não usar uma palavra pior pensou Draco.

Por volta das duas da tarde Neville e Weasley trocaram de turno, mas o garoto só realmente foi encontrar Malfoy uma hora depois, quando finalmente tomou coragem de entrar no escritório de Lupin e falar com o loiro.

- Malfoy. - Neville começou abrindo a porta devagar, ele parecia um animal se aproximando de um predador, com cautela, medo, quase pânico. - Licença, eu fiz sanduíches e queria saber se você... bem, sabe, se você...

- Eu adoraria Neville. - Draco por fim disse fechando o livro e se levantando passando pelo menino e indo até a cozinha. - São esses aqui?

- Isso. - Longbottom assistiu cauteloso enquanto Malfoy experimentava o lanche.

- Ficou muito bom.

- Obrigada. - Um sorriso se fez presente no rosto do moreno enquanto ele se aproximava, agora sem tanto receio, e se sentava junto ao loiro. - Minha avó costuma fazer, me alegra depois da visita aos meus pais, imaginei que te alegraria.

- Foi muito gentil. - Draco mentiria se dissesse que não ficou constrangido com a gentileza do grifinório. - Obrigada, e sinto muito pelos seus pais.

- Eu também sinto.

Eles ficaram um tempo em silêncio, só saboreando o sanduíche, até que após finalizar Neville pigarreou chamando atenção do loiro.

- Está perdendo algumas aulas de herbologia, se quiser posso te passar, ensinar.

- Eu agradeceria.

Neville pegou a mochila e foi com Draco até o escritório, eles passaram o resto da tarde assim, Luna chegou por volta das quatro horas e se juntou a eles, os três revisarão de herbologia a poções, Draco começou a ficar mais a vontade quando tomou a rédea da situação e percebeu que assim como ele tinha dificuldade em herbologia, Neville era péssimo em poções.

Fim. || Drarry (hiatus) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora