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POV TOM

28 de Novembro de 1941
20:59

Marcell Slytherin era detestável. Um garotinho mimado e imprudente que só pensa em si, sua riqueza e em seus prorios desejos.

Ele saia por aí, mostrando aqueles dentes brancos e retos e exibindo seu sobrenome como se fosse uma tela de arte em um museu. Riddle estava cansado de vê-lo por aí, lançando encaradas para as garotas, fazendo-as derreter ao jogar seus fios escuros para trás.

Slytherin tinha praticamente todas aos seus pés, e mesmo assim - mesmo podendo fazer uni, duni, tê ao escolher qualquer garota - ele prefereria justo a que não o dava bola.

Eva parecia o odiar, a Voz percebeu. Ela praticamente revirava os olhos sempre que ele se aproximava, lançando-lhe cantadas e lhe oferecendo presentes caros - que para ela eram nada de mais.

Quando a Voz percebeu - em uma de suas escapadas da mente de Tom - que Marcell se derretia pela nova aluna - a mesma que a atormentava - ela se prontificou em aparecer para ele, agindo como uma boa alma que estava ali para o ajudar com aquela garota.

De inicio - ao se dar conta que Eva nunca se interessaria por ele - a Voz ficou irada - ela só precisava que Sinclair se afastasse de Riddle, e tudo estaria bem de novo - mas então, como em um estalar, ela fora puxada de volta para o corpo de Tom, só se dando conta do motivo quando reparou que estava no controle das ações, encarando um certo sonserino que se engraçado para o lado da garota. A Voz quis gargalhar quando entendeu tudo - Riddle estava furioso com tudo aquilo, e um Riddle furioso com a única coisa que o trás a superfície é um Riddle vulnerável, e a vulnerabilidade dele é a força da Voz.

Claro que tudo passou rápido demais quando Eva se virou, encontrando o azul escuro de Tom e sorrindo, caminhando até ele e deixando Marcell plantado ao meio do corredor com cara de tacho. Tom fora puxado de volta, sorrindo para Eva e caminhando ao seu lado.

Obviamente a Voz quis gritar, se contendo ao reparar que isso já era algo, e que bastava ela investir nesse algo.

E, enquanto a Voz estava totalmente ciente de que Riddle sentia ciúmes de Eva, Tom estava totalmente perdido.

Ele não sabia o que era aquele ódio repentino que sentia sempre que flagrava Marcell interagindo com Sinclair, e não sabia o porquê de aquilo fazer com que a Voz subisse. Ele não sabia o que ele estava sentindo.

— Tudo bem?

Riddle ergueu os olhos para a garota que havia acabado de chegar, sentando-se a sua frente e colocando um livro sobre a mesa da biblioteca em que estavam.

— Hm?

— Tudo bem? - repetiu - Você está meio distante.

Ele deu de ombros, se endireitando no assento.

— Você demorou.

— Pois é - Eva revirou os olhos, abrindo seu livro - Marcell apareceu e ficou me enchendo a paciência.

E isso foi o suficiente para que Tom ficasse bravo o suficiente para que a Voz conseguisse ao menos falar consigo.

Eva nem se quer reparou na feição de Riddle, lendo seu livro e tentando achar o trecho que precisaria copiar para a sua lição de casa.

"Veja como ela nem sequer liga para você"

Ele tencionou todos os seus músculos. Fique quieta. Exigiu mentalmente.

Um som abafado de uma risada surgiu em sua mente. "Se eu fosse você, ficaria esperto. É questão de tempo até ela se interessar por Slytherin, te abandonar e ir até ele"

Dark Lady (1) - Tom Riddle (Republicada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora