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01 de Setembro de 1941

22:01

Finalmente eu estava com a chave em mãos.

Aquele garoto, Tom Riddle, é totalmente estranho. Ele com certeza tem algo a esconder e eu estava almejando toda a distância possível entre nós. Seja lá o que for que ele esconde, bom não deve ser, e eu definitivamente não queria problemas para mim.

Era minha primeira noite no colégio e já haviam acontecido muitas coisas. Eu estava estranhamente cansada e queria apenas um banho e a cama deliciosa daquele quarto. . .

O meu quarto era separado e diferente do das outras pessoas. Eu era uma Merlin - tataraneta de Merlin (próxima a ele) - Sinclair - descendentes do próprio Salazar e última na linhagem da família com maior histórico de artes das trevas no currículo. Todos - e quando digo todos não estou excluindo nenhum - meus antepassados foram da sonserina. Um deles era o criador dela. Óbvio que eles deixaram alguma coisa escondida por trás daquelas masmorras.

Havia uma porta na parede vaga entre a entrada para o corredor dos dormitórios femininos e masculinos. Uma porta que não estava ali antes da chave tocar a palma de minha mão.

Andei calmamente até aquela porta de madeira de um tom tão escuro quanto o metal da chave.

Meus olhos castanhos vagaram por toda ela e, mesmo assim, não encontro onde a chave deveria entrar, fitando somente a maçaneta antiga esverdeada.

— Para que a chave então? - murmuro sozinha, arregalando os olhos e dando um passo para trás ao esbarrar a mão na porta e sentir aquela. . . magia. Aquele quarto estava carregado de magia, e era tão forte e pesado que chegava a assustar. Eu poderia a cortar com uma faca.

Inclinei o rosto para o lado, raciocinando que se o quarto era carregado de feitiços, a porta também deveria ser aberta por um.

Respirei fundo, estabilizando meu núcleo mágico, deixando a leveza e a pureza de minha magia correr por todo o meu corpo.

Totalmente relaxada eu ergui a mão e a encostei ao centro da porta, vibrando com o poder que ela exalava e mentalizando nossa conexão - Sinceramente? Eu não fazia ideia do que exatamente eu estava fazendo, era mais como meu instinto agindo por si só - e de repente, após um estalo leve e baixo, a porta se abriu.

Sorri, guardando a chave no interior da capa e adentrando o lugar.

Era como passar algum tipo de barreira mágica. Era a mesma sensação de quando eu passava a barreira protetora que dividia minha do mundo trouxa - ela ficava bem no começo da barreira entre o mundo não mágico e o mágico.

Fechei a porta assim que entrei, deslizando os dedos pela fechadura na parte interior da porta, onde encaixei a chave e a girei, selando o aposento.

O quarto em si era parecido com o que eu tinha em minha casa - paredes de um tom estranho de preto, a parede que se seguia da porta era forrada de prateleiras com todos meus livros, uma cama de casal com dossel e lençóis pretos no centro da parede em frente às prateleiras, em cada um de seus lados havia uma mesinha e somente em um deles continha uma poltrona de couro. No lado oposto se encontrava uma abertura que, muito provavelmente, levava ao closet e ao banheiro.

Sorri. O cheiro daquele lugar era familiar. Se assemelhava ao perfume de minha mãe.

Ao me aproximar da cama avistei uma pequena caixa e um envelope em uma das mesinhas ao lado do colchão.

Franzi o cenho, me aproximando. A caixinha era verde e aveludada, parecia cintilar na luz do quarto. Primeiro puxei a carta, sentando-me na cama para lê-la.

Dark Lady (1) - Tom Riddle (Republicada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora