3. Dou vida à uma espada sinistra

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Mistura perigosa, eu sei. Principalmente na copa do mundo, quando as três nacionalidades se dividem em pequenos grupos e trocamos alguns socos e tiros para defender nossos queridíssimos times de futebol. Em tempos de copa do mundo, a gangue praticamente vira uma verdadeira chacina e faz os filmes de faroeste de bang-bang norte-americanos parecer uma verdadeira piada. É tipo uma versão realista e mais assustadora do próprio Tropa de Elite.

Nossa gangue é como uma grande família, amamos uns aos outros em grande parte do tempo, mas na outra pequena parte do tempo a gente às vezes tenta se matar. Algo normal como em toda família que deixa as famílias e casas de Game Of Thrones no chinelo, literalmente. A gangue é uma selva, apesar de sempre ajudarmos um ao outro, é necessário ser independente e lutar para ter ser merecedor do seu lugar aqui.

— Ora, o que temos aqui. — Bob anuncia em português totalmente sorridente quando entro com a BMW dentro da oficina e a estaciono, antes de sair do veículo. — Quem foi sua pobre vítima dessa vez?

— Uma BMW i8. E respondendo sua pergunta; foi uma megera oxigenada cheia de silicone e botox. — Digo simplesmente. — Acha que pode desmontar e revender as peças pelo triplo do valor original?

— Gata, o que você está me perguntando é quase o mesmo que perguntar a um peixe se ele pode nadar. — Bob brinca sorriso, exibindo os dois dentes da frente que eram desregulares e um pouco grandes, dentões assim como os do Bob esponja. — Acho que consigo um bom comprador para amanhã mesmo. Depois você vem aqui e dividimos os lucros assim como já é de costume.

Concordo com a cabeça, o analisando.

Bruno não era muito alto. Era baixo, mas em compensação era muito musculoso, cheio de tatuagens nos braços e piercings no rosto. Tinha o cabelo escuro, mas era ralo e tinha a pele era morena. Ele usava um dos macacões azuis sujos de graxa preta, que eram o uniforme oficial da oficina que tinha um crachá com seu nome preso ao tecido. E na parte detrás do macacão, tinha o logotipo da oficina que foi criado e desenhado por mim mesma.

Subitamente me assusto quando sinto meu pescoço ser envolvido por trás e logo sinto minha bochecha ser beijada, por ambos os lados, ao mesmo tempo. Reviro os olhos e suspiro, já sabendo quem era os dois atrás de mim.

— Quem é vivo sempre aparece, pelo visto. — Fernando cantarola alegremente.

— Você anda sumida demais, Dodô. Nem parece que gosta mais da gente. — Fernanda diz.

Viro-me para encarar os gêmeos loiros que estavam atrás de mim, que por coincidência ambos eram meus dois exs. Sim, eu sou bi e antes que me julgue por me envolver com os dois gêmeos ao mesmo tempo, saibam que ambos tinha o conhecimento de que eu namorava os dois ao mesmo tempo e aceitavam numa boa dizendo que eles sabiam dividir e que cresceram dividindo tudo, então porque não dividirem a mesma namorada?

Tanto Fernando, quanto Fernanda continuavam ainda mais bonitos do que já eram. Ambos tinham a pele tão clara quanto porcelana, o que me faz lembrar que já deixei marcas visíveis de incontáveis chupões em suas peles. Ambos eram altos e tinham olhos azuis intensos. Fernando tinha ombros largos e músculos bem definidos e que eram totalmente salientes pela camisa preta que estava usando de mangas curtas que exibia a tatuagem de cobra que tinha no braço esquerdo e ele ainda era muito gostoso. Droga.

Já Fernanda, tinha suas curvas volumosas e perfeitas evidenciadas pelo cropped curto que usava e exibia sua barriga lisa com uma borboleta ali e uma calça jeans skinny que só serviam para marcar ainda mais suas curvas naturais de darem inveja em qualquer garota. E assim como o irmão, continuava bastante linda, com seu longo cabelo loiro brilhante ondulado.

Eu cheguei a mencionar que tenho certa queda por loiros? Se não, estou falando agora. E não é uma queda qualquer na verdade, estava mais para um precipício gigante por gente que tem o cabelo loiro. Não sei por que eu tenho essa tara, mas sempre me sentia inexplicavelmente mais atraída por eles.

Things We Lost In The Fire ── 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐔𝐒 𝐂𝐇𝐀𝐒𝐄Onde as histórias ganham vida. Descobre agora