Cáp19-Não tenho forças.

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Horas haviam se passado desde quê Jay foi transferido para o quarto, segundo Will o mesmo ainda ficaria por um bom tempo no hospital, e quando recebesse alta ficaria afastado do trabalho até quê se recuperasse por completo.

Apesar de Will e Natalie ter afirmado diversas vezes quê Jay estava fora de perigo, ainda sentia uma angústia dentro de mim. Porquê por mais quê eu tentasse eu não conseguia esquecer da cena de Jay dentro da ambulância, pálido e frágil. Usando uma máscara de oxigênio enquanto lutava por sua vida.

Jay ainda não havía acordado desde a cirurgia, e isso me deixou muito preocupada de início. Mas Will conseguiu me tranquilizar um pouco dizendo quê ele ainda estava sobre efeito da anestesia, e em breve acordaria.
E no momento essa era a minha maior expectativa. Quando vi Jay entre a vida e a morte me dei conta do quanto eu precisava do seu sorriso, do som de sua voz e até mesmo de sua risada...Das brincadeiras quê ele fazia, e de olhar em seus olhos e ter a certeza de quê ele estava ali.

Era estranho a forma como uma pessoa tinha o poder de mecher completamente com a outra, antes de conhecê-lo nunca havía sentido isso por ninguém, e também nunca achei quê algum dia chegaria a sentir. Sempre evitei assuntos quê envolvesse amor porquê sinceramente nunca acreditei realmente nele, sempre achei quê esse tal sentimento existia somente para nos machucar e para nos fazer perder tempo e por um bom tempo essa idéia me acompanhou.

Porém quando Jay surgiu em minha vida, toda essa certeza quê eu tinha de quê o amor era apenas uma besteira desapareceu repentinamente, e eu comecei a perceber quê talvez não fosse uma completa baboseira.
O amor existe é difícil de encontrar mas não impossivel, Jay me ensinou quê o sentimento mais lindo quê alguém pode sentir é o amor, a sensação de amar alguém e ser retribuído da mesma maneira é incrível. Mas no entanto como nem tudo é conto de fadas, assim como pode reerguer uma pessoa o amor também pode destruir.

Passei os últimos quatro infelizes anos sentindo a falta quê Jay me fazia, as lembranças de nós dois juntos me torturava e a dor de não tê-lo por perto tornou-se quase impossível de ignorar.
Mas quando voltei para Chicago e o vi pela primeira vez depois de anos, percebi quê não adiantaria mais negar e muito menos fugir, eu já havía se apaixonado por ele.. Por Jay Halstead, e agora já era tarde demais para tentar lutar contra esse sentimento.

Eu o amava... Amava meu parceiro, e se fosse a alguns atrás acharia errado quebrar as regras quê eu mesma me impus: Nunca absolutamente nunca, se envolver com alguém do trabalho.
Mas hoje eu não estava nem um pouco preocupada com essas malditas regras, Jay havía me feito esquecer delas.

...

Com o garfo eu mexia em minha comida, sentindo um desânimo e nenhuma vontade de comer. Á poucos instantes havía chegado a um restaurante próximo ao Med,  juntamente com Kim e Natalie depois de muita insistência das mesmas de quê eu deveria comer alguma coisa, já quê havía passado horas sem me alimentar.

—Amiga sei quê é difícil mas você precisa se alimentar. Jay irá ficar bem. E tenho certeza quê quando acordar não irá gostar de vê-la dessa maneira. —disse Natalie e bebericou um pouco de suco quê tinha em seu copo.

—Eu sei Nath, mas é complicado tive perto de perdê-lo.—falei sentindo um aperto no peito.
—Ainda me sinto angustiada, preciso vê-lo acordado e ouvir o som de sua voz. Talvez só assim consiga realmente relaxar.

—Tudo bem amiga, eu entendo você e imagino quê deve estar sendo muito difícil.—disse Natalie e parou de falar por uns instantes parecendo pensar no quê dizer.—Mas então podemos fazer o seguinte: Você come nem quê sejá um pouco, e depois voltamos ao Med para ver se Jay já acordou. Oquê acha?

E se eu ficar?Where stories live. Discover now