-Chegaremos lá amanhã, se formos espertos, antes do anoitecer. Sinto que ela não está bem, Dustin. -murmurei fechando os olhos, meus punhos se fecharam, eu a desejo tanto que dói. Desejo ouvir sua voz, olhar no fundo de seus olhos e dizer que é minha, poder ser o único a tocar seu corpo e sentir o calor de tê-la perto, sentir o seu toque que é a única coisa no mundo capaz de me acalmar, me fazer melhor do que eu sou. Quando abro os olhos novamente, posso ver o seu rosto. A amo e não pude protegê-la. -Eu sinto.

P.O.V Saphira

-Já vi o suficiente, por hora. -ele soltou meu rosto subitamente e se levantou ficando de frente para Victor, que tinha os punhos cerrados, o entendo menos ainda a cada momento que se passa. -Leve-a para o quarto, faça com que vista algo mais digno da minha presença. A noite está apenas começando.

Seu sorriso virou uma gargalhada, deuses, ele é louco. Que a deusa da lua nos proteja.

Dois vampiros seguraram meus braços, um de cada lado, erguendo meu corpo do chão e começaram a me retirar do salão. Olhei para trás de relance e vi que Victor estava nos seguindo. Não quis mais olhar o rosto de Hector.

-Esperem. -a voz de Victor surgiu quando o click da porta do salão se fechando foi ouvido.

Eu ainda estava sendo segurada, mal conseguia acompanhar o ritmo daqueles vampiros e os seus cheiros estavam me deixando enjoada. Não pode desmaiar num momento desses. Espera pra ver. O gosto de sangue na minha boca só deixa tudo pior. Eu sentia a veia em minha testa pulsar, toda a tensão e a dor acelerando meu pulso. Eles pararam e eu senti minhas pernas tremerem, meus olhos começaram a lacrimejar, mas eu ainda não podia me permitir chorar.

-Eu a levo para o quarto, podem ir. -o rosto e a testa franzida de Victor surgiram no meu campo de visão.

Houve um momento de silêncio que antecedeu a saída dos vampiros, deixando apenas o sussurro da brisa gelada. Minhas pernas falharam, cuspi o restante do sangue no rosto de Victor com o resto de forças que eu tinha.

-Não toque em mim. -murmurei tentando me manter de pé sem ajuda. Ele tem sua parcela de culpa nisso tudo. Além disso, cansei de sentir vampiros perto de mim.

Meus olhos encararam o rosto de Victor, com resquícios de sangue, ele parecia ter levado um soco, sua testa franzida e os olhos tristes opacos. Muito convincente.

-Sinto muito. -ele disse, meus pés se atrapalharam e eu me amaldiçoei por ser tão desastrada, eu só não me recuperei ainda. -Droga, Saphira.

Não, não vem com essa agora. Ele me pôs em seu colo e eu senti a tontura novamente pela rapidez com a qual nos movemos pelo castelo. A próxima coisa que senti foi meu corpo sendo colocado em uma cama, arfei ao sentir o alívio de uma superfície macia envolvendo meu corpo. pisquei para o observar o ambiente ao meu redor, era uma cama média, havia uma pequena mesa com um abajur ao lado, um armário do outro e uma porta no canto perto da janela de vidro verde.

-Cela nova? -perguntei, a voz rouca e sofrida. Sinto como se tivesse sido atingida por um trem, minha cabeça cheia de perguntas. Por que sinto que conheço esse Hector? Tenho certeza que ele me conhece, mas nunca o tinha visto até hoje.

-Vou buscar gelo pro seu rosto. -Victor fez uma careta, não pude sequer notar que havia saído, porque no momento seguinte já senti o gelo em minha bochecha. -Segure.

-Ai! -reclamei contraindo o rosto e sentindo a dor aguda se intensificar, meu rosto já estava inchado de qualquer forma. -Não podia ter avisado antes de jogar no meu rosto assim?!

Minha [Em Atualização]Where stories live. Discover now