So it Goes - Jensoo

Capítulo 1 - One

Olá!

Primeira aventura no mundinho Jensoo. Espero que gostem!

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Duas semanas haviam passado e Jennie Kim ainda não acreditava no que tinha ouvido sua mãe discutir com um dos sócios da Kim Enterprise - um casamento arranjado com o filho do dono de uma companhia que eles pretendiam incorporar. Mal conseguia enrolar sua cabeça ao redor do fato que sua mãe estava pensando em a usar como uma moeda de troca.

Como se ela fosse somente um meio para o fim. Justo quando pensou que a relação sempre azeda das duas estava a ponto de melhorar.

— Você consegue acreditar na audácia dessa mulher, Rosie? Não foi o suficiente ela me despachar para a Austrália estudar quando eu era criança e depois me despachar para a Inglaterra quando fui para a faculdade. Não! — arrastou a última palavra, fazendo a loira arquear uma das sobrancelhas bem feitas. — Para completar o prêmio de mãe do milênio ela decide basicamente me vender em troca de um negócio.

— Vender é uma palavra muito forte, Jen.

— E como você interpreta isso que ela está tentando fazer? — a morena parou em frente a melhor amiga, braços cruzados e a testa franzida. — Reencontro com nossas virtuosas raízes medievais?

— Você tem um ponto.

Jennie suspira antes de praticamente se jogar sobre a cama de hotel. — O que eu faço, Rosie? Sou muito nova para ter um casamento arranjado, mal fiz 26 anos.

Quando não obtém resposta rápida da melhor amiga, vira os olhos em sua direção e a encontra digitando no celular. Aquela era a maior crise que tinham em anos e a loira não estava nem prestando atenção, bufou indignada. Jennie supunha que a distração de Roseanne tinha motivo - ela tentava estar presente em sua vida ao mesmo tempo que mantinha sua promissora carreira como cantora e um relacionamento com uma atriz coreana chamada Bae Su-ji, ou como Rosie as havia apresentado, Suzy.

Um relacionamento secreto, além de tudo. A Coréia ainda tinha opiniões conservadoras sobre como as pessoas poderiam se comportar, principalmente enquanto figuras públicas. Esse era um dos poucos motivos pelos quais era grata a sua mãe - quando Jennie tinha cinco anos, a mulher começou a transferência da empresa da família para Paris e isso significava que a morena mal viveu em seu país natal.

Sempre esteve em lugares bem mais receptivos a pessoas LGBTs. Não eram poucas as vezes em que se perguntava como Rosie conseguia aguentar manter tudo escondido quando tinha vivido sua vida inteira fora da Coréia. A amiga tinha trocado a Austrália pelos Estados Unidos durante a faculdade e desde que saíra do armário para seus pais e amigos próximos ainda na adolescência, nunca tinha encontrado motivos para não ser 100% real com suas emoções. Isso até Suzy, a garota que tirou seus pés do chão. Incrivelmente as duas estavam juntas há quase dois anos e nada tinha escapado para a mídia coreana.

— Suzy acabou de me dar uma ideia sobre o que você pode fazer, Jen.

— Você fica fofocando com sua namorada sobre minha vida íntima, Roseanne?

— Quer saber ou não? — arqueou a sobrancelha em desafio. Jennie acenou uma vez. — Você precisa encontrar uma pessoa para namorar.

— Então a solução de vocês duas para o meu problema de casamento forçado é um namoro súbito?

A loira solta um suspiro revirando os olhos. — Um namoro falso, Jennie. Você encontra alguém para fingir para a mídia que você está namorando. A gente arquiteta tudo para parecer um conto de fadas e assim sua mãe não vai querer te forçar a casar. Você sabe como ela é com publicidade e a mídia francesa te ama. Eles vão devorar isso.