Meu infinito particular

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🌌 Para uma melhor experiência, leia o capítulo a seguir ao som de: Two feet- Love is a bitch.
            ✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

E mais rápido do que pudesse ver ela tinha me virado e agora estava em cima de mim, eu grunhi pela forma como as asas bateram no colchão.

- Me disseram que as asas dos Illyrianos são bastante sensíveis

Ela passou os dedos antes de raspar unhas de leve nas pontas das asas.

- Também me disseram outra coisa à respeito das asas- ela se abaixou para perto do meu ouvido, era uma predadora na cama. Não permiti que saísse nenhum som da minha boca. Asteria estava em cima de mim, o vestido ombro à ombro estava agora tão baixo que quase mostrava os mamilos.

- Posso imaginar o que te disseram- respondi com uma voz rouca. Voz essa que a fez morder o lábio inferior.

- Me pergunto se o que dizem a respeito da sua envergadura faz jus- Ela passou as unhas mais uma vez nas asas. Nunca havíamos transado antes, mas ela sabia exatamente o que fazer para me excitar A serafim ficou de joelhos sobre mim na cama, meu membro havia enrijecido e de certo ela sentiu o volume, já que o rosto estava ainda mais surpreso que antes, os olhos dela se arregalaram quando puxei seus quadris para baixo para ela ter certeza da minha ereção, para ter certeza que os boatos eram apenas a ponta do iceberg. Em um único movimento me ergui e sentei na cama com ela no meu colo, apertando forte sua bunda. Ela era uma predadora, mas nunca era difícil para mim tomar as redeas da situação. Eu a beijei, deixei que seus dedos se enrroscassem nos meus cabelos enquanto ela fazia movimentos sutis em cima de mim, mexendo seus quadris só para me provocar. Aos poucos arranquei aquele vestido dela, não usava sutiã, o que me poupava o trabalho de tirá-lo. Os seios estavam enrijecidos e sensíveis, ela gemia baixinho enquanto eu passava minha língua por eles fazendo carinho, ou quando os sugava para dentro da boca. Os gemidos aumentavam o som quando me dispus a dar leves mordidas, só para mostrar a dominância. Eu sentia ela molhada enquanto Asteria  rebolava em cima de mim.

- Eu sequer toquei nela- olhei para o meio de seus pernas- e olhe como já está.

- humm- gemeu baixo quando eu enfiei a mão dentro de sua calcinha- cale a boca- foi tudo que disse antes que eu enfiasse um dedo no seu interior humido e apertado e depois outro enquanto massageava sua zona erógena com o polegar, suas mãos apertaram meus cabelos, me fazia perceber o quanto ela estava sentindo prazer. Eu soltei um gemido quando ela retirou meu membro das calças,  ousada. Os movimentos foram delicados mas acertavam em cheio nos lugares mais libidinosos, suas mãos pequenas eram bastante hábeis, o que deixava tudo mais excitante. Ela sorriu para mim, como se me desafiasse.

- Pare com os joguinhos- Meu membro roçava no clitóris dela, queria que ela me implorasse com aqueles olhos, queria que ela rogasse para que aquilo a corrompesse. Mas ela me beijou, da forma mais selvagem possível, sua língua roçava na minha e dava mordidas nos meus lábios. Fui eu que não aguentei me segurar, só parariamos quando lágrimas de prazer escorressem pelos seu rosto, quando suas pernas estivessem bambas e esse fogo insaciável que crescia nela chegasse ao ápice. Então parte de mim estava agora, dentro dela.

Os quadris de Asteria rebolavam para mim, ela gemia, minhas costas eram arranhadas incessantemente e eu estremecia. Não existia o futuro ou o passado. Existia apenas o agora, e o que fazíamos com ele. Não haviam limites ou medos. Nós éramos tudo e nada. O começo, o meio e o fim. Nos consumiamos e nos liberávamos. Opostos e iguais. E aquilo bastava para que fossemos fogo em brasa devastando meio mundo, o nosso mundo. Éramos só nós e isso bastava.

Os movimentos eram ininterruptos.  Asteria era como um felino selvagem na cama, e eu ficava feliz em cumprir o papel de cachorro. Minhas mãos ajudavam ela a se movimentar, enquanto minha boca sugava seus mamilos que pareciam tão pesados agora que ela estava excitada. Chegamos ao êxtase de corpo e alma. Seu pele estava arrepiada, e ela se esticava enquanto as ondas de prazer se espalhavam para o seu corpo. As lágrimas apareceram nos seus olhos, e eu as beijei. Ela estava imóvel, como se qualquer movimento fosse um grande esforço. O laço que antes nos unia agora era como uma ponte. Naquela noite suamos juntos, embriagados com nossa própria luxúria... Com nosso próprio amor. E no final, depois de tantas outras vezes, que não pouparam sofás, paredes ou mesas, apenas nos deitamos juntos nos encarando. Seu corpo nu era tudo o que eu me dedicaria à adorar. Eu estava de lado deslizando os dedos por sua coluna nua. Observava os chupões que deixei por todo o seu corpo, refazia o caminho que minhas mãos haviam traçado enquanto eu a dedilhava, por dentro e por fora. Haviam mais posições à experimentar, do que noites para fazer com ela. -Quem diria que aquele rosto dócil e inocente esconderia uma predadora.- eu disse em voz alta sem perceber. Ela gargalhou alto.

- Estou no topo da cadeia alimentar.

- Claro, claro. Bem abaixo de mim- Asteria fez cara feia mas não retrucou. Ela não ia contradizer a verdade.

             ✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Suspirávamos ofegantes. Aquele silêncio que se estendiam por alguns minutos não era um incomodo, na verdade era como uma ligação. Podíamos contar todos os segredos. Eu admirava seu rosto e a forma como o penteado agora estava assanhado. Ou como os fios grudaram no rosto com o suor dela. O suor que eu causei nela.

- Eu tenho medo do escuro quando eu não estou com você- Asteria me encarava e eu guardei silêncio esperando que ela completasse- Quando eu fui selada, não era como se eu estivesse apenas dormindo. Na verdade, meu corpo estava numa hibernação constante. Mas minha mente não descansava, os pesadelos e os medos tomavam forma. Era uma escuridão constante, fui refém da minha própria psique durante 500 anos- Parecia tudo tão real. Foi o que pareceu ficar preso na sua garganta.

- Quando eu era criança meu pai me trancafiou em uma espécie de sótão durante anos- soltei um suspiro demorado- eu aprendi a voar mais tarde que qualquer Illyriano. Não tinha uma relação tão boa com meus irmãos também, por culpa deles tenho essas cicatrizes- encarei minha mão, a serafim a segurou e a beijou.

- Eu o invejo, viveu no escuro. Mas hoje a escuridão é sua força- A escuridão é minha força. Minha sombras são minhas companheiras constantes. E eu não tenho medo de nada quando estou com você.

- Você passou 500 anos isolada mas mesmo assim não tem problemas para se relacionar com ninguém.

Eu, mais do que ninguém, sabia como era difícil falar em certos assuntos. Como doía mesmo que passassem séculos. Havia ódio em mim, rancor para com o meu passado. Nojo.

- Eu não tive muitos amigos na infância, você sabe, olhos vermelhos não são bem algo normal. As crianças tinham medo de se aproximar, eu não controlava bem meus poderes. Era tudo um desastre. Na minha vida adulta conheci o Hélion- ela riu- Meu amigo mais fiel, por isso o confiei minhas asas.

- Sempre foram tão próximos?

- Bom, primeiro fomos amantes. Então sim.

- Amantes?- falei enquanto me ergui na cama. Mesmo que mantivesse meu rosto imoerturbável como o gelo, haviam uma chama de ódio dentro de mim.

- Sim, mas depois nos tornamos apenas bons amigos.

- Humm- foi tudo o que eu disse. Conseguia ser bastante carrancudo quando queria. Era um lado meu que eu nunca tinha mostrado para os meus amigos, nem para ninguém.

- Não fique enciumado, está tudo no passado. Faz muito, muito tempo. E não foi um caso sério no fim das contas.

Eu ia responde-la mas ela bolou sorridente para cima do meu corpo, era tão pequena, tão leve e tão frágil. Não queria entristece-la com minha preocupação enciumada, por mais que me custasse admitir, então apenas desviei o assunto.

- Não sei que poderes tem.

- Sem as asas eles ficam fracos, talvez quando eu recupera-las ele se estabilize- ela disse enquanto afastava alguns fios de cabelo da minha testa. A serafim se acomodou em cima de mim, fazendo parecer que eu era mais confortável que a própria cama. Ou ao que parecia, eu a deixava mais cômoda.

-Meu infinito particular, minha lua- disse e rapidamente pegou no sono.

Ela tinha realmente escutado o que eu disse? Ou apenas ouviu no subconsciente enquanto eu disse aquilo para ela? Asteria tem sempre um mistério a mais para ser desvendado.

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🌌 Vocês gostam que eu indique uma música para os capítulos hots? 😳🤫
Sorry pela demora para postar aqui galeris 👁️👄👁️.

Corte de laços e caos (Azriel)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora