Ava - Romance Dark

CAPÍTULO NOVE

                                       Hector Ferretti:

              Eu finalmente tinha aquilo que sempre deveria ter sido meu, Ava. Aquela maldita vadia era mais gostosa do que eu poderia imaginar e estar casado com ela poderia não ser tão ruim quanto eu esperava e isso era o único benefício que eu iria conseguir com aquele casamento, já que um empresário casado sempre passava mais credibilidade, as malditas alpinistas sociais iriam sair do meu pé e eu ainda poderia ter os meus casos se fosse discreto e aquele foi um dos motivos que me fizeram acordar de bom humor apesar de ter reuniões irritantes com os japoneses durante todo aquele dia, parece que eles não respeitavam um recém-casado.

              O banho quente me fez parecer um novo homem, aparei a minha barba e vesti o terno negro, com uma camisa Armani branca e a gravata grafite, coloquei os meus sapatos italianos e arrumei os cabelos antes de sair do quarto, tive a curiosidade de saber como ela estava, mas, aquele não fazia o meu estilo.

               Os empregados estavam de volta na mansão, a mesa do café estava posta e Dakota minha governanta estava a postos olhando-me com curiosidade.

_ Onde está a senhora Ferretti? – Perguntei enquanto pegava o meu jornal que estava ao lado da minha xicara. _ Achei que tivesse deixado claro para todos que ela deveria estar à minha espera para as únicas duas refeições que compartilhamos juntos.

_ A porta do quarto da senhora está trancada. – Respondeu ela cruzando as suas mãos na frente do corpo. _ Chamei algumas vezes, mas, ela não respondeu, então presumi que estivesse cansada da noite de núpcias e deixei com que ela continuasse a dormir, mas, irei a chamar imediatamente.

_ Derrube a porta se necessário. – Mandei encarando-a. _ Mas, eu quero a minha esposa na mesa em cinco minutos ou cabeças iram rolar e não queremos que a sua seja a primeira a cair.

                  Ela saiu apresada da minha frente e voltei a minha atenção para o jornal, é claro que teria alguma nota nas páginas de fofoca sobre o casamento, podia ser algo íntimo, mas, eles sempre conseguiriam infiltrar pessoas em eventos da alta sociedade, pois, isso fazia com que os jornais vendessem. O grito desesperado deve ter sido ouvido por toda a mansão e eu tive de deixar o meu café de lado para ir ver o que estava acontecendo, era só o que me faltava problemas no primeiro dia de casado.

               Subi as escadas em passos apresados quando a voz de Dakota parecia se expandir por todos os cantos pedindo socorro, aquilo iria chamar atenção desnecessária. A porta do quarto de Ava estava aberta e a governanta estava na varanda gritando a plenos pulmões.

_ Senhor ela deve ter adormecido na varanda. – Disse Dakota quando eu me aproximei dela e pude ver o estado da minha esposa, seus lábios estavam roxos, espasmos percorriam todo o seu corpo e eu tinha vontade de esganar aquela maldita mulher, peguei-a no colo sentindo a respiração entrecortada bater no meu pescoço, se ela morresse eu iria até o inferno apenas para quebrar a cara dela. _ Acho que o senhor deveria a levar para o hospital, ela pode ter complicações.