My Sweet Dream - chensung/chenji

Capítulo 9

Três semanas se passaram. Muitas mensagens foram trocadas depois que Chenle e Jisung pegaram o número de celular um do outro, assim como as conversas na escola se tornaram frequentes, e até que indispensáveis.

Chenle não havia notado, mas sempre que recebia uma mensagem sorria como bobo, quando estava conversando com ele não ouvia mais nada a sua volta.

Era um sábado de manhã quando Chenle recebeu uma mensagem, ao ver que se tratava de um áudio de Jisung quase caiu da cama, um exagero talvez? Não para ele. Entrou na conversa e apertou do play do áudio, o primeiro áudio que Jisung enviou a ele, Chenle mal sabia quantos áudios Jisung gravou e excluiu pra no fim mandar um de sete segundos.

"– Ah... Bom dia Chenle! Dormiu bem? Eu queria saber se... se você topa sair comigo hoje."

O chinês sentiu o corpo chegar até a arrepiar ao ouvir a voz rouca de Jisung, provavelmente ele havia acabado de acordar. Também se sentiu nervoso, ele está o convidando para sair, um encontro? — Pensou Chenle.

"– Bom dia Jisung, dormi bem sim, e você?"

Respondeu também com um áudio, sorrindo em seguida, nem mesmo a imagem de Jisung dos seus sonhos apareceu em sua cabeça naquele momento.

"– Eu adoraria sair com você."

Mandou o primeiro áudio que gravou, antes que desistisse da ideia, bloqueou o celular e o deixou com a tela para baixo, ansioso para outra mensagem chegar.

– Qual é? 'To parecendo uma garotinha de 12 anos enviando uma cartinha para o crush.

Quase pulou ao ouvir outro som de notificação, dessa vez uma mensagem de texto, logo vindo outra, desbloqueou o celular e leu as mensagens.

"Dormi bem também"

"Às 18:00 está bom pra você?"

"Está ótimo" — Respondeu rápido.

"Onde vamos?"

A resposta também não demorou a chegar, talvez ambos estivessem ansiosos para essa noite.

"Eu tinha pensado em cinema e depois sorvete, o que acha? Podemos fazer outra coisa se quiser"

"Não, tá ótimo, eu amo ir ao cinema e amo ainda mais sorvete!"

– E amo você também... — Disse em voz alta, logo percebendo o que tinha dito. – Não, Chenle! Você prometeu! Não pode amar, nem gostar desse Jisung!

Se repreendeu, não via que está enganando a si mesmo, ficou imerso em seus próximos pensamentos, mas por pouco tempo, pois chegou mais uma mensagem, logo a conversa encerrou e Chenle rapidamente foi para o chat com Sicheng, sem paciência para digitar, clicou no ícone de chamada de vídeo.

– Sisi, me ajude, eu tenho um encontro!

– Bom dia pra você também, Lele! — Disse com falsa indignação. – Uau, estou surpreso, você nunca aceitou sair com alguém quando morava aqui e depois de apenas um mês aí já tem um encontro! Me conta tudo!

– Bom dia, Sicheng! — Riu baixinho. – Bem... ele é da escola, da sala ao lado da minha, nos conhecemos por acaso e estamos conversando.

– E como ele é? — Perguntou curioso.

– Bem... ele é alto, bonito, tem o cabelo pintado de azul, o sorriso dele é lindo... Ah! E ele também é bem divertido, sempre me faz rir, é um tanto tímido e isso o deixa tão fofo, ele é muito carinhoso e cuidadoso comigo e... — Fechou a boca quando percebeu estar falando de mais, como ele poderia conhecer Jisung tão bem mesmo o conhecendo a pouco tempo?

Quando Chenle voltou a prestar atenção na face de Sicheng do outro lado da tela o viu parado como uma estátua, quando finalmente abriu a boca foi para gritar: – Yuta! O Chenle está apaixonado!

O restante da chamada foi agitada, o japonês apareceu na porta do quarto com um avental e uma espátula na mão, estava fazendo o café da manhã para si e para o namorado, que desligou o fogo rápido quando foi chamado, sorrindo bobo por Chenle, este que negou até o fim a afirmação que Sicheng fez a pouco. Por fim, ficou combinado que Sicheng o ajudaria por outra vídeo chamada mais próximo do horário marcado para o encontro.

– O que diabos eu estou fazendo? — Largou o celular na cama e levantou irritado consigo mesmo e caminhou até o espelho. – Chenle, você está misturando os dois Jisung! Jisung do sonho é o Jisung do sonho, Jisung da vida real é o Jisung da vida real... Talvez eu esteja ficando louco mesmo, estou conversando com meu reflexo!

Se jogou na cama, se enrolando na coberta enquanto resmungava.

[...]

Chenle se encontrava tão nervoso, mal comeu durante o dia, agora estava se olhando no espelho, já estava pronto, apenas esperando a hora de ir. Como combinado de manhã, Sicheng o ajudou a se vestir, estava com uma camiseta rosa com um moletom roxo por cima e uma calça branca.

– Eu não aguento mais esperar!

Saiu de casa ainda faltando meia hora para o horário marcado, pegou um táxi e dentro deste ficou ainda mais nervoso. Um encontro, um encontro de verdade! — pensou.

Entrou no shopping e sentou em um banco da entrada, quando trocou mais mensagens com Jisung combinaram de esperar no primeiro andar. Por incrível que pareça, o coreano chegou apenas 5 minutos depois de Chenle. Talvez ambos estivessem ansiosos para esse encontro.

Assim que o chinês avistou Jisung se aproximando seus olhos brilharam, para ele o coreano não poderia estar mais encantador, mesmo usando roupas comuns para uma ida ao shopping, calça jeans azul claro, blusa branca com uma jaqueta também jeans por cima e tendo um boné azul mais escuro na cabeça.

– Chenle? Oi! Por que já está aqui? - Perguntou o mais novo, curioso, ainda faltavam uns 20 minutos para o horário marcado.

– Oi! Eu... não tinha mais nada pra fazer em casa então vim mais cedo, mas você já está aqui também. — Tentava ao máximo esconder seu nervosismo, a palavra "encontro" ainda rondava em sua mente.

Não demoraram a seguir para o andar de cima, ficaram conversando durante o caminho, andando devagar já que estavam adiantados, chegaram ao cinema e optaram por um filme de comédia que viram nos cartazes, começaria em pouco tempo então já foram comprar pipoca e refrigerante também.

Já na sala de cinema o filme estava sendo passado na grande tela, Chenle tinha um olho na tela e outro no balde de pipoca, esperou o momento em que Jisung fosse pegar pipoca e propositalmente fez o mesmo. O mais velho não estava esperando que o acaso fizesse o favor de juntar suas mãos, ele mesmo faria isso, apesar de nervoso ele não tem vergonha, de qualquer forma, o garoto ao seu lado pensaria que foi sem querer. Se entreolharam por alguns segundos, ou pelo menos era pra ser alguns segundos, ambos perderam a noção do tempo em que ficaram olhando um para o outro, sem conseguir quebrar o contato. E então...

✨

mil perdões pelo atraso da att (e por acabar ela assim rs), mas segunda, se nada intervir, a att vai ser postada normalmente