1°.

5.7K 388 17
                                    

Gustavo me puxa enquanto me beija, ele me agarra com força fazendo um gemido alto escapar da minha boca.

— Shiu! — Sussurra rindo e cobrindo minha boca.

— Merda — resmungo o puxando para outro beijo.

Estamos atrás de um prédio, num beco escondido. É perigoso estarmos transando aqui, mas o tesão foi maior, ainda mais juntando o desejo com o medo de estar fazendo uma coisa errada.

— Eu estou quase lá, continua assim — peço com os olhos fechados e a cabeça pendendo pra trás, Gustavo segura minha perna com mais força e aumenta a velocidade. — Não, não! Deixa como tava — reclamo.

— Fudeu, Camila! — Ele sussurra me soltando e se afastando, tira a camisinha e joga no canto, próximo da lixeira, seu olhar é assustado para algo atrás de mim. Me viro arrumando minha calcinha e o vestido, tem um homem, mais especificamente um policial, caminhando até nós.

— Que merda — sussurro, mas franzo a testa ao reconhecer o homem como um dos amigos do meu pai.

— Está tudo bem por aqui? — Ele pergunta nos encarando, mas fixa o olhar em mim. — Sabem que aqui é um lugar público, certo?

— Ah... N-nós sabemos... — Gustavo gagueja.

— Desculpa, deixamos o momento nos levar... Nossa que vergonha! — Rio baixinho, o policial sorri.

— Bom, não é seguro dois garotos nessa parte da cidade, menos ainda escondidos num lugar assim. Me admira encontrar a senhorita aqui — ele observa, mas o movimento da sua mão me chama atenção, ele coloca sobre a arma na cintura.

— Ele é meu namorado, nós... O que vai fa...? — Minha voz é cortada pelo estrondo do tiro, ele levanta o braço e atira na minha direção. Consigo sentir o vento da bala passando perto do meu corpo, mas ela atinge o que está atrás de mim. Me viro assustada vendo o Gustavo caído numa poça de sangue. — Que porra é essa? — Grito aterrorizada, mas em seguida algo preto cobre minha cabeça e eu perco a visão de tudo, sinto braços me segurando e tirando do chão, sou carregada em meio aos berros que dou e jogada no que acredito ser um banco de algum carro. — Me solta! Que porra é essa? SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! — Continuo berrando até algo se chocar contra minha cabeça, então eu apago.

°

Merda! Merda! Merda!

Levanto atordoada tentando me apoiar da forma que dá ao perceber meus punhos presos um no outro, arranco a touca que cobria minha cabeça e jogo longe. Estou no que parece ser uma sala de escritório, o carpete cobre todo o chão, tem uma mesa mais a frente com uma cadeira atrás, estou no chão na frente de uma poltrona.

— Que merda é essa? — Sussurro sozinha levantando e caminhando até a janela, estou num prédio.

Assim que me viro ao ouvir o barulho da porta, minha cabeça roda e a dor latejante começa, só então toco no lugar e percebo meu rosto sujo de sangue.

Quem entra é o mesmo policial de antes.

— Que merda é essa? O que você fez com o Gustavo? — Pergunto apavorada.

— Não se preocupe, princesa — comenta se aproximando cada vez mais. A porta continua aberta, mas eu não vejo nada além de uma parede cinza.

— Isso é algum tipo de brincadeira? Saiba que tenho zero fetiche em ser prisioneira de alguém. Onde está minha bolsa? Vou ligar para o meu pai agora! E que merda é essa? — Levanto os pulsos. — Me solta! — Ordeno. — O Gustavo está nisso também, né? Muito engraçado fingir levar um tiro! Há! Há! Há! — Reviro os olhos, o homem continua com um olhar sarcástico na minha direção, ele caminha até a poltrona e senta, cruza as pernas e puxa uma arma da cintura a colocando ao seu lado. Eu engulo seco sentindo meu coração disparado. — Isso não é uma brincadeira, né? — Pergunto temendo a resposta. Ele sorri.

— Garota esperta — comenta.

— Então o Gustavo... Meu Deus — ofego me encolhendo contra a parede. — O que você quer? Dinheiro? Meu pai vai pagar o que for preciso pra me resgatar, acredite. Eu juro que não vou contar que foi você, só não faça nada comigo.

— Seria uma boa ligar para o seu papai, mas será que ele já conseguiu um celular na prisão em que está? — O cara levanta as sobrancelhas.

— Meu pai não está numa prisão, ele está fora do país.

Ele solta uma risada pelo nariz e balança a cabeça lentamente.

— É isso que te contaram? Devia conversar mais com sua irmãzinha, a Dalila, né?

— Como a conhece? E do que está falando?

Ele levanta e balança a cabeça ainda sorrindo, se vira e caminha pra fora.

Fico encarando a porta por um breve momento, esperando o homem voltar ou falar alguma coisa. Saio da sala escutando os passos dele e vou seguindo, aparentemente estamos num prédio normal, provavelmente um escritório de alguma coisa.

— O que você quer de mim? — Pergunto receosa e um pouco irritada por ele continuar me ignorando. — Ei! — Grito alto, o cara para e me encara aparentemente irritado.

— Cala essa boca! — Ordena e se aproxima bruscamente me empurrando. — Fica quietinha aqui antes que eu perca a paciência! — Me joga de volta na sala e fecha a porta.

— Espera! Ei! Por favor me solta! Eu não sei o que você quer, mas saiba que pegou a pessoa errada! Eu e minha família podemos pagar o que quiser, só... Ei! Tem alguém aí? — Grito batendo na porta, mas recebo só o silêncio como resposta.

Que merda eu fui me meter?

Que merda eu fui me meter?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

postagens iniciadas!

espero muito que gostem dessa história, então comenta aí o que achou desse primeiro capítulo! não esqueça de deixar seu votinho e compartilhar a história com seus amigxs pra me ajudar.

Kess,
27.01.2021

Seduzindo a Fera - Livro 1 dos Selvagens.Where stories live. Discover now