Shen LongYu trilhou um caminho repleto de crimes e maldades, tudo para ter a chance de se vingar das pessoas da seita ChengFu que o humilharam. Tudo o que conseguiu foi morrer pela espada da pessoa que mais odiava, Jiang ZhengHe.
A espada sagrada Yu...
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Shen Yu lembrou de Ning Fu mostrando Mil Golpes de Espadas, as folhas no chão levaram com a força de seus golpes, rodopiando ao redor dele. Não foi intencional, mas foi bonito ainda sim.
Neste pequeno pátio não havia muitas folhas disponíveis, apenas flores de pêssego e neve para onde quer que olhasse.
Andando até a ponta da pequena plataforma, Shen Yu deu um salto para alcançar um dos galhos do pessegueiro que ficava ali. Quando pousou no chão, havia dois ramos em sua mão, com flores nas pequenas ramificações.
— Nada de espadas? — Luo Kuan perguntou em dúvida.
— Nada de espadas. — ecoou Shen Yu enquanto atirava um dos galhos para ele, dessa vez Luo Kuan agarrou de primeira.
Eles ficaram lado a lado, Luo Kuan olhando para Shen Yu pelo canto do olho tentando imitar seus movimentos uma, duas, três e incontáveis vezes até perder a noção do tempo.
Shen Yu seguiu seu cronograma de suas horas de prática absurdas. Entretanto, nos primeiros dias, nada de interessante aconteceu.
Não importava se estava fazendo uma tempestade lá fora ou se a amanhã estava tão bonita que faria as pessoas desejarem um passeio.
As vezes alguns jovens da família Shen se aproximavam do pequeno pátio para observá-los e quando percebiam que nada realmente interessante estava acontecendo, iam embora.
Luo Kuan via na expressão de cada um deles o que pensavam. Desperdiçar metade um dia naqueles movimentos simples, era desperdício de tempo, ou um sacrifício que nenhum deles estava disposto a fazer. Qual era o sentido de dedicar tanto tempo em uma técnica de tão baixo nível?
— Idiotas. — Luo Kuan murmurou para si mesmo. — De que adianta ter habilidade se não a utilizar em alguma coisa, por menor que seja? Esse é o verdadeiro desperdício!
Shen Yu o fez repetir os mesmos movimentos até seu pulso doer e sentir que não aguentava mais. Contudo, no final, ele poderia fazê-los até enquanto dormia. Chegava a sonhar com aquilo de noite!
Nada de espada e energia espritual envolvidas, nem qualquer intenção aparente. Parando para refletir, Luo Kuan concluiu que parecia um dança, os movimentos eram suaves, rápidos, tranquilos e intensos, mas embalando facilmente como uma brisa de outono.
Luo Kuan deu um sorriso largo quando percebeu. Não parecia haver nenhuma intenção por trás dos movimentos porque aquilo que qualquer um procuraria, não estava presente. Não havia intenção de matar, nem necessidade de confrontar para obter uma vitória rápida ou qualquer coisa assim. O único objetivo era puro e simples, mover as folhas como uma brisa de outono.
— Você entendeu finalmente? — Shen Yu perguntou depois de uma semana. Luo Kuan assentiu como uma galinha picando o arroz, eufórico. — Ótimo, vamos para a segunda parte.
