Sem Cielo - V

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Simon vinha em seu cavalo seguindo Mar, que havia desaparecido a toda velocidade no seu. Quando saiu na estrada, ficou estupefato pelo o que viu: Mar estava jogada, inconsciente e com uma ferida na testa. O cavalo que havia montado se afastava do lugar a toda carreira. E a poucos metros de Mar, estava o carro que Rama dirigia, chocado contra uma árvore. Todos seus passageiros pareciam inconscientes.

Simon desceu alarmado do cavalo e correu para socorre-los, primeiro a Mar. Nesse momento viu se aproximar uma van que sempre dava voltas pelo acampamento e vendia sorvetes. Apesar de que todos os haviam observado, não prestaram muita atenção, e Simon se sentiu muito agradecido de que aparecessem justamente nesse momento. Fez sinais para que freassem. A van parou e Simon viu com perplexidade como desciam três homens vestidos de preto e armados. Antes de poder reagir, já haviam lhe disparado um dardo que o desmaiou imediatamente.

Os homens correram para ajudar a alguns dos feridos, mas não a todos. Ignoraram por completo a Nacho e a seus amigos, e se concentraram em Mar e Rama, a quem subiram na van, em cujo interior havia qualquer coisa menos sorvetes. Estava repleto de monitores e radares de alta tecnologia. Depositaram a ambos jovens em macas e os examinaram com um instrumental de tecnologia avançadíssima. O chefe, que era o mesmo que reportava a Franka sobre as atividades dos adolescentes, pegou seu handy e se comunicou com sua chefe. A van dos sorvetes não era mais que uma fachada que dissimulava sua verdadeira missão: vigiar e estudar cada atividade dos cinco amigos.

Franka estava em seu escritório quando recebeu a notícia com alarme.

- O numero um teve um acidente. - informou o capanga.

- Como ele está? - perguntou muito preocupada Franka.

- Está fora de perigo, tanto como a numero sete.

- Bem. Não intervenham. - ordenou Franka.

Rapidamente os capangas desceram Rama e Mar da van e os deixaram exatamente na mesma posição que os haviam encontrado: Rama ao volante do carro, e Mar jogada no chão. Depois correram até Simon e lhe injetaram algo no pescoço. Todos entraram na van e foram embora acelerados. Poucos segundos depois Simon reagiu aturdido, e sem entender o que havia acontecido. Sem ter sequer uma recordação desses homens que o haviam desmaiado, correu para socorrer Mar e aos outros. Quando chegou em Rama, que estava com sua cabeça apoiada sobre o volante, advertiu que tinha em sua nuca dois pontos avermelhados escuros. As mesmas marcas que tinha Lleca.

Franka reportou a seu superior o acidente sem consequências fatais. Cortou a comunicação e observou as telas que tinha em sua frente, nas quais se via uma foto de Rama e outra de Lleca, e junto a ela, dezenas e dezenas de dados, números e gráficos, que variavam segundo a segundo. Junto das duas telas haviam outras cinco em branco, como se estivessem esperando seus próprios dados. Franka pegou o celular e ligou para Tina.

- Diga... - respondeu Justina imitando exageradamente o tom adoçado de Feli, já que estava nesse momento rodeada pelas crianças, esperando a chegada de Nico e dos outros.

- Precisamos intervir hoje o Monito, então para isso terá que separá-lo e entregá-lo a Croussen. Do resto nós nos ocupamos.

- Perfeito, como vocccce diga, docccinho. - respondeu Tina observando Monito.

Todos estavam muito ansiosos pelo retorno de Nico. Quando finalmente a porta se abriu, tudo foi alegria. Justina olhou para Nico com profundo ódio e repulsa, mas com um grande sorriso desenhado em sua cara. A casa explodiu em abraços e beijos, lágrimas e sorrisos. Luz observava um pouco afastada, e não pôde evitar se sentir enciumada da pequenina Esperança, centro da atenção de todos. Nico apertou Justina em um grande abraço, e ela teve que se conter para não empurrá-lo, com nojo.

Quase Anjos - O Homem das Mil CarasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora