[08] Ciúmes, Tatuagens e uma mudança de planos.

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Oi 🙌 como vocês estão?

Só quero avisar de antemão que entro de férias da faculdade no final desse mês, então podem contar com dois capítulos por mais a partir de então hehehe Mais uma vez, estou muito, muito feliz por saber que estão gostando da história até aqui! Muito obrigado! Ah! E leiam as notas finais, pois eu tenho uma notícia muito boa!

Peço que já deixem seu voto e comentem 🙏 me ajuda demais! Desde já, tenham uma péssima leitura!

#AnjoEmApuros

🎲

[08] Ciúmes, tatuagens e uma mudança de planos.

"Era uma porta. Uma porta diminuta. Ele passaria, se tentasse. Mas ele não tentou. Ele a observou com silêncio mórbido desde a madeira velha até as dobradiças enferrujadas. Se fosse mais novo, a abriria. Se fosse, não era mais. E algo o dizia que não gostaria do que estava detrás daquela pequena porta, o aguardando."

Trecho próprio do autor,

— Júnior Chaves.

¿?

Depois de dançarmos por, pelo que pareceu, horas, Jungkook pediu licença e sumiu por entre as árvores da floresta. Fiquei sozinho, sentado no tronco da árvore que ele havia arrancado, olhando para a relva muito bem aparada, enquanto o fogo crepitava suavemente na fogueira. Pelo menos até encarar as costas de sua estátua, a que estava sem a cabeça. Abri a portinhola da cerca e andei até ela, analisando a forma majestosa como havia sido esculpida. Ela havia sido esculpida sobre um palanque de madeira maciço e envernizado, onde, na frente, havia uma placa com os dizeres:

Se Duorum, Lúcifer.

Estranhei, aquela placa não estava ali anteriormente.

Segui o traço de detalhes da calça do paletó até seu tronco, parando no pescoço degolado. Havia algo ligeiramente mortificante na representação da figura de Jungkook sem a cabeça. Na mão direita, estava a bengala costumeira que tanto carregou tanto tempo atrás. Olhar para ela me trouxe memórias antigas. Não fazia falta, todavia, não pude deixar de me perguntar onde ela estaria. Seja lá onde estivesse, Jungkook não tinha mais sua posse. Na outra mão, segurava um pequeno envelope. O envelope, para minha surpresa, se revelou de papel real, não de pedra, e balançava suavemente na direção em que o vento seguia.

Estiquei a mão e o peguei antes que o vento o carregasse. A textura do papel era muito fina e se desintegrou no instante em que o peguei. Observei o papel virar poeira. No final, restou apenas um fragmento do que estava sendo guardado pelo envelope, um pedaço de papel, onde estava escrito:

"¿?"

O fragmento virou poeira em seguida, sendo levado pela corrente de vento. Olhei para a palma da mão onde o envelope esteve, confuso e intrigado. Sabia que aquele envelope não estava ali na hora em que Jungkook e eu chegamos, assim como sabia que a placa também não estava.

Nesse momento, uma rajada de vento gelado atravessou meu corpo. Essa, diferente das outras, me trouxe a sensação de que alguém havia a soprado em mim. Junto a ela, veio uma estranha sensação de abandono, tristeza, amargura e raiva, muita raiva. Foi passageira e muito breve, mas me fez pensar, mesmo que por instantes, que estava tomado por um vazio inigualável. O barulho de uma voz suave chamando meu nome me chamou a atenção. Olhei para trás, seguindo o rastro da voz, e encontrei uma sombra preta, de olhos alaranjados, me encarando à distância, com metade do corpo disforme escondido detrás de uma árvore.

Nas Mãos do Diabo [2] O KhaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora