05 | Só o tempo pode curar a dor...

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Victor on

Victor; o que a Babi falou pra senhora? - pergunto quando entramos dentro de casa. 

Priscila: não vou falar, tudo que se fala naquela sala, fica naquela sala. 

Victor: ela tá bem? Ela precisa de alguma coisa?Ela precisa de alguém pra desabafar? Alguém está fazendo alguma coisa com ela? Porque se alguém estiver, eu posso resolver. 

Priscila: Victor! - ela grita o meu nome em um tom de raiva e faz eu parar de falar. 

Victor: Oi.

Priscila: fica quieto! A Bárbara está bem, pelo o que eu vi ela está ótima. 

Victor: ela continua escrevendo alguma coisa naquele diário dela? Porque lá é a única coisa que ela escreve que não mente. Ela pode enganar todo mundo com um sorriso fofo, mas naquele diário ela é verdadeira com os sentimentos. 

Priscila: ela continua escrevendo ainda Victor, ela tentou falar que tinha parado de escrever mas depois eu saquei que ela estava mentindo.

Victor: o nariz dela virou pra direita né? - Pergunto se ela faz sim com a cabeça. - parece que é automático, ela mente é o nariz dela rapidamente vira pra direita é quando está falando a verdade ele vira para esquerda. 

Priscila: o próprio corpo denuncia quando está mentindo. - ela disse é solta uma risada em seguida. - o que quer almoçar hoje?

Victor pode ser qualquer coisa, eu não estou com muita fome é também comi no colégio. E quando como lá não tenho muita fome para o almoço.

Priscila: Então tá, eu vou pedir para dona Clara preparar alguma coisa. 

Victor: Tá bom. 

Priscila: hoje você vai ter treino de futebol? 

Victor; sim. - digo. - aí, já ia me esquecendo. O Arthur falou que iria comer alguma coisa aqui em casa para não ir de estômago vazio pro treino. 

Priscila: querendo ou não, ele mora mais nessa casa do que a própria dona, no caso quem seria essa dona seria eu. 

Isso era verdade, antes de a minha mãe se formar em psicologia ela vivia viajando pra todo que canto. Aí quando ela virou psicóloga, ela parou de viajar e ficou mais caseira. 

E nesse meio tempo que ela vivia pra lá e pra cá o Arthur vivia 20h na minha casa e 4 horas na casa dele. Tinha vezes que ele dormia aqui em casa. Eu já dei várias festas quando a minha mãe não estava em casa, aí quando ela descobriu ela me mandou pro outro país por dois anos. Então é culpa dela, eu e a Babi não estamos mais juntos. Talvez 5% seja culpa minha por ter dado tanta festa e não ter avisado ela, mas só 5% mesmo. 

Sendo sincero comigo mesmo, sinto muita falta da Babi. Eu já tentei de tudo, mas nada colaborou. A minha mãe vive me falando que só o tempo pode curar a dor é não pode de maneira alguma acelerar ele.

Dá uma raiva quando ela diz isso, esse " tempo " aí está tão atrasado que parece uma tartaruga andando. 

Afasto esses pensamentos quando ouço alguém chamando o meu nome. 

Arthur; tu não me escutou não o seu idiota? Eu fiquei meia hora lá fora te chamando. Pera, isso está acontecendo quando você está pensando em uma certa pessoa que te fez sentir o cara mais feliz do mundo no passado, porque agora no presente te ignora como se você fosse nada pra essa pessoinha. Não é? 

Victor; não, não é! - nego rapidamente. - eu estava pensando no treino. Porque com certeza o professor vai pegar pesado só porque estamos voltando das férias. 

Arthur: no treino é? - ele pergunta arqueando a sobrancelha é eu assinto. - tu tava pensando no treino com um sorriso bobo no rosto?

Victor: eu tava com um sorriso bobo no rosto? - eu pergunto com os meus olhos arregalados. 

Arthur: não, mas você acabou praticamente confessando que estava pensando na pessoinha e não no treino que vai ser comum como todos os treinos. 

Victor: Na parte do treino que vai ser normal, eu discordo. O professor vai pegar muito pensando com a gente ainda mais só porque a gente acabou de voltar de férias.

Arthur: no máximo ele vai pedir pra nós correr 10 no campo.

Victor é capaz de pedir pra a gente correr 20. 

Arthur: não, 20 não. Se for 20 eu morro. 

Priscila meninos, vem almoçar! - escuto a minha mãe e nós dois fomos na direção da cozinha. 

Arthur: hummm, que cheiro bom! - ele diz quando entramos na cozinha. 

Dona Clara: é strogonoff, podem se sentar que eu já vou servir. 

Eu, minha mãe e o Arthur nos sentamos na cadeira e em poucos minutos a dona Clara serve nos três é com muita insistência de nós três a dona Clara comeu com a gente na mesa. 

Depois que terminamos de comer, o Arthur queria porque queria comer a sobremesa que a dona Clara tinha feito. Ele comeu um pedaço e eu estava apressado para comer porque já estávamos atrasados. 

Enquanto eu falava pra ele comer rápido, o Arthur ficava pleno comendo e olhando pra minha cara como se a gente não estivesse atrasado. Eu sinto tanto ódio dele quando ele faz isso. 

Quando ele terminou, eu levantei as minhas mãos pro alto e agradeci a Deus, depois voltamos para escola. 

Marcos; até que enfim chegaram! Pensei que não iriam vir, já estava com o celular na mão pra ligar algum dos dois. - ele disse quando pisamos no campo. 

Victor: o crusher fica enrolando pra comer. 

O Marcos faz uma cara de surpresa e o Arthur revira os olhos.

Arthur: é comida idiota! Pensa merda não. 

Marcos: eu não pensei merda. 

Arthur: aham tô sabendo. 

Marcos: oh coringa! - ele me chama é eu olho pra ele. - tem uma pessoa lá na arquibancada que foi difícil de trazer. 

Victor: quem? - pergunto. 

Marcos: olha para arquibancada. - ele disse e olhou para a arquibancada. - agora olha para a última fileira. - Faço o que ele falou é olha para a última fileira encontrando ela. 

Victor; como vocês conseguiram trazer a Babi pra cá? 

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Continua…

𝙌𝙐𝙀𝙍𝙄𝘿𝙊 𝘿𝙄𝘼𝙍𝙄𝙊, 𝑏𝑎𝑏𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 ✓Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon