- Gosta mesmo dela, não é? – Irina ri histérica. – Não seja patético, Vladimir. Aquela vadia já deu até mesmo para Yerik e serviu para um proposito maior, mas não posso deixa-la arrastar você.

E tudo dentro de mim se rompeu com raiva de suas palavras. Quem Irina pensava que era para ousar falar de Vitória?

Vitória era impulsava, inconsequente e... única.

- Dobre sua língua para falar da minha esposa, Irina. – Rosno. – Muito cuidado em tudo relacionado a Vitória.

- O que? – Ela pergunta atônita. – Não seja tolo! – Ela recobra sua postura. – Escolha com cuidado Vladimir. Você pode ser aniquilado se escolher errado. Gynnad já garantiu que Yerik te enxergasse como a maior ameaça em tudo isso, não foi difícil inventar uma história para aquele idiota se agarrar. Mas se virar contra Gynnad... contra mim... Não é a melhor escolha Vladimir.

E eu rio do seu descaramento.

- Está me ameaçando, Irina? – Me aproximo dela e agarro seu braço com força.

- Não. – Ela passa a mão em meu rosto e eu viro o rosto ríspido. – Ela está... Está te envenenando.

- Acho que já sou imune a isso, Irina. Estive muito tempo em contato com você.

- Vladimir. – Ela rosna e tenta se soltar das minhas mãos. – Não seja tolo, está jogando fora a oportunidade de ter um local privilegiado dentro da KRAVT.

Eu a puxo e fito seus olhos nervoso por todo seu atrevimento.

- Se a KRAVT for comandada por Gynnad e Koloda eu não tenho nenhum interessem em cadeiras privilegiadas.

- Você se tornou uma ameaça e tanto, não é mesmo? – Irina rosna. – Não podemos nos dar ao luxo de perder sua influência, Vladimir. Irei provar para você que é melhor que volta a estar ao meu lado.

- Você fala isso com muita convicção, Irina. – Rio e a empurro para longe.

- Sim, querido. Porque eu amo você. – As palavras escorrem por seus lábios, superficiais e sem emoção.

E eu a observo atento aos seus traços delicados que a faziam ter uma aparência inofensiva. Irina é uma mulher bonita, não, linda. Seus olhos azuis são claros e intensos, seus cabelos loiros claros a deixavam com um aspecto angelical e seu sorriso meigo a deixava com a caricatura da princesa da máfia que ela tinha se tornado.

Toda sua beleza era traiçoeira assim como suas palavras, ela não tinha se tornado princesinha da KRAVT por nada. E quando eu me coloquei ao lado dela e vi a bravura dessa mulher e vi nela uma grande parceira, uma aliada. Nunca um amor.

E agora eu a encarava com pena e frustrado por ter me deixado levar por sentimentos tão superficiais na época. Na verdade, tudo se tornou superficial depois que eu estive com Vitória e isso me assustado como o inferno.

A língua afiada de Vitória, a verdade em suas palavras, o calor do seu corpo e seu cheiro... como eu amava aquele cheiro.

Eu não queria perder a sanidade, mas Vitória sempre me levava ao limite.

- Vladimir... – Sinto Irina bater em meu braço. – Está me ouvindo?

Não, eu não estava.

- Não acho que tenhamos mais a discutir. – Sorrio ao ver a careta que ela faz. – Suma da minha frente Irina, antes que eu mude de ideia.

- Mude de ideia? – Ela arqueia a sobrancelha.

- Sim. – Sorrio de lado. – E a mate aqui mesmo. – Rosno ameaçador.

- Vai mesmo virar as costas para mim? Depois de tudo o que fiz.

PERPETUAL - MÁFIA KRAVT I Spin Off - Série Obscuros Nova EraWhere stories live. Discover now