Capítulo 5.

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Devem ter passado algumas semanas que fiquei com Toriel. Ela me explicou tudo direitinho, ela me contou sobre o subsolo, sobre o fator de terem mais coisas além das Ruínas, mas que era melhor conversarmos sobre isso noutro momento.

Nesse momento, eu estava vagando pelas ruínas, e notei que não muito tempo depois de ter chegado, os monstrinhos pareciam mais felizes a mais animados para dançar. De vez em quando, eu me juntava a eles, era divertido. Napstablook, aquele fantasma que conhecera com um estilo de música swing era muito fofo, e dançava muito bem, mesmo sendo só um fantasma.

As vezes ele parecia bem desanimado, então o chamava para dançar.

Uma coisa que Toriel me explicou era que: Após entrar em uma dança com um monstro, suas almas emergirão com base na relação de vocês. Se suas almas estiverem conectadas com a dança, e um com o outro, isso mostra o quão alta é a chance de você e seu parceiro de dança se darem bem. Tanto platonicamente, relação familiar, ou romântica.

Quando dançava com Blookie, nossas almas emergiam e tinham uma áurea boa, o que pelo o que entendia, significava que nos dávamos muito bem!

Voltei para casa de Toriel, depois de dar uma passeada pelas ruínas, e comprar um donut de aranha. Aquelas aranhinhas eram gente fina, mas o produto era uma roubada! Caro pra caramba.

-Voltei, Tori! -disse em tom alto, para que pudesse me ouvir de onde estivesse, na entrada, limpando minhas sapatilhas no tapetin escrito: Home.

Eu a chamava de Tori, mesmo depois de ela passar tanto tempo cuidando de mim, não sabia ao certo se a chamaria de mãe ou não. Afinal, já tinha uma família lá em cima, mesmo que não tivéssemos muito contato. Enfim, ela não parecia se importar de eu a chamar desse jeito.

-Ah! Minha criança! -ela veio até mim, rodopiando seu vestido grande. Suas cores eram lindas em degradê, como uma noite estrelada.

Tirei um pouco de sujeira do meu tutu, e entrei, fechando a porta atrás de mim. Eu andava com meu tutu e sapatilhas a todo momento.

-Está com fome? -Toriel perguntou.- preparei uma torta de caracol maravilhosa! Já tem um cheirinho ótimo!

Funguei o ar, e dava pra sentir o cheiro da torta esfriando, na cozinha. Eu nunca tinha comido torta de caracol, mas seu cheiro era até que agradável.

-Realmente parece uma delícia!

Nós fomos pra sala, e me sentei pela mesa, com a cabeça apoiada nas mãos, olhando para o fogo da lareira. Tive uma leve lembrança de ver duas crianças sentadas na frente dela. Isso tinha se tornado normal, eu continuava recebendo dejavus de coisas que nem eram minhas. Só que até então eu não tinha questionado, algo dentro de mim dizia que não era nenhum problema. E realmente não era, eram reconfortantes.

Toriel foi até a cozinha, e passou alguns minutos lá. O cheiro da torta era cada vez mais forte e me dava cada vez mais fome.

Ainda olhando para o fogo na lareira, acabei murmurando uma musiquinha, uma melodia, quando fui surpreendida por um pequeno brilhinho vermelho. Aparecera bem diante dos meus olhos, e levei um baita susto. Pisquei algumas vezes, mas o brilhinho continuo lá, balançando freneticamente na minha frente.

Ele tinha um barulhinho como um sininho, mas não parecia uma fada. Bom, era pequeno de mais, não sabia dizer.

O brilhinho balançava, e parecia querer me guiar. Ele ficou um pouquinho distante de mim, e deduzi que quisesse que o seguisse, então quando me reaproximei, ele continuou seguindo.

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