XLI

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No dia seguinte Lauren esperou apenas que todas tomassem café, havia contado a Dinah sobre seu plano de levar Camila até a mãe e só precisava da ajuda de Allyson para concluir o que havia traçado.

Assim que a menor se levantou para sair do refeitório, Lauren a puxou dizendo precisar de sua ajuda em algo e rapidamente a levou até a área da frente do convento.

Como havia feito nos últimos dias, Camila se preparou para sair e ir até a igreja rezar por sua mãe, mas foi impedida por Dinah que a segurou pelo pulso e a conduziu para fora do lugar seguindo calmamente pelos corredores.

— Dinah, eu preciso... – Camila até tentou mas foi impedida pela maior antes de terminar sua frase.

— Eu sei Mila, mas hoje não. Hoje vamos fazer algo diferente. – disse ao dar um sorrisinho esperto.

— Desculpe Dinah, mas eu preciso fazer isso. – a freira disse lamentosa e Dinah logo passou um braço por seu ombro.

— Fique tranquila Camilinha. Você vai gostar. – comentou fazendo a latina a olhar em total curiosidade.

Assim que chegaram na área aberta na frente do convento, Dinah se aproximou da biz azul claro da irmã Inéz, que se parecia mais com uma lambreta. Camila notando aquilo franziu seu cenho e encarou Dinah esperando pelo que viria. Mas a única coisa que viu foi Rosalía surgir e se aproximar com certa curiosidade.

— O que fazem aqui? – disse examinando as garotas.

— Cuidando das nossas vidas, e você? – Dinah rebateu cruzando os braços.

— Hum. Vou ao centro, preciso resolver umas coisas... – comentou como quem não quer nada e a loira revirou seus olhos.

— Pois vá e nem volte. – disse desdenhosa. Camila permanecia com o cenho franzido observando as duas.

— Logo menos, querida. – Rosalía soprou dando um sorrisinho endiabrado e saiu de perto das garotas logo estando fora do lugar.

— Essa Maria Madalena tá aprontando alguma... – Dinah disse com olhos cerrados olhando na direção que a Rosalía saiu.

Camila no entanto não disse nada, ainda queria entender o que estavam fazendo paradas ali. Mas como se lessem seus pensamentos, logo a figura de Lauren e Allyson fizeram-se presentes no ambiente, ambas carregando sorrisos espertos em seus rostos.

— Pronta para ir ver como sua mãe está? – Lauren disse com um grande sorriso balançando um molho de chaves em sua mão.

— Como assim? – a latina olhou confusa para as três garotas ali. Logo Allyson deu um amplo sorriso.

— Lauren vai levá-la até o hospital que Sinuhe está. Com certeza deve ser no principal aqui de Cojímar. Enquanto estiverem lá, vamos dar cobertura a vocês aqui. – a menor explicou e as noviças rapidamente assentiram.

Camila teve pouco tempo de raciocinar. Claro que não iria negar de finalmente ir ver sua mãe, mesmo que achasse arriscado. Então, antes que qualquer dúvida a tomasse, a freira concordou com um aceno de cabeça e esperou ao lado de Lauren por um momento.

Dinah foi até o portão para averiguar se as freiras já haviam saído para irem ao centro, assim como faziam todo sábado com Inéz conduzindo a van. Com isso, caso alguém perguntasse por Camila ou Lauren, diriam que as duas haviam ido para centro também.

Quanto a lambreta, apenas Inéz a usava e ninguém quase ligava para a moto. Porém por algum milagre a mesma não passou despercebida pelos olhos de Lauren, que logo teve a ideia de usá-la para levar a freira até a mãe.

LiturgiaWhere stories live. Discover now