Capítulo Dois - Página Treze

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Pov Choi Beomgyu

- posso entrar? - ele perguntou calmo.

- não, é melhor não - falei pois Taehyun estava aqui - o quê que vieste aqui fazer?

- vim resolver as coisas entre nós, desculpa ter acabado, ver te com Taehyun , lixou me, precisava do meu tempo, mas eu fui estúpido, eu devia ter ouvido o teu lado da história... Podes perdoar me??

- perdoar posso, mas nós não vamos voltar - falei e a medida que ia falando as minhas palavras matavam me e controlei me para não chorar.

- porquê? - Chan agarrou na minha mão gentilmente mas eu tirei.

- eu estou muito confuso... Se realmente me amas, vais esperar, precisas te do teu tempo, agora eu preciso do meu - falei e antes que começasse a chorar a frente dele fechei a porta indo para o meu quarto.

Deslizei as minhas costas pela parede  até chegar ao chão e chorei.

Alguém bateu a porta.

- mãe agora não.

- sou eu... Taehyun, abre por favor.

Para ser sincero fiquei de pé atras, não sabia se deveria abrir ou não, mas eventualmente acabei por abrir.

- estas bem?? - ele perguntou entrando no meu quarto.

- quero dizer que sim, mas estou farto de mentir - falei sem olhar para ele enquanto me sentava na cama.

Taehyun veio até mim sentando se ao meu lado.

- eu... Eu ouvi a vossa conversa- falou receoso com a minha reação - vocês poderiam voltar neste mesmo instante, porque que não quiseste?? - Taehyun perguntou confuso olhado para mim.

Olhei para ele.

- porque para namorar com ele tenho de mudar como eu sou, além disso eu preciso pensar nos meus sentimentos.

- o quê que eles têm???

- eu estou uma confusão aqui dentro, não sei quem eu amo mais - falei sentindo me péssimo.

Taehyun olhava para mim surpreso é apenas ficou em silêncio agarrando na minha mão.

- não vamos pensar mais  por agora nisso tá?.

- tá - respondi simplesmente com um pequeno sorriso.

Pov Narradora

Era incrível como o mundo dava voltas, e o destino deles dois era o que mais rodava.

Taehyun aceitou o que sentia e arriscou, mesmo sabendo que o coração do amigo não batia por ele de volta.

Beomgyu escondeu se é continuava a negar sentindo se sufocando por não aceitar quem ele verdadeiramente é.

Taehyun recebeu uma mensagem de I.N avisar para ele ter cuidado pois Chan já estava a perder a cabeça.

I.N desde pequeno que conhecia Taehyun mas juntou se ao grupo errado, ganhando coragem começou avisar Taehyun cada vez que o seu grupo iria agir.

Pov Moon Ga-young

Neste momento eu estou em casa de Jisoo e ela  passava creme nas minhas feridas no rosto e consegui perceber o quão incomodada ela estava.

- não tens de fazer isto, eu consigo por sozinha.

- tenho sim, as irmãs servem para isso... A minha vontade é matar o teu pai.... Nem acredito que ele te deixou neste estado... Moon tu devias ir ao hospital!

-não preciso de ir...

- ele deixou o teu corpo miserável! Tens noção disso???? Tens noção que se continuares assim o teu corpo um dia não aguenta????

Jisoo parou de passar pomada e olhei para o tubo do creme, ela não estava bem.

- passa se alguma coisa???

Ela olhou para me nervosa.

- Moon... Quando estavas no hospital... A tua irmã foi lá...e pelos vistos ela é Yeonjun já se conheciam... -ela falou e fiquei tensa.

- o quê?? - perguntei sem entender nada.

- ela andava a cuidar do pai dele, mas aparentemente metia veneno para o senhor ficar cada vez mais doente, em troca de dinheiro, quem pagou a ela? Não sabemos, só sabemos que o pai dele piorou muito por causa disso, e ela também fez com que Yeonjun se apaixona se por ela... Para o controlar, mais uma vez tudo por dinheiro.

Eu não acreditava no que estava a ouvir.

Não sabia se dava cabo da minha irmã ou corria até Yeonjun e pedir lhe desculpas por ela.

Pov Choi Soobin

A minha visão estava desfocada, o chão molhado e a chuva trouxeram me frio.

Sentia como se tivessem a pressionar no meu peito cada vez mais.

Levei com dificuldade a minha mão ao corte na minha perna, sentido o sangue a sair.

Cada vez que respirava doía me o peito como se me tivessem a espetar diversas agulhas.

- para a próxima não te metas nos nossos assuntos - o rapaz loiro de cabelo comprido falou dando me um pontapé no peito - deixamos te vivo mas só para avisares o teu amiguinho que o tempo dele está acabar, se a dívida não for paga em três dias, nós vamos matar tudo o que ele ama.

Tentei levantar me daquele beco mas não conseguia.

Não conseguia controlar a minha respiração, a chuva estava extremamente intensa, os relâmpagos já se ouviam vindo de seguida à luz deles.

Fiquei simplesmente a encarar o céu, eu não me conseguia mexer.

Todo o meu corpo tremia com o frio e com a fraqueza.

Com dificuldade levei a minha mão ao bsoo tirando de lá o telemóvel já com um risco partido.

É digitei para. A primeira pessoa que me lembrei.

Pov Choi Yeonjun

- sabes filho, quero que saibas que tenho orgulho no que te tornaste, sei que não recebeste o amor maternal e paternal que devias ter recebido, mas Memso assim orientas te a tua vida, e olha para ti agora, numa boa universidade com amigos e uma possível namorada - falou ele fazendo uma cata safada e eu forcei um sorriso.

Mal ele sabia que eu me cortava, drogava, sentia me vazio e solitário.

Agarrei na mão dele bem firme aproveitando para sentir o seu calor enquanto podia.

- tenho pena de não puder ver te a crescer ma.... - eu interrompi o mal soube onde aquela conversa ia parar.

- não digas por favor - falei já sentindo um aperto no coração - eu quero me lembrar de ti assim, bem, e com conversas e memórias alegres.

Ele ficou admirado com o que lhe disse mas de seguida sorriu levemente.

- tens razão filho, devias saber que... - ele foi interrompido pois o meu telemóvel começou a tocar.

Olhei para o ecrã e ia para desligar mas.

- atende filho... Nunca se sabe o que está acontecer com a pessoa que nos liga.

- mas é só o Soobin, eu posso lhe ligar mais tarde...

- atende filho - falou calmo fechando os olhos, ele deve estar cansado.

OK ele convenceu me, suspirei e atendi a chamada.

Mal atendi ouvi o choro dele e o meu coração disparou, levantei me da cadeira e o meu pai abriu os olhos e  olhou me preocupado.

- O quê que se passa????

- eu m... Eunnfd.... Eu.. Não me consi... Consigo mexer - o mesmo falou com dificuldade, a sua voz estava trémula e fraca, já para não falar que a respiração estava muito desconpensada.

- diz me onde estás, eu vou já para aí....desculpa pai é uma emergência, amo te - sai a correr da sala voltando a pôr o telemóvel perto da orelha - diz me onde estás por favor.

Continua....

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