Doctor Who: Ultimum Vale Pt. 2 - A Longa Noite de Natal

Capítulo 10 - Ano Nove

Mês Três.

River tinha encontrado um quarto na Tardis cheio de objetos de encarnações passadas do Doutor, com exceção dos vários cachecóis que tinham um quarto só para eles. Durante a sua investigação, ela encontrou o Diário de Quinhentos Anos.

- Ah, achei! Faz anos, literalmente, que eu estava procurando... Também pudera, no meio de tantas bolas de críquete, chapéus panamás, guarda-chuvas com cabos tortos em formato de ponto de interrogação e... Fez? – River olhou para o Fez e o jogou por cima de seu ombro. Ela olhou para o outro lado e também encontrou o Diário de Novecentos Anos, o Diário de Mil e Duzentos Anos e o Diário de Dois Mil Anos.

- Mais diários? Eu dou uma folheada em vocês depois, preciso me lembrar de certas coisas nesse! – Ela disse, apontando para o diário em sua mão e começando a folheá-lo em seguida. – Hum... "Theta"... "Minha esposa, Patience..." Esposa?

Alguns minutos depois, ela já estava na sala do console, sacudindo o diário de quinhentos anos no ar e discutindo com o Doutor.

- Esposa?

- O que tem? Não acredito que vamos discutir sobre isso de novo! – Disse ele em um tom sarcástico.

- Ah, não me venha com essa! Por que você nunca me falou sobre ela?

- Porque eu me divorciei. Ela faz parte do meu passado.

- Sei que é uma pergunta idiota, mas a Susan é neta dela também? Sempre achei que você tivesse adotado ela.

- É uma longa e complicada história, River. Sim, eu já tive uma família, mas tirando Susan, ninguém mais quis ter contato comigo. E isso é o máximo que eu irei dizer sobre isso. – Ele estendeu a mão para River. – Agora, me dê esse diário! Aliás, onde você o achou?

- Junto com os outros... Os outros cacarecos seus!

- Era de se esperar que, depois de viver tanto tempo, eu viraria um acumulador! – Disse o Doutor, com um sorriso sarcástico.

- Eu te odeio! – Ela entregou o diário a ele.

- Não, você não me odeia! – Ele a abraçou.

Mês Três. Uma Semana Depois.

- Querido, vou atender o chamado da natureza e já volto! – Disse ela, se levantando da cama e beijando o Doutor, que continuava deitado.

- Não esqueça de dar a descarga!

- Eu não sou você, querido!

Ela fechou a porta do quarto e saiu, sorrateiramente, até a biblioteca da Tardis. Após muito procurar, achou novamente o Diário de Quinhentos Anos. Então, ela seguiu até o quarto onde estavam os outros diários.

River os pegou, planejando levar para um algum outro canto da Tardis onde o Doutor não os encontraria. Enquanto juntava os diários, acabou encontrando mais um. Esse parecia com o diário dela, só que com três painéis retangulares e o Selo de Rassilon na capa, mas sem nenhuma identificação. Ela o folheou e viu que era ali onde ele registrava os seus encontros com ela. River fechou o diário e o largou ali, levando os outros.

Ao sair do quarto, ela sentiu que pisou em algo. Quando olhou para baixo, ela viu um manipulador de vórtice.

- Não acredito! Achei um aqui, assim, dando sopa desse jeito? – Ela pegou o manipulador e olhou atentamente. – Espera! Isso me é familiar... É do Jack! – Disse ela, surpresa.

River colocou o manipulador dentro de um dos Diários e saiu do quarto.

Mês Quatro.

River estava escondida do Doutor em um dos infinitos quartos da Tardis., um que costumava ser do Adric. Ela sabia que não seria seguida até lá, era um dos quartos que ele evitava. Ela estava lendo o Diário de Novecentos Anos. Boa parte dele foi escrito por outra encarnação dele com sotaque escocês, aquele que usava um guarda-chuva com cabo em forma de ponto de interrogação.

- Valeyard? Será que ele...

- River! – Ela ouviu o Doutor gritando do corredor.

- Isso fica para depois! – Ela fechou o Diário, se levantou e saiu rapidamente do quarto. Por sorte, quando ela o encontrou, já estava bem longe do quarto de Adric.

- Querida! Onde você estava?

- Passeando apenas! – Disse ela, disfarçando. – Ah, uma dúvida que me ocorreu: Você já se encontrou com alguma encarnação passada sua? Digo, com esse corpo que você tem agora.

- Talvez, as minhas duas encarnações anteriores, eu não sei. Por quê?

-Por nada. – Respondeu River, ainda intrigada, mas tentando esconder isso dele.