Inolvidable

Hey guys. 

Um capitulo pro fim. Espero que gostem. 

bjs 

*

Pov Narrador 

Existem duas grandes perguntas.

"Quem sou eu?"
"Qual é meu propósito aqui?"

Mas, além destes mistérios, mais um vagava por cada canto da mente de Lauren Jauregui.
"Quem eu fui?"

O que Lauren ainda não sabe é que alguns mistérios são solucionados tarde demais.

...

Pov Lauren

De repente, ela estava em todo o lugar.

Passei a ouvir sua voz nos ecos das paredes que protegiam a estação. O cheiro de seus cabelos, em determinado momento tão perto de mim, invadindo meus sentidos sem motivo ou explicação.

Eu não conseguia mais traçar um raciocínio linear para as situações que me trouxeram até aqui.

Quer dizer, eu sabia que tinham me sequestrado e que provavelmente meu pai tinha colocado os melhores oficiais da cidade para buscarem por mim, mas, a peça que não encaixava no meu quebra - cabeça era o porquê desse lugar e dessas pessoas me parecerem tão familiares.

Apesar de toda a confusão, uma voz soava constante em meus pensamentos.

Eu precisava escapar.

Avisar meu pai do plano dos rebeldes, dizer que sua vida corria perigo.

Então, em um ato que apenas posso categorizar como loucura, eu me aproximei daqueles que se diziam ser minha família, mas que todos na Clínica pós Delirium disseram que já tinham sido profundamente contaminados com a doença.

Christopher estava sentado em um dos bancos no centro da estação, lendo um livro que eu não conseguia ver o título. Respirei fundo e estava decidida a parecer o mais próximo ao que aquelas pessoas tinham como normal.

- O que está lendo?

Chris abaixou o livro, sorriu leve e disse:

- O Sol é para todos.

- Mas isto não é óbvio? - Respondi. Christopher riu e me olhou. Passou os dedos por seus cabelos.

Um momento em silêncio se passou, sem que eu conseguisse contabilizar.

Um piscar de olhos.

" - Laur, piano é paciência!

- Piano é um saco, isso sim. - Eu disse e cruzei os braços, irritada.

A risada de Christopher ecoou alto em meus ouvidos e logo, me percebi rindo junto."

- Lauren!

Christopher estava ajoelhado na minha frente, um olhar estranho em sua face.

- Você ficou pálida de repente, está tudo bem?

- Sim. - Respirei fundo, limpando o nó em minha garganta. - O que você estava dizendo?

- Disse que era um de seus livros favoritos.

Olhei a capa do livro, as cores e fonte familiares, por mais que eu não conseguisse distinguir ou colocar com precisão quando o tinha visto.

O vazio me deixava enjoada.

Forcei um sorriso leve para Chris e o avisei que nos encontrávamos mais tarde.