Something Worth Fighting For

4.2K 438 76
                                    

Hey guys!!

Bom, hoje nós temos uma boa dose de throwback e espero que vocês curtam! Não esqueçam de apertar o botãozin pra votar e comentar!

Boa leitura! Beijinho na glabelinha (shoutout prx @ que me ensinou esse nome, obrigada vou usar pra sempre)

*


POV Dinah Jane

É possível morrer de tédio?

Já fazia meia hora que o professor de Cálculo falava sem intervalo. Como que ele consegue fazer isso sem nem sequer parar para tomar uma água?

Olhei para os lados e percebi que todos na sala faziam anotações, e até agora eu só tinha escrito a data e escrito meu nome completo com uma letra bem legal. Eu provavelmente vou me arrepender disso quando as provas chegarem, preciso pensar em copiar o caderno de alguém.

Não sei se sou eu, mas desde que eu me envolvi com os Polônios e descobri milhões de coisas novas com o Timmy (meu computador ilegal), tudo parece tão... monótono. As pessoas seguem a mesma rotina todos os dias, cumprimentam as mesmas pessoas, discutem sobre as mesmas coisas. Como se fossem robôs programados apenas com essas funções. O sinal tocou alto, me fazendo pular de susto. Guardei meu material rapidamente e fui em direção ao meu carro, mal via a hora de chegar em casa.

Há alguns dias atrás, enquanto tomava banho, eu me recordei perfeitamente de algo do passado. Uma memória sem fragmentos me veio a mente, e eu me senti como se a vivesse novamente.

"Eu odiava viajar de avião. Odiava o espaço apertado pras minhas pernas que eram longas demais. Já faziam 20 horas que eu estava dentro daquela máquina de voar e eu mal via a hora de pisar em terra firme.

- Senhores Passageiros, favor apertar os cintos. Se olharem a janela agora, poderão ter a bela visão de quase todas as ilhas polinésias.

Era lindo. Eu odiava ficar no avião, mas ficaria quantas horas fossem necessárias para ter aquela visão.

Pousamos mas demoramos para sair do desembarque, eu estava animada para ver Vovó logo, mas meus irmãos pareciam mais animados em brigar e descobrir entre si. Faziam dois anos que vovó tinha se mudado para Samoa, sua cidade natal, então decidimos visitá-la todos juntos em Julho. Eu tinha acabado de fazer 13 anos e aquela doce senhora tinha me prometido um presente de aniversário especial.

Quando finalmente saímos eu logo a vi. Uma saia longa até os pés e os cabelos grisalhos trançados, com uma flor perto da orelha. Apontei e logo os mais novos saíram correndo e fazendo barulho. Larguei as malas nas mãos de meu pai e corri logo atrás.

- Saiam pirralhos, é minha vez! - Disse enquanto puxava meus irmãos, que pareciam coalas grudados em minha avó. Olhei para ela que logo sorriu para mim, acariciou meu rosto e me abraçou apertado. - Talofa tinamatua.

- Talofa, Dinah Jane. Você cresceu!

Todos abraçaram a vovó e logo entramos no carro para sua casa. Ao chegarmos lá, tinha uma grande festa nos esperando. Alguns primos, tios e tios avós preparavam um grande banquete com todo os tipos de comidas típicas da Ilha. Eu amava momentos assim. Os momentos em que eu me identificava com a cultura, a música e as pessoas.

Tudo parecia natural. O jantar passou e a maioria das pessoas foram para casa. Eu estava sentada nos degraus do lado de fora da casa, olhando o céu limpo como há anos não via nos Estados Unidos.

InolvidableWhere stories live. Discover now