Christmas

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Hey Guys!!!

Esse cap é o único com o POV desse personagem que é importante demais pra mim. Espero que entendam um pouquinho mais dela. Espero que gostem, não esqueçam de votar e comentar.

Mantenham a mente aberta para novas possibilidades, por favor.

Se puderem, ouçam "Some Nights - Fun" quando for indicado no play e parem quando chegarem no "end" se a música não tiver acabado.

Beijos no pescocinho dos cheirosos!!



*

Pov Taylor Jauregui

Eu odiava o Natal.

Antes mesmo do Natal se tornar um feriado insignificante, já que o amor não estava mais presente, eu o detestava.

A época festiva em que as famílias se reúnem celebrando seu amor e agradecendo por tudo que aconteceu durante o ano. Eu não tinha nada a agradecer. Veja bem, eu sempre tive uma casa, mas eu nunca tive um lar.

Um lugar dentro das costumeiras casas suburbanas que costumávamos morar em que eu pudesse chamar de porto seguro. Meu refúgio costumava ser qualquer lugar em que eu pudesse chorar um pouco mais alto, já que estava acostumada a todas as noites, deixar lágrimas silenciosas me levarem ao sono profundo.

Era meu primeiro Natal em NYC. Estava frio como eu nunca havia sentido antes, ainda mais nos corredores gélidos das abandonadas estações de metrô. Acordar era uma tortura e ir dormir, mais ainda. O banho era horrível, ou você esquentava a água no fogo, ou tomava gelado. Não preciso comentar que algumas pessoas tomavam banho apenas uma vez por semana.

Eu odiava estar presa ali, e odiava mais saber que meu pai, o homem que eu devia admirar, era um dos responsáveis pela vida miserável de milhares de pessoas. Apesar de todos os contras, a rotina nos Polônios, era o mais próximo que as pessoas tinham de uma vida de verdade.

Eu percebia que mesmo com todos os obstáculos, as pessoas ali encontravam motivos para serem felizes. Sorrisos sempre estampados em seus rostos, a solidariedade sempre presente. Eram todos realmente como uma grande família, unidos em coração e propósito.

Eu tinha certa dificuldade em me misturar, em me abrir, em fazer amizades. Eu era literalmente o total oposto de meu irmão, Chris. Christopher era o tipo de cara que conquista as pessoas por onde passa. Gentil, simpático, doce e prestativo. Já tinha perdido as contas de quantas pessoas tinham falado comigo, apenas para chegar até ele.

Por um lado era frustrante, saber que ninguém se interessava por mim, mas no fundo eu sabia, a culpa disso era toda minha. Eu não me abria e não permitia que ninguém chegasse perto o suficiente a ponto de me ver por completo, me ver com todas as cicatrizes, interiores e exteriores. Não pense que eu o invejava, não.

Meu irmão sempre foi como um pai para mim, apesar de ser mais novo. Procurava me proteger sempre e fazia de tudo para me ver feliz. Chris tinha uma peso enorme em suas costas, mas mesmo assim, desde sempre fez de tudo para aliviar o meu. Já tinha perdido as contas de quantas vezes ele tinha apanhado ou tomado a bronca por mim.

" Tudo doía.

De dentro para fora, eu sentia como se minha angústia tivesse decidido cortar cada um dos poros de minha pele e sair. Eu não sabia por quanto tempo mais eu conseguiria lidar com minhas dores sozinha. eu precisava arranjar algo para me entorpecer, nem que fosse temporário.

InolvidableWhere stories live. Discover now