As Vinte Virtudes

12- Problemas no Tempo e Espaço.

( 2933 palavras)

A primeira virtude retornara, a natureza voltara com a queda de Leo. As leis da física, química retornaram. Boa parte do balanço do universo voltara. Mas devido a toda restruturação do universo, aqueles não afetados pela virtude acabaram sendo separados, enquanto buscam encontrar uns aos outros.

Lalá encontrara seu caminho para a caverna onde as virtudes foram destruídas, lá haviam as mesas vinte mesas de antes e, sobre apenas uma delas, havia uma esfera verde brilhando forte igual neon em completo poder e majestade.

- Mikael, então você foi o primeiro a voltar, me pergunto para onde foi que você enviou esses humanos vivos.

Pedro

Quando a luz verde dissipou Pedro sentiu calor, não apenas estava com febre devido a exaustação de seus machucados, mas o chão estava ardendo, com uma textura diferente, o céu radiava em calor intenso, com poucas nuvens sobre ele. O homem se encontrava sobre um deserto, areias e dunas para todos os cantos.

- Onde... eu estou?- O cansaço o impedia de se mexer, contraia seus músculos e continha suas forças, deveria achar uma floresta logo para que as plantas pudessem cuidar dele, precisava de água urgentemente ou desmaiaria.

Emily

Enquanto isso Emily estava em uma floresta, a garota observava com calma o matagal em que se encontrava, nenhum animal se era visível, o que significava que a virtude dos animais ainda não retornara, contemplando as árvores queria dizer que a natureza estava de volta e um enganado caíra.

- Como eu sei disso?- Perguntava a garota com calma, aquilo que Emily estranhara era o fato de reparar como as árvores eram, em sua maior parte, aquelas conhecidas por serem pré-históricas. O estranho contudo era que Emily nunca ouvira falar de pré-história em sua vida, era como se a informação estivesse baixado em sua mente e, enquanto olhava para as plantas, entendia tudo o que precisava entender sobre elas.- O que está acontecendo comigo?- Ela perguntava para logo perder o sentido, já havia deduzido: Era um poder seu. Pura lógica, ela deveria saber tudo.- Mas tem algo errado com isso... não encaixa...

A garota não ficou curiosa sobre onde os outros estavam, pois já deduzira que foram separados pela virtude. Não estava preocupada, pois já deduzira que não seria capaz de fazer nada. Dentro da cabeça dela não havia espaço para sentimentos, pois já estava repleto de pensamentos.

John

 Semelhantemente estava John, divagando em meio a uma pequena estrada abandonada, o arqueiro estava no centro de várias cabanas de madeira e teto de palha. Era uma vila medieval, não se fazia animal algum, nem se ouvia nada, mas os humanos estavam jogados ao centro em sofrimento.

Dor... isso era algo que John tinha certeza que eles sentiam, as pessoas falam que dor é psicológico, bem é verdade, mas isso não desmerece a dor. Todos os cinco sentidos são psicológicos, sua visão é seu cérebro reproduzindo uma imagem, audição é seu cérebro reproduzindo sons, olfato é ele reproduzindo cheiros, paladar é a representação de gostos e o tato é a representação das sensações. Tudo o que o ser humano sente é psicológico, de uma forma ou outra.

Dor é o tato ao extremo, quando você toca em uma parede seus neurônios sensitivos enviam a informação para seu sistema nervoso central, lá eles passem pelos Inter neurônios que transmitem a informação em reação, fazendo com que os neurônios motores enviassem a resposta ao corpo. Essa é a definição do tato. Dor é tato, quando algo está errado com alguma parte de seu corpo, seu cérebro processa a informação e manda como um alarme gritando: HÁ ALGO ERRADO NESSA ÁREA!

Os humanos agora poderiam estar vazios no coração, eles poderiam não saber nada sobre quem eram, contudo o corpo deles ainda funcionava normalmente, cheio de doenças daquela forma, com tantas manchas, feridas e machucados, seu cérebro provavelmente estava em completo pane, alertando a eles sobre como o corpo inteiro deles estava em perigo. Mas ao mesmo tempo sem conhecimento eles não conseguiam reagir tão bem, e os corpos ainda estavam velhos, o ato de se mexer doía.