Capítulo 13

9K 386 100
                                    

– Começa dizendo como foi para na equipe deles – eu disse cruzando os braços, enquanto Maxon se recostava na cabeceira da cama, claramente com raiva de ter sido interrompido.

– Lucy me procurou. Ela estava presente durante o ataque, e conseguiu se esconder. Quando tudo se acalmou, ela fugiu. Entrou naquela mata e acabou, por sorte, achando um buraco na muralha. Ela sabia que eu estava de folga, então foi ate a sede dos soldados e eu estava lá pronto para voltar para Carolina. Daí ela me contou o que tinha acontecido. Que tinham homens encapuzados e que tinham levado todo mundo. Que tinham dominado o palácio. Eu resolvi entrar. Ela me mostrou o buraco na muralha e me arrumou uma roupa igual a dos homens de Michel. Eu estou aqui dentro tentando descobrir quem são eles. Ninguém percebeu nada. Mas eles não estão aqui brincando. Querem mesmo o fim das castas. Querem isso para sexta!

– Certo. A parte das castas nós já sabemos. E estamos trabalhando nisso – eu disse refletindo – mas não pode ser assim!

– Sempre achei que seu sonho fosse o fim das castas Meri – Aspen disse. E quando eu ouvi ele me chamar de Meri, apenas fechei os olhos e esperei.

– Meri? – Maxon perguntou, devagar, com raiva na voz.

– É como minha família me chama. Maxon, você sabe que Aspen esta envolvido na minha família há muitos anos.

Maxon apenas bufou e cruzou os braços. Ele estava com ciúmes?

– Certo. Mas pare de chamar ela assim! Eu não gosto! – Ele disse apontando o dedo para Aspen.

– Farei meu possível majestade – Aspen respondeu rindo – Agora, vamos voltar para o assunto importante? Porque você não quer mais o fim das castas Mer.. America?

– Porque não é tão simples! Não é algo que se resolva em quatro dias! Mas nós temos isso – eu levantei e peguei os papeis de Nicoletta. Espalhei-os na cama, e todos nós sentamos em volta para ver o que tínhamos.

Aspen e Maxon pegaram algumas folhas enquanto eu fui ate minha mesa e peguei canetas coloridas, post-its e um caderno. Ficamos horas discutindo a respeito do que Nicoletta havia mandado. Aspen e Maxon discutindo às vezes desnecessariamente. Tipo a que horas deveríamos fazer algo. Deveríamos atacar gritando ou em silencio. Eu só olhava para eles com cara de tédio e tentava voltar ao que interessa. Eu tomando nota de tudo o que achávamos útil perante nossa situação. Depois de ler tudo, ficamos tentando bolar estratégias, mas nada acontecia. Nada de bom saía. Estávamos exaustos isso sim. Concluímos que seria melhor deixar isso para o dia seguinte e que eu tentaria falar com Nicoletta logo de manha para saber se teríamos a ajuda dela contra os rebeldes.

Aspen saiu sorrateiro. E eu fui ate o closet e troquei de roupa, coloquei meu pijama e fui para o quarto de Maxon, pois ele não estava mais no meu quarto. Não esperava encontrar Maxon apenas de boxer, tomei um susto. Ele gosta de provocar. Sabe que é lindo e fica fazendo isso.

– Gostou? – Maxon perguntou me fazendo voltar à órbita.

– Hmm – foi à única coisa que conseguia dizer.

– Eu não vou dormir assim. Fiquei arrumando nossa papelada e comecei a trocar de roupa agora – ele disse terminando de colocar a roupa, que estava em cima da cama.

Me apressei e deitei na cama e puxei a coberta para me cobrir. Maxon deitou ao meu lado, me deu um selinho e puxou a coberta. Eu me virei de costas para ele, estava constrangida por ter visto ele apenas de cueca. Estava constrangida por ter gostado tanto e não conseguir ver outra coisa a não ser ele. Maxon não perdeu a oportunidade e me abraçou por trás, acomodando a cabeça no meu pescoço. Começou a me beijar, desde a orelha ate o ombro.

Eu sou...A nova princesa de IlléaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora