Capítulo 11

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– America? Ai meu Deus America! O que você esta fazendo aqui em baixo? Volte agora! – quando ele ouviu minha voz, se apressou para fica de joelhos a minha frente.

Sim, com certeza era meu Max. Quase sorri com essa exagerada preocupação. Me ajoelhei diante dele e fiquei bem próxima a grade, para ele poder me ver melhor.

– Não importa como cheguei aqui. Eles te machucaram?

– Não. E acho que não vão.

– Como assim?

– Michel disse que meu castigo era ficar aqui algum tempo. Creio que não muito. Ele disse “vou te separar de sua noite de festa com a princesa para você aprender a não agredir os visitantes” . eu odeio esse cara, ele acha que nós..

– Melhor pensar isso mesmo.

– Como é?

– Melhor ele pensar que a gente foge para, você sabe, do que para conspirar contra ele.

– Mas seus pais vão pensar que eu..

– Temos problemas maiores que isso Max. E eu não tenho muito tempo. Cadê seu pai?

– Eles levaram dizendo que ele “ia ver como é ser como eu”. America - ele suspirou - acho que vão chicotear ele, igual ele fazia comigo.

– Isso é ruim, muito ruim.

– O ruim mesmo, é que a primeira coisa que passou pela minha cabeça, foi um sentimento de vingança. Por todas as chicotadas que ele tinha me dado. Mas quando levaram ele, eu fiquei muito mal por ter pensado isso. Droga, ele é meu pai!

Eu estava sentindo tudo naquele momento, pena, raiva, dor, ódio, remorso,.. e o pior era que meu Max estava sofrendo, e eu não podia consolar ele. Tudo o que pude fazer foi colocar a mão para dentro da cela e passa-la delicadamente na bochecha dele. Maxon fechou os olhos com meu toque e suspirou. Mas nosso momento foi interrompido, pelas batidas na porta. Duas batidas. Arregalei os olhos, deixando Maxon com uma expressão de nervosismo, por não entender o que estava acontecendo. Sem nem pensar, me joguei para trás, entrando num buraco, que realmente estava ali, como Aspen disse. Sumi em sua escuridão. Vendo Maxon se arrastar de volta para onde estava antes, ainda olhando para o buraco que entrei.

Ao longe, passos ecoavam pelos corredores. Aparentemente muitas pessoas vinham na direção que eu estava. Quando eles finalmente chegaram. Abriram a cela e pude ouvir um baque e a porta fechando novamente. Olhei por debaixo das muitas pernas que estavam na minha frente, e vi uma pessoa deitada no chão e outra ajoelhada ao seu lado. Eles trouxeram o rei de volta, com certeza se tratava dele no chão, ferido. Os homens foram embora novamente, e quando eu ouvi a porta batendo, sai do buraco e fui ate a cela. Maxon apenas me olhou, enquanto o rei, jogado no chão pedia perdão ao filho. O rei não reparou minha presença, ate levantar a cabeça e me ver ajoelhada ali, agarrada a grade como se pudesse passar entre elas.

– America?

– Shh.

– Como você..?

– Eu vou dar um jeito rei Clarkson. Eu juro.

Fez-se um silencio. Meus olhos lacrimejando e eu ouvi a porta se abrindo de novo. Maxon, achando que eram os guardas se apavorou, enquanto eu estava na mesma posição, com os olhos cheios d’água.

– Psiu

Era o Aspen me chamando, com certeza. Me levantei e olhei para eles uma ultima vez.

– É a minha deixa. Eu vou cuidar disso meu amor, eu juro.

– Eu te amo America. Eu.. – Maxon tentava manter a voz firme.

– Me fala isso quando você sair daqui. Eu te amo.

Eu sou...A nova princesa de IlléaWhere stories live. Discover now