-Eu não quero tirar sua vida, e sou muito egoísta e graças a esse egoísmo vou condená-la a eternidade.-Uma eternidade não seria o suficiente para saciar o meu desejo por você.- ele desviou os olhos e eu aproximei meu rosto do dele. -E eu nunca, nunca, me expus como estou fazendo agora, jorrando tantas palavras verdadeiras para alguém ouvir, muitas pessoas nem conhecem o som da minha voz, mas eu estou aqui e o quero.
-Eu sei, eu sinto vindo de você.
-Eu estou loucamente apaixonada por você dêsde o primeiro dia que te vi na escola, mas como você disse...-Suspirei. -Eu tentei apagar esse sentimento porque nunca me senti digna de alguém e principalmente de alguém como você, você é tão lindo...
-Você sempre foi linda, apenas nunca se olhou com clareza.
-Hoje quando me olhei no espelho do salão, pela primeira vez me amei, pela primeira vez consegui encontrar a minha verdadeira eu, ontem eu não era ninguém e hoje eu sou Alexia a sua esposa, é como viver um conto de fadas e se a eternidade ao seu lado é uma condenação por favor, me condene.
Eu pronunciei as últimas palavras espichando meus punhos para as algemas invisíveis, ele pegou meus punhos e beijou minhas mãos.
-Hoje não meu amor, ainda não, tenho muito pra te mostrar, e você tem muito que aprender e não quero que você se assuste, então vou ir te falando aos poucos.
-Eu prometo que não vou sair correndo, me conte . . .
-Hoje não, amanhã talvez, agora quero que descanse.
-Ta brincando eu to com toda a energia do mundo.
-O que quer fazer?
Sorri com a malícia que me ocorreu e ele inalou meu cheiro com os olhos fechados como se fosse um predador, sorriu de volta, então colocou as mãos atrás da nuca tirando suas botas com os pés.
-Sou seu!-disse ele.
Não era apenas meu rosto que estava quente, mas meu corpo também, e quando a vergonha começou a me tomar. Não. Eu sou Alexia, uma mulher linda e segura de si. Adam ainda me esperava. Me levantei joguei os ombros pra trás deixando o casaco cair, tirei as botas, e o vestido vermelho o deixei, queria que ele tirasse. Eu queria beija-lo e passar minhas mãos por seu corpo, mas havia resquícios de... Não, eu vou fazer o que eu tiver vontade, não importa o que aconteça.
-Feche os olhos!-disse ele.
Eu o fiz na hora.
-Pode abrir.
Quando abri ele estava deitado no meio da cama semi-nu as luzes do quarto baixas.
-Sou seu!-repetiu ele.
Subi na cama engatinhando e ousei passar as mãos por seu corpo, frio e sedoso.
-Não tem curiosidade?-sussurrou ele.
-Não muitas!-consegui dizer, deslizei meu dedo por seu peito.
Minha pele estava arrepiada, mas não era de frio. Espalmei minha mão em sua barriga e com a outra me equilibrei, passei o cabelo para trás da orelha e beijei sua costela, a pele dele parecia seda, sem resisti passei minha língua e ele gemeu.
-A séculos não sinto isso!
-Quantos?-sussurrei enquanto beijava seu pescoço.
-Muitos.
. . .
Acordei com um sorriso e suspiros lembrando da noite passada.
-Bom dia mon amour!
-Muito bom dia!-falei ainda de olhos fechados.
- Hoje quero leva-lá a um museu.
-Museu ?
-Sim, agora vou tomar um banho, quer vir comigo ?
Levantei e ele me pegou no colo, o convite era irrecusável.
Ele começou a se vestir no quarto eu fiz o mesmo, enquanto o olhava, quando coloquei o casaco percebi o quanto ele pesava.
-É um desperdício eu não poder ter o prazer de uma dança com você nesse vestido.
Ele pegou um controle na comoda e apontou para uma parede que eu não havia percebido ainda, que tinha uma tv plana e um sistema de som com auto falantes pequenos, mas potentes, ele ligou e começou uma daquelas músicas que ouvi em seu celular, estendeu a mão.
-Me concede está dança la neige.
-Concedo, mas você vai ter que me ensinar.
Ele me puxou colando nossas corpos, ele está sem camisa, apenas usava uma calça social preta, Adam rodopiou comigo e eu o acompanhei.
-Você é muito graciosa para alguém que não sabe dançar.
_-Fiz balé até os 10 anos.
Ele beijava meu pescoço, aquilo me deixava em chamas, senti o vestido se rasgando lentamente sobre minha pele, ele rosou o nariz do meu pescoço ao centro do meu peito e voltou até a clavícula, suas mãos eram suaves e fortes ao mesmo tempo, o que ouve com o resto da minha roupa eu não sei pois eu já estava deitada na cama novamente. Adam resolveu brincar comigo e eu entrei na brincadeira ele pegou minha perna a beijando, então percebi as marcas do cinto estava com o hematoma ficando esverdeado, um lembrete, eu fechei os olhos para esquecer.
-Nunca mais, ninguém vai te tocar desse jeito!
Ele beijou o local, passou a língua gélida e gostosa, esqueci de tudo, meu corpo era digno de combustão, nunca mais eu sentiria dor...
Na segunda tentativa de nos vestirmos, sorriamos um para o outro. Me levou para conhecer o Museu do Louvre, tinha o formato de uma piramide de vidro, vi um dos quadros mais famosos do mundo, Mona Lisa, havia estátuas sem braços, muitos quadros e uma estátua que muito me identifiquei, era de um anjo segurando uma mulher.
- '' Psique Reanimada pelo Beijo do Amor'' -disse Adam.
Eu não conseguia parar de olhar e Adam sussurrou no meu ouvido.
-Não sou um anjo, mas vi que se apaixonou pela peça.
-Sim, muito e não importa o que você realmente seja, eu te vejo assim.
-Eu posso ser mau. - ele sussurrou quase que ameaçadoramente, mas não senti nada além de prazer ao ouvir sua voz em meu ouvido.
-Então você é meu anjo mau!
Ele só sorriu pra mim, pegou minha mão e passamos um dia frio e lindo, vi muitas coisas lindas, e a neve, que experiência maravilhosa e congelante.
Três dias depois de recorrermos tudo, ele comprou umas malas vazias para pormos as roupas, eram 15:20 da tarde quando Adam entrou no quarto e pegou as duas malas pesadas e deu para o rapaz da recepção levar, o rapaz quase morreu pra por as malas no carrinho.
-Vou te levar a um lugar marcante para mim.
-Está bem.
ESTÁ A LER
meu anjo mau
VampireAdam é um vampiro solitário que estava a procura de algo, mas sem saber o quê, nisso ele encontra o vazio, um não sentimento, algo que não era dele e sim de Joana uma garota mal tratada pelo padrasto. Ela já havia sentido tanta dor por tudo o que vi...