Capítulo 42

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“Emily, eu amo-te tanto, eu preciso de ti, por favor acorda.”

“Hey, Em. Faltaste ao concerto. Eu também não fui, não conseguia sem ti”

“Minha querida, por favor acorda.”

 “Minha querida, logo agora que conseguiste um namorado. Acorda, querida, a avó precisa de ti.”

“Deus! O que é que eu fui fazer? Não era para seres tu, era só para ser ele. Eu… eu amo-te tanto!”

“Emily, por favor, eu preciso de ti. Não me deixes, Emily! Eu sei que tu me amas, eu também te amo, por favor acorda!”

O som constante de máquinas a apitar fez-me abrir os olhos. No início fiquei tonta, mas depois a minha visão ficou focada e eu olhei em toda a minha volta. Eu não sabia onde é que estava e isso estava a deixar-me em pânico. Tudo o que eu via á minha volta era a cor branco, tirando uma linha azul-bebé que estava na pintada na parede.

Uns pequenos fios saíam dos meus pulsos em direção a uma bolsa com um líquido transparente pendurado a um cabide. Outros fios tapados por uma espécie de fita adesiva redonda saíam do meu peito e da minha barriga em direção a uma máquina, a máquina que fazia o barulho que me tinha acordado. Era uma máquina que tinha um ecrã e que mostrava uma linha verde com altos e baixos.

Eu estava deitada numa cama que tinha lençóis também brancos. Algo estava errado, eu não gostava do branco, aquele quarto era muito luminoso. Era como se eu tivesse estado fechado num quarto escuro durante muito tempo e me tivessem trazido para aqui agora.

Mas e o que é que eu estava aqui a fazer?

Ao fundo da sala, ou do quarto, estava uma senhora demasiado elegante e bem vestida deitada num pequeno sofá creme. Ela não podia estar confortável, porque ela estava demasiado direita.

Eu olhei de novo á minha volta, eu queria levantar-me e sair dali. Eu tentei levantar-me, sem acordar a senhora que estava a dormir, mas sem sucesso, pois os fios vieram todos atrás de mim, fazendo com que o cabide com a bolsa de soro caísse no chão, fazendo um barulho enorme.

A senhora que estava no sofá ergueu a cabeça num pulo, sobressaltada. Eu sorri nervosamente. Será que ela tinha ficado chateada comigo por eu a ter acordado?

- Hm… Eu peço imensa desculpa, não era minha intensão acordá-la. Pode-me ajudar aqui, por favor? – Eu pedi, tentando ser o mais educada possível, como… alguém me tinha ensinado.

Os olhos da elegante senhora arregalaram-se como se ela estivesse feliz e surpreendida. Ela ficou assim durante alguns momentos, estática, a olhar para mim.

- Está bem? – Eu perguntei-lhe.

- Eu não acredito que tu acordas-te! Finalmente! – Ela correu até mim e abraçou-me com toda a força magoando-me em ferimentos e pisaduras de que só agora me estava dar conta. – Oh meu Deus! Desculpa. Eu devo de te estar a magoar. – Ela disse sorrindo e limpando as lágrimas ao mesmo tempo. – É melhor eu ir chamar os médicos. – Ela disse e saiu a correr, sem sequer me ajudar a levantar o raio do cabide.

Eu dei a volta à cama e levantei o cabide com algum custo. Eu mal me conseguia mexer, doía-me tudo e eu nem sabia porquê. O que é que me tinha acontecido? Porque é que eu estava aqui? E porque é que eu sentia que tinha que saber se alguém estava bem? Quem era esse alguém?

- Menina Emily, finalmente acordou. – Um senhor sorridente disse, entrando no quarto com a senhora que me tinha abraçado atrás dele. Devia de ser um médico. Eu olhei à volta do quarto para ver se ele estava a falar comigo.

- Emily. – Eu repeti o nome baixinho. – Esse é o meu nome. – Eu sussurrei e levantei a cabeça, mesmo a tempo de ver o seu sorriso desvanecer.

O que é que aconteceu?

- Emily é melhor deitares-te na cama. – Ele disse caminhando até mim. Eu fiz o que ele pediu e ele endireitou o pequeno saco com o líquido transparente. – Tu sabes quem é esta senhora? – Ele perguntou apontando para a senhora elegante.

- N-não. – Eu respondi e os olhos dela arregalaram-se.

- Lembras-te de quantos anos tens?

- Não.

- Lembras-te do que aconteceu?

- Não.

- Qual é a tua cor favorita?

- Azul.

- Sabes com quem é que estavas?

- Não…

- O que é que isso quer dizer, doutor? – Ela perguntou bastante assustada e triste.

- Ela tem amnésia. Ela não se consegue lembrar de ninguém, todas as pessoas foram esquecidas na mente dela, ela só se consegue lembrar de detalhes.

- Então ela não se lembra de nada mesmo? Nem de ninguém? – Ela aproximou-se do médico. – Isso quer dizer que ela não se lembra dele? – Ela perguntou num tom mais baixo, mas que eu consegui ouvir.

De quem é que ela estava a falar? E porque é que ela parecia tão feliz do nada?

- Muito provavelmente não.

- Hm… é uma pena.

Eles continuaram a falar sobre mim como se eu não estivesse ali, mas eu não estava a prestar muita atenção. Eu só queria saber porque é que eu estava ali e porque é que eu não me conseguia lembrar do que aconteceu, por mais que eu tentasse.

Enquanto eu tentava trazer à memória, mais do que simples detalhes como o que era a minha comida favorita e o meu dia de anos, um par de olhos azuis apareceu-me na mente. Do mais azul que se podia imaginar, que me olhavam como se me furassem a alma.

Uma sensação de nostalgia fez-se sentir em mim, seguida de uma dor de cabeça enorme, que fez com que eu desmaiasse.

O que é que me tinha acontecido?

“Agora, tudo vai ficar bem. Como nós sempre quisemos.”

“Não me deixes Emily!”

(...)

3 anos depois…

#FIM#

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OH MEU DEUS! Acabou! Aaaaaaaaah eu nem acredito nisto asdfghjklç OMG OMG OMG... ok, respira... 

Primeiro: eu sei que o capítulo está um bocado para o minusculo, MAS take it easy on me, eu vou fazer uma sequela com muitos mais capítulos e OH MEU DEUS EU ESTOU TÃO ENTUSIASMADA ahahaha

Segundo: o que é que acharam da fic? Gostaram? Qual foi a vossa parte favorita? E que personagem é que mais gostaram? :3

E o que é que acham que vai acontecer agora? :D

- Clau :)

Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora