Capítulo 34

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Quando acabámos de tomar banho fomos para o quarto, onde eu tive que obrigar o Louis a virar as costas para eu me vestir enquanto ele dizia que eu não devia de ter vergonha dele. Quando eu estava prestes a vestir a sua camisola a mão dele agarrou a minha mão. Ao olhar para ele eu vi que ele tinha a testa franzida enquanto olhava para o lugar onde estava a minha cicatriz. Eu tentei soltar-me dele, usando toda a minha força, mas ele não deixou continuando a olhar para a cicatriz.

- Louis. – Eu choraminguei e ele olhou para mim sério.

- Como é que fizeste isso?

- Eu… - Eu suspirei e vesti a camisola sentando-me ao seu lado na cama. – Foi… foi o meu pai que me fez isto.

- O quê? – Ele perguntou com os olhos arregalados.

- Depois do que ele me fez, ele começou a beber todos os dias e cada vez mais com a desculpa de que era para esquecer aquilo que ele me tinha passado.

- Como se isso se pudesse esquecer. – Ele disse com raiva.

- Ele começou a trazer mulheres desconhecidas lá para casa e fazia o que querias com elas no quarto dele e da minha mãe e a minha mãe tinha que ir dormir para o quarto de hóspedes e às vezes vinha para o meu quando via que eu tinha acordado com… hm… o barulho. – Eu clareei a voz. – A minha mãe, mais tarde, discutiu com o meu pai sobre isso e foi aí que eles se separaram. O meu pai estava bêbedo e tinha trazido duas mulheres para casa, que a minha mãe expulsou assim que elas entraram dentro de casa e o meu pai ficou chateado e começou a berrar e eu acordei com eles a discutirem. Quando eu desci as escadas ele estava numa ponta da cozinha com uma faca na mãe e a minha mãe no lado contrário. Eu fui ter com a minha mãe e, na altura em que o meu pai lhe atirou com a faca eu meti-me à frente e… - Eu estremeci ao lembrar-me do que aconteceu.

Eu olhei para Louis e vi que ele estava sério enquanto olhava para nada em concreto.

- Lou? – Eu chamei e ele olhou para mim ainda mais sério.

- Eu nunca te vou magoar. – Ele disse e eu abri a boca para dizer qualquer coisa, mas eu estava sem palavras. – Eu vou sempre querer o teu bem e só te vou fazer feliz. – Ele agarrou na minha mão e beijou os nós dos meus dedos.

- Eu amo-te Lou.

- Eu também.

Eu deitei-me enquanto Louis foi apagar a luz do quarto. Já estava escuro no quarto e eu não via quase nada, então fiquei um pouco surpresa quando o senti a deitar-se e uns lábios tocaram os meus. Eu agarrei nas suas mãos e ele puxou-me para ele, fazendo com que os meus olhos se fechassem de imediato, devido ao cansaço por causa de tudo o que se tinha passado.

(…)

Eu abri os olhos e virei-me na cama sentindo a falta de Louis. Levantei-me e vi que ele não estava no quarto, nem em mais nenhuma divisão da casa. Eu fui até à cozinha para ver se ele estava lá, mas, em vez disso, encontrei uma rosa e um bilhete em cima da mesa. Eu sorri ao reparar na cor da rosa. Negra. Como é que ele tinha encontrado uma rosa negra? Elas era tão raras!

Eu peguei na rosa e encostei-a ao nariz, fechando os olhos e apreciando o seu cheiro. Cheirava realmente bem. Peguei no bilhete e abri-o lendo-o enquanto o cheiro da rosa negra me perfumava os sentidos.

“Tive que ir resolver uns assuntos de última hora. Desculpa, logo à tarde já devo de estar em casa.

Amo-te, Em.”

Eu suspirei ao ler o bilhete e pousei-o na mesa, juntamente com a rosa. Fui para o quarto e, quando acabei de me vestir, reparei que tinha uma mensagem da minha mãe. Ela queria que eu fosse almoçar a casa com o John.

Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora