Capítulo 27

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- Eu… eu… - Eu suspirei.

Será que eu devia de o perdoar? Ele tinha-me magoado pela segunda vez, apesar de esta ter sido inconscientemente. Mas o facto de ele o ter feito inconscientemente só me provava que ele me ia magoar mais vezes. Além disso, ele quase matava o Ash porque ele o irritou. Será que ele faria o mesmo comigo quando ele se irritasse?

- Eu preciso de saber o que aconteceu. – Eu finalmente disse e ele olhou para mim como que assustado.

Louis, com medo?

Wow!

- Do que é que o Ash estava a falar? Porque é que ficaste tão irritado ao ponto de… - Eu interrompi-me a mim mesma, quando a imagem de Louis a bater em Ash apareceu na minha mente fazendo-me estremecer.

- Ele estava… a falar de coisas que aconteceram… no meu passado. – Ele parecia estar a escolher as palavras com cuidado.

- Que coisas? – Eu perguntei e ele fechou os olhos com força baixando e abanando a cabeça.

Então ele não me ia contar nada.

Eu suspirei frustrada e levantei-me da cama para ir embora, mas só aí reparei que tinha vestido apenas uma camisola dele. Eu arregalei os olhos e ele encolheu os ombros. Ele tinha-me mudado de roupa! Ele tinha-me visto apenas de roupa interior. Quer dizer, ele já me tinha visto, mas desta vez teve tempo suficiente para olhar com atenção.

Será que ele tinha visto a cicatriz?

Oh não!

- Eu tapei os olhos. – Ele disse irónico, lendo os meus pensamentos.

- Eu tenho que ir embora. – Eu murmurei e ele levantou-se caminhando até mim.

- Não, por favor não vás. – Ele implorou e eu dei um passo atrás fazendo com que ele parasse.

- Porquê?

- Porque eu sei que se tu fores, tu nunca mais voltas. – Ele respirou fundo, talvez numa tentativa de se acalmar. – É o que todos fazem. – Ele murmurou num tom mais baixo, mas que eu consegui ouvir, deixando-me intrigada.

Todos quem?

- Então dá-me um bom motivo para eu ficar. Conta-me o que é que se passou. – Eu disse, esperando que ele realmente me fizesse ficar, porque, sinceramente, eu não queria nada ir embora.

- Eu… não te posso contar.

Eu suspirei pela terceira ou quarta vez. Peguei na minha roupa que estava na ponta da cama e fui para a casa de banho para me vestir. Quando eu saí e passei pela porta do seu quarto, vi-o sentado na ponta da cama com a cara escondida entre as mãos.

Será que ele estava a chorar?

Não, eu não ia e não podia pensar nisso. Ele não confiava em mim, por isso eu não devia de me preocupar com ele e não podia ficar aqui.

Eu caminhei até à porta de saída e fechei a porta com cuidado. Parte de mim queria que ele viesse a correr atrás de mim e me impedisse de ir embora, mas a outra parte ficou feliz por ele não o ter feito, porque eu sei que se ele o fizesse eu ia ficar sem qualquer problema, mesmo que ele não confiasse em mim.

Felizmente, não estava a chover e eu já tinha decorado o caminho até à universidade, mas, apesar de tudo, estava escuro e eu estava a ficar com medo. Eu mal podia esperar para ter carro, eu ia chegar à universidade em metade do tempo e sem me preocupar se estava escuro ou não.

Quando eu entrei no dormitório, Kahlan ainda não estava lá. Ainda devia de estar em aulas, porque ninguém fez com que ela perdesse os sentidos e que perdesse quase todas as aulas do dia. Eu atirei-me para cima da cama e tapei o rosto com uma almofada enquanto as lágrimas escorregavam dos meus olhos.

Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora