Capítulo 14

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Entrei no meu dormitório e encontrei Kahlan sentada na cama. Finalmente! Eu tinha tantas saudades de falar com ela e queria saber porque é que ela me andava a ignorar ou se era só impressão minha. Eu esperava que fosse a segunda opção.

- Kahlan, que bom ver-te. – Eu disse, atirando-me para cima da cama como nos bons velhos tempos.

- Sim. – Ela respondeu fria.

- Já não falamos há tanto tempo. – Eu sorri, mas ela mal se mexeu.

- Pois é. – Respondeu sem sequer olhar para mim.

- O que é que se passa?

- Nada. – Ela respondeu no mesmo tom.

- Não, isso não é verdade! Tu quase não falas comigo e parece que me andas a ignorar. O que é que se passa? – Repeti.

Ela suspirou em derrota e sentou-se na cama dela virada para mim. Eu observei-a.

- O Caleb acha que foste tu que… - Ela respirou fundo e eu comecei a temer o que aí vinha. – Ele acha que tu… tu sabes… o Kyle.

- Ele acha que eu matei o Kyle? – Eu perguntei chocada.

Ele achava isso? Porquê? Eu…

- E tu?

- Huh?

- O que é que tu achas? – Ela ficou em silêncio e as lágrimas começaram a cair. – Kahlan… - Eu disse o seu nome baixo e incrédula.

Ela não disse nada, apenas se limitou a baixar a cabeça. Eu não aguentava estar num sítio em que a minha melhor amiga achava que eu tinha morto uma pessoa, por isso saí dali a correr enquanto novas lágrimas deslizavam-me pelo rosto.

Eu não sei para onde é que estava a ir, só sabia que queria sair dali. Eu queria ir para casa, mas não podia, não depois da discussão com a minha mãe. Discussão causada por causa do Louis que não queria saber de mim para nada.

Quando dei por mim, eu já não estava a correr, estava a andar sem destino. A chuva tinha recomeçado, as gotas de água confundindo-se com as minha lágrimas que também não deixavam de cair.

Olhei á minha volta. Onde é que eu estava? Boa! Estava perdida. Era mesmo o que eu precisava.

- Tu tens alguma coisa pela chuva, não? – A sua voz soou, causando-me arrepios.

Eu ignorei-o e comecei a andar tentando descobrir onde é que eu estava e afastar-me dele o mais que pudesse. Eu ouvi-o suspirar e segundos depois alguém me agarrou o braço. Era ele.

- Emily. – Ele chamou com a voz rouca e eu tentei ignorar as borboletas no meu estomago cada vez que ele dizia o meu nome daquela maneira. Porque é que ele me fazia sentir assim?

- O que é que queres Louis? – Tentei soar fria.

- O que é que se passa?

- Oh, nada Louis, não se passa absolutamente nada! – Eu gritei.

- Alguém está mal disposta.

- Se calhar és tu que estás demasiado bem-disposto. – Eu disse referindo-me à rapariga loura.

- Eu estou sempre bem-disposto. – Ele gozou.

Ouch!

- Oh, isso diz muita coisa de ti.

- O que é que isso quer dizer? – Ele perguntou sério.

- Não sei, porque é que não perguntas àquela rapariga com quem tu estavas. Ah não, espera, tu estavas super preocupado comigo! – O meu tom de voz voltou a subir e eu bati-lhe na mão que me agarrava o braço e afastei-me dele em passadas largas.

Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora