Capítulo 36

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- Então, é verdade. Tu estás mesmo com… esse rapaz.

- Mãe, eu-

- Poupa as tuas desculpas, Emily. Eu sei que tu não namoras com o John e que isso foi tudo uma desculpa que tu inventaste para que eu não soubesse que tu estiveste com esse rapaz.

- Não aconteceu nada do que tu estás a pensar!

- Pelo menos tiveste essa decência.

- Mãe!

- Tu desiludiste-me tanto.

- Porquê?

- Porquê?! Tu já viste com o tipo de pessoa com que tu namoras?

- Mãe, o Louis é uma pessoa normal.

- Estás a engar-te a ti mesma. Olha para ele, Emily. Que tipo de futuro é que esperas com ele?

- Isso-

- Emily, querida. – Ela interrompeu-me. – Rapazes como ele não se apaixonam, não querem ter uma vida e emprego estável. O que é que tu achas que vai acontecer quando tu lhe deres o que ele quer? Achas que ele vai ficar contigo? Querida, ele vai deixar-te e tu vais sofrer, as tuas notas na escola vão descer e a tua carreira vai ficar arruinada. Tudo por causa dele.

- As minha notas não baixaram, até subiram aliás.

- E quando ele te deixar?

- Quem é que te garante que ele me vai deixar?

- Tu, por acaso, sabes alguma coisa sobre o passado dele? É que eu tenho tudo e de certeza que não te vai agradar. – Ela disse, com um sorriso triunfante.

- Eu sei tudo sobre o passado dele e não há lá nada que me agrade, mas sabes que mais? É isso que me faz amá-lo ainda mais, porque a perfeição não existe e ele não é perfeito, assim como tu não o és. Nem eu!

- Olha no que tu te tornaste por causa dele! Porque é que insistes em arruinar o teu futuro dessa forma?

- O quê?

- Quando eu pensava que finalmente estavas no bom caminho e que tinhas recuperado de tudo o que te tinha acontecido e que tinha encontrado um rapaz decente, tu desiludes-me desta forma.

- Eu não estou a arruinar o meu futuro. Se eu recuperei do que me aconteceu foi por causa do Louis.

- Não sejas tão ingénua. Achas mesmo que ele quer saber de ti? Achas mesmo que ele te ajudou porque te ama? É tudo por interesse, para que tu lhe dês aquilo que ele quer!

- Não. Tu não o conheces e não o podes julgar dessa forma.

- Não querida, eu conheço-o melhor do que tu imaginas.

- O quê?

- Ele tentou matar uma rapariga, mas não conseguiu, porque ela foi para o hospital e uma transfusão de coração poderia salvá-la. Ele era compatível, mas recusou-se a salvá-la.

- Co-como é que tu sabes disso?

- Isso quer dizer que tu sabias?

- Sim.

- E ainda estás com ele?

- As pessoas perdoam.

- Não uma morte, não o tráfico e o consumo de drogas, não os jogos que ele andou a fazer por dinheiro.

Os meus olhos arregalaram-se ao som de algo novo. Que jogos é que ela estava a falar? Será que Louis não me tinha contado alguma parte do passado dele? Mas eu pensei que ele me tinha contado tudo, que tinha confiado em mim!

“Tu já devias de saber que ela tem dono. Não a podes tirar dele assim, tens que fazer jogo limpo, ou não sabes as regras?”

A voz de Ash soou na minha cabeça no dia em que Harry me estava a ameaçar. Era mais uma das coisas que muita gente sabia sobre o Louis e eu não.

- Hmm… Então não me digas que não sabias disto? – A minha mãe disse, sorridente.

- Não fale do que não sabe. – Louis avisou, a sua voz carregada de raiva e eu senti o aperto da sua mão na minha.

- Vês querida, ele nem sequer confia em ti, como é que ele seria capaz de te amar?

Eu olhei para Louis e vi que ele tinha a testa franzida. Ela tinha razão. Se ele não confiava em mim, também não era capaz de me amar e, se ele não me tinha contado sobre os jogos, seja lá o que isso for, ele não confiava em mim, ou seja, ele não me amava.

- Louis. – Eu chamei e os seus olhos azuis encontraram os meus.

- Emily vamos embora. – A minha mãe ordenou séria e severa.

- Não. – Eu recusei, ainda a olhar para Louis.

Eu queria saber de que jogos é que ela estava a falar e porque é que ele não me tinha contado sobre isso.

- Não?

- Mãe, eu vou ficar com o Louis.

- É isso mesmo que tu queres?

- Sim.

- Muito bem, mas não te esqueças que eu sou tua mãe. Tu vais fazer aquilo que eu quero. A bem. Ou a mal.

- O que-

Ela não me deixou acabar, pois virou-me as costas e dirigiu-se ao seu BMW preto, arrancando logo de seguida. Assim que ela virou a esquina eu olhei para Louis à espera de uma explicação. Ele suspirou e agarrou-me na mão.

- Eu conto-te tudo lá em cima.

Eu deixei-me ser conduzida por ele até ao elevador, mas eu parei à porta e ergui uma sobrancelha, o que fez ele rir-se e puxar-me para dentro do elevador.

- Louis! – Eu gritei e soltei um pequeno guincho.

- Vá lá, isto não vai cair.

Eu suspirei e agarrei-me à sua camisola, as minhas mãos a tremelicarem. Quando o elevador parou e as portas se abriram, foi como se eu pudesse voltar a respirar novamente. Eu realmente detestava elevadores.

Louis saiu a seguir a mim e abriu a porta do apartamento. Agora que me lembrava, eu nunca tinha visto nenhum vizinho nos corredores, será que não vivia cá mais ninguém? Não, isso era muito estranho. Devia de ser apenas coincidência, afinal, eu saía sempre cedo por causa da escola e voltava tarde.

Deus estou a falar como se eu vivesse aqui!

Eu sentei numa ponta do sofá da sala com as pernas cruzadas e Louis sentou-se logo a seguir a mim. Eu respirei fundo para me preparar para o que vinha aí.

- Que jogos é que a minha mãe estava a falar?

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Ok, eu sei que está minusculo, mas eu quero criar suspense para o que vem aí muahahah :3

- Clau :)

Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora