Capítulo 10 - Magda Bosso

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A pergunta de Pietro me fez pensar no que eu estava pensando, minha cabeça tentava me fazer parar, me envolvia com imagens de Robson, da minha família o que todos pensariam quando soubesse, mas eu também queria, e estava disposta a aceitar as devidas consequências.

 Pousei minha língua sobre seu umbigo e caminhei lambendo seu corpo até os lábios, dando um beijo quente, enquanto puxava seu cabelo, sentia seu sexo ereto com uma rocha encostando em minhas pernas e deixei meu corpo escorregar um pouco mais, deixando que nossos sexos se encontrasse, sem haver nada mais que esse toque. Escorreguei minha língua por seu pescoço e mordisquei sua orelha.

 - Claro que você pode - sussurrei.

 Pietro sorriu como um caçador que encontra sua presa e ela está ali vulnerável, e eu realmente estava entregue a suas mãos, tudo aquilo que tinha acontecido aquele momento era muito novo para mim, minhas relações com Robson eram sempre monótonas, era a mesma posição "mamãe e papai" e raramente ousamos ao sexo oral ou qualquer coisa a mais. Tudo era uma novidade e eu estava gostando de vivenciar com aquele moreno.

 Ele escorregou por baixo de mim, e me fez virar, agora ele estava por cima, nem pensamos em proteção, não tínhamos e no meio da floresta não havia farmácias vendendo preservativos, só torcia para não acontecer uma gravidez, e convenhamos que por Pietro tudo valia a pena. Olhei firme em seus olhos, e ver aqueles braços suspendendo o corpo dele em minha volta não era nada mal, principalmente com os dreads caídos para o lado esquerdo. Que perfeição, suspirei.

 Sentia seu brinquedo, como ele gostava de chamar, deslizar pela minha coxa, penetrando-me, acredite que só o toque de Pietro já me fazia pirar. Ele começou com movimentos mais leves e devagar, quando comecei a mexer junto com ele, foi o ápice para ele virar um verdadeiro caçador na cama e aumentar seus movimentos, ficando cada vez mais rápidos. Eu gemia, mas procurava por sua boca, ele me calou com um beijo, enquanto me fazia delirar loucamente.

 Os nossos gemidos criavam ecos na caverna, mas não nos importávamos nem com a chuva ou o frio, estávamos suando, um calor unia nossos corpos, sentia suas coxas encontrando as minhas com força. Eu estava ficando cada vez mais molhada e louca por ele, comecei a sussurrar seu nome e aquilo pareceu dar mais força a ele que agia sem piedade. Há muito tempo queria experimentar um sexo assim, selvagem, sem nada muito certinho como estava acostumada.

 - O que você está achando? - ele me perguntou, enquanto só conseguia formular gemidos.

 - Quero mais, coisas diferentes - sussurre, com um gemido acompanhando.

 Ele pareceu me entender rapidamente, não queria mais aquela mesma posição sempre e acho que Pietro tinha potencial para mudar tudo aquilo, eu queria mais, eu precisava de mais... Aquilo ainda era muito pouco.

 Pietro diminuiu seu ritmo e me fez deitar de lado, deitado ao lado do meu corpo e iniciou uma nova posição, segurava minha perna firme, enquanto seu brinquedo habitava meu interior, me levanto a loucura e ele também gemia de tesão. As mãos dele ainda passeavam por meu corpo, em meus seios, me levanto ao ápice.

 Eu já não aguentava mais e nunca tinha atingido aquele prazer tão rapidamente, senti que não tinha mais controle, senti o líquido quente me preenchendo, o que fez Pietro aumentar seus movimentos, senti o seu tesão também, quando novamente um líquido quente me preencheu e ele urrou alto. Seus braços me seguraram firme e nos silenciamos com a respiração ofegante.

 Passei a mão em meu cabelo que estava todo ensopado de suor colocando para trás, Pietro se afastou, respirando fundo. Se levantou completamente nu com um sorriso no rosto, seus olhos brilhavam percorrendo meu corpo, ele balançou os dreads, com orgulho do que tinha feito. Mordi os lábios porque era minha forma de agradecer também, por tudo que ele tinha me proporcionado.

 Ele caminhou para fora da caverna e eu fiquei me perguntando que diabos ele tinha ido fazer, me levantei, procurando uma forma de limpar todo aquele líquido que ainda escorria em minhas pernas. Peguei algumas garrafas de água, e caminhei para o fundo da caverna, onde pude me lavar da cintura para baixo, pelo menos poderia dormir limpa até irmos na cachoeira na manhã seguinte, se não estivesse chovendo.

 Procurei por minha calcinha que estava jogada no chão, porque Pietro tinha arrancado 'delicadamente", me vesti e voltei para a pedra, me colocando embaixo do cobertor, ele entrou segundos depois todo ensopado.

 - Precisava de um banho - ele comentou sorrindo.

 - Na chuva, nesse frio? - falei preocupada.

 - Que nada, daqui a pouco estou bem - ele exibiu aquele sorriso.

 Verificando nossas roupas, Pietro descobriu que as dele já estavam secas, porque eram de material mais fino, diferente de minhas roupas cheias de acessórios. Me ofereceu sua camiseta, já que não estava de sutiã, e eu aceitei. Depois ele tratou de procurar pela cueca dele, assim que achou, comentou me olhando.

 - Mais você é braba, olha onde você atirou minha cueca - ele tentou falar mostrando espanto.

 - E minha calcinha estava perto? - comentei, zombando dele.

 Ele se deitou ao meu lado e escorregou para minha coberta, de certo modo, depois de tudo que tinha acontecido, não era muito bom ficarmos tão perto, antes que ele começasse a se encaixar em meu corpo, virei de frente e ficamos nos olhando como aqueles casais que aderiram ao namoro recentemente e ficam bobos com qualquer atitude do outro.

 Pietro me surpreendeu com um beijo, pensei que como ele tinha dito que só promovia a diversão, nada em nós continuaria depois daquela noite, pelo menos era assim que eu pensava até que eu pudesse tomar todas as atitudes em minha vida, mas pensando em cada passo. Aquele beijo dele me fez viajar, mas tinha que manter meus pés no chão, eu tinha um noivo, tinha um pedido de casamento, tinha meu trabalho... Só naquele momento me lembrei da reunião que tínhamos no Rio.

 - Como será o evento amanhã? - perguntei, cortando todo e qualquer clima.

 - Tinha me esquecido do porque estávamos no Rio, e agora?

 - Temos que ter a sorte de sermos achados amanhã.

 - Ou talvez se isso não acontecer, a partir de amanhã eles darão conta do nosso sumiço.

 - É mais espero que termine tudo bem... – pensava em como explicar para empresa o que tinha acontecido.

 - Você já está querendo ir embora é? Acho que não gostou de ficar aqui comigo – ele comentou fazendo os olhos do gato do Shrek.

 - Não é isso – expliquei – Apenas tínhamos que ter feito a apresentação, mas em vez disso estamos aqui, presos nessa floresta, nessa caverna.

 - Eu estou gostando – ele pontuou e me olhou – E você?

 - Eu também estou – dei um beijo de leve nele.

 Pietro começou a me abraçar e me envolver, mas estávamos cansados e eu já estava ficando com dor de cabeça, a rinite alérgica começou a me incomodar, tinha me esquecido dela, mas ela se mostrou presente, com toda a minha cabeça latejando. Nos cobrimos e ficamos ainda conversando um pouco. Até que com os carinhos dele em minha cabeça, apaguei completamente em seus braços e ele em poucos minutos fez o mesmo.

IN-CÔ-MO-DO

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