Country on fire - Jude Bellingham

Barcelona

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Balde era um garoto muito parecido com Jude, ou talvez eu que estava pensando em Jude e acabei me lembrando dele ao olhar para Balde, e eu não podia fazer isso.

Mesmo assim, continuei encarando ele por algum motivo, enquanto ele limpava o machucado em minha perna, do qual o mesmo foi o autor do caso.

_ Sou lindo, né? - Falou com um sorriso no rosto levantando o olhar para mim e balancei minha cabeça desviando o olhar para o céu.

_ Desculpa. Hoje não é meu dia. - Falei e ele assentiu enrolando o papel que limpava o sangue na minha perna.

_ Percebi, mas responde, eu sou lindo, você não acha? - Perguntou, pelo visto ele era tão convencido quanto Jude. Esses garotos de hoje em dia..

_ O que a sua mãe acha? - Perguntei nem dizendo sim e nem não e ele cerrou os olhos em minha direção. Afinal, ele não era burro e entendeu minha intenção.

_ Não contorce a minha pergunta, só responde.

_ As mães sempre tem razão, não posso fazer nada. Você deveria perguntar para ela, não para mim.

_ Saquei. - Disse mantendo o contato visual, até que o quebrei novamente. _ Mas então.. o que até aconteceu para que você ficasse tão distraída, aponto da minha bicicleta te atropelar? - Perguntou puxando assunto e respirei fundo antes de contar.

_ Primeiro que foi você que me derrubou..

_ Tabom, eu admito a culpa.

_ Eu.. eu moro em Madrid, por isso trabalho lá. E.. o meu chefe me pediu para fazer parte de um projeto aqui em Barcelona, é por pouco tempo, mas é importante para ele.

_ Entendi, mas? - Perguntou, certamente pela expressão que fiz, ele sabia que tinha um mais por detrás do que eu falava.

_ Eu.. meio que estava quase namorando uma pessoa, digo isso porque me parecia verdadeiro e sério até então. Mas descobri que ele me traiu, beijou outra enquanto estava comigo, e.. eu terminei o que nós tínhamos antes de vir para cá.

_ Eu sinto muito, esse cara deve ser um babaca. - Falou e assenti. Afinal, Jude havia mesmo se tratado como babaca.

_ Eu acho que ele foi sim, mas.. eu ainda sinto algo por ele, apesar de tudo.

_ É normal, quando gostamos de alguém, é difícil tirá-lo do nosso coração, mesmo quando esse pessoa nos trata mal.

_ Sim..

_ Mas pelo seu olhar tem algo a mais, não tem? - Estava tão óbvio assim?

_ Sim, pensei que com essa viagem para Barcelona, eu tivesse um tempo para pensar nas coisas, mas ele achou um jeito de vir junto comigo e agora estamos hospedados no mesmo hotel e no mesmo quarto.

_ Que? Que cara imbecil. Ele não pode fazer isso com você, depois de tudo que fez. - Falou aparentemente irritado com o que contei e eu entendi, compartilhava do mesmo pensamento.

_ Pois é. O pior é que eu não quero vê-lo, me sinto uma idiota toda vez que ele olha para mim. Sei que uma semana que era para pensar na minha vida, agora virou completamente o contrário e sei que no final ele vai tentar me convencer que fez coisa errada e que está arrependido, mas eu não quero me arrepender de fazer uma escolha errada, ou precipitada demais. Ainda mas tão cedo.

_ Não é culpa sua, escuta.. se você quiser eu posso te ajudar nisso.

_ Não precisa. Você nem me conhece e eu não quero me aproveitar da sua gentileza.

_ Não tem problema, já sinto raiva mesmo sem saber quem é. Fico feliz em te ajudar.

_ Obrigada, mas eu não posso aceitar.