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Minhas caras leitoras favoritas, sei que prometi que nesse capítulo teríamos o banquete mas resolvi fazer parte dois do capítulo anterior.
Bom surto! Ops, quero dizer boa leitura! 🥰
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— Aqui é tão tranquilo.— Janna respirou fundo aquele ar puro.
— Estou feliz que tenha gostado.— Ela ouviu a voz de Louis bem próxima.
A princesa ergueu a cabeça e olhou para o céu com um sorriso contente.
— E então? Estou aprovado para pilotar um barco?— Ele fez questão de provocá-la.
— Está sim. Você maneja os remos muito bem.— Ela riu para ele.
Louis desviou o olhar pois por algum motivo se sentiu desconcertado.
— Eu costumava vir muito aqui quando criança.— Ele relembrou.
— Com os seus pais?
— Não. Todas as lembranças que tenho são de estar sozinho.
— Mas e o seu secretário? Eu notei que são próximos. Não me surpreenderia se dissesse que cresceram juntos.— pela lateral do barco ela mergulhou uma mão na água e sentiu sua baixa temperatura.
— Eu tinha doze anos quando o pai de Lohan se tornou o mordomo dessa propriedade.— Louis mirava o horizonte enquanto falava.— Ele foi o mais próximo que eu tive de um pai. Jacques era honesto e muito gentil, provavelmente foi por causa de seus sermões que eu não me tornei o abominável urso dos Alpes.
— É, até que você não é tão ruim.— ela gracejou sorrindo.
Louis correspondeu o gesto e voltou a ficar pensativo.
— Se tem alguma coisa boa em mim deve ser por causa da insistência dele em me ensinar.— divagou.
— E onde ele está agora?
— Fazem alguns anos que ele morreu.
— Eu sinto muito.
— Eu também.— Ele soltou o ar pela boca e voltou a remar.— Eram tempos difíceis e ele foi o único que me apoiou a manter a propriedade. Houve até mesmo um acordo para vendê-la sem o meu consentimento.
Janna o olhou apreensiva.
— Eu afastei os que diziam que queriam me ajudar e resolvi me virar sozinho.
— Quantos anos você tinha?
— Quando fiquei órfão? Por volta dos oito. O meu pai morreu na guerra e a minha mãe simplesmente desapareceu sem deixar rastros.
— Louis.— Janna se inclinou e tocou o braço dele.— Você cresceu bem.— Aquelas palavras o atingiram mais do que ele seria capaz de admitir.—Eu nem consigo imaginar o quanto deve ter sido difícil para você.
Um dos cantos dos lábios dele se ergueu e ele puxou o remo fazendo com ela voltasse ao seu lugar na outra ponta do barco.
— Vamos voltar.— Com agilidade ele virou o barquinho e começou a conduzi-lo para a margem.
Quando estavam perto da beira do rio um bando de pássaros silvestres cortou o céu passando sobre eles.
— Veja!— Janna exclamou admirada. Mas em sua empolgação ela deu um pequeno salto e o barco balançou para os lados no impulso Louis também se moveu e o barco virou jogando os dois passageiros na água.
— Louis!— Janna gritou desesperada.— Eu não sei nadar!!!
Louis ficou de pé na água e se aproximou dela devagar. Enquanto ela se debatia ele pegou um pouco de água e jogou em sua direção. Ela enfim percebeu onde ele estava e notando que o lugar era raso também ficou de pé.
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Com Amor, Eu Creio.
Spiritual|ROMANCE CRISTÃO| CONCLUÍDO* Jaipur é um reino cercado de guerras e inimigos implacáveis. Em meio à esse cenário Janna uma princesa indiana tem que enfrentar um desafio ainda maior: casar-se com um desconhecido à beira da morte.