Capítulo 22

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Sofia
- A gente precisa mesmo ir? - Chris perguntou, me abraçando por trás, enquanto eu terminava de passar um batom em meus lábios e eu ri, assentindo.

- Precisamos, lindo. Você mesmo me disse que esse evento é muito importante para a sua mãe. - Comentei e ele torceu o nariz, suspirando.

- É verdade. Só vou aceitar sair de casa hoje por conta dela, se não fosse por isso, íamos passar o resto da noite na cama. - Meu namorado deixou um beijo no meu pescoço, acariciando de leve a lateral do meu corpo, e fechei os olhos, aproveitando o carinho.

Chris havia me contado que sua mãe era professora de artes e que havia passado anos e anos ensinando em uma escola de ensino infantil. Agora ela estava aposentada, mas ela ainda era voluntária e ensinava pintura em uma ONG direcionada a ajudar crianças em situação de vulnerabilidade social. Uma vez por ano, ela organizava um evento beneficente onde seus alunos podiam expor suas obras. Algumas delas eram, inclusive, colocadas à venda e todo o dinheiro era direcionado para a própria ONG. Eu havia me apaixonado pela ideia logo quando meu namorado havia me contado e quando ele me convidou para o evento, não pensei duas vezes antes de aceitar.

- Você está tão maravilhosa nesse vestido que deveria ser considerada um pecado. - Ele sussurrou no meu ouvido e eu senti meu corpo inteiro se arrepiar.

Chris virou meu corpo, deixando-me de frente para ele. O olhar que ele lançou na minha direção era tão intenso que eu senti como se minhas pernas pudessem falhar a qualquer momento. Porém, ele não me deixou pensar muito e nem encarar seus olhos por muito tempo, pois ele me puxou, grudando nossos corpos ainda mais e juntou nossos lábios em um beijo cheio de fome. Uma das mãos dele estava na minha cintura, enquanto a outra passeava pelo meu corpo de forma completamente desinibida.

- Que fogo é esse? - Perguntei, rindo, quando nossas bocas se afastaram e ele sorriu.

- Paixão, linda. Você sempre me deixa louco, mas hoje está mais que o normal. - Ele disse e eu ri novamente, negando.

- Você é fofo até quando vai falar que está com tesão, é?!

Minha irmã adorava repetir que Chris e eu éramos o casal mais grudento e meloso que ela já havia conhecido e talvez ela estivesse certa. Nós gostávamos mesmo de um carinho e de umas palavras fofas e estávamos passando cada vez mais tempo juntos. E isso estava fazendo com que desenvolvêssemos cada vez mais intimidade, deixando a vergonha de lado. Nossa lista de assuntos embaraçosos estava diminuindo mais e mais e eu estava adorando aquela liberdade de poder falar e fazer com ele o que eu bem entendesse, sem medo de ser julgada. Eu nunca tinha sentido isso em nenhum relacionamento e preciso confessar que eu estava amando.

- É o meu jeitinho, você sabe. - Ele sorriu malicioso e eu dei mais uma risada antes de juntar nossos lábios em um selinho. Quando Chris começou a aprofundar o beijo novamente, o celular dele começou a tocar e ele resmungou, puxando o aparelho e atendendo a ligação. Chris conversou por alguns segundos com a pessoa do outro lado e, quando ele desligou o telefone, me olhou com um pequeno biquinhos nos lábios. - Era Megan, ela disse que minha mãe já perguntou de nós umas três vezes.

- Precisamos ir.

- Precisamos. Mas isso aqui não terminou ainda não. - Ele disse, apontando para nós dois, e eu sorri.

- Vou aguardar ansiosa pelo término então. - Chris riu e selou nossos lábios, logo se desvencilhando de mim e saindo do banheiro, me fazendo segui-lo.

Minutos mais tarde, Chris e eu estávamos entrando de mãos dadas em uma edificação de dois andares que ele disse se tratar da sede da ONG. O lugar estava bem cheio e eu sorri ao perceber as inúmeras telas de pintura e folhas de papel expostas, com desenhos de todos os tipos e cores. A mãe de Chris, Mary, estava radiante, exalando felicidade e orgulho do trabalho de seus alunos. Eu havia a conhecido alguns dias atrás, através de uma chamada de vídeo, e ela era uma pessoa extremamente amável e acolhedora. Na verdade, eu estava começando a achar que todos na família do meu namorado eram assim. Quando nos viu, Mary veio em nossa direção e nos recebeu com um abraço apertado. Ela nos contou um pouco sobre todo o processo para montar o evento e qual era o objetivo com tudo aquilo. Também conheci o irmão e a cunhada de Chris e reencontrei Megan, e todos eles me tratavam como se eu já fosse da família, fazendo com que eu me sentisse em casa no meio deles.

Esse tipo de amor...Where stories live. Discover now