Capitulo 11

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Chris
- Tá bom assim? Tá confortável? - Perguntei, ajeitando um travesseiro atrás das costas de Sofia.

- Está ótimo, Chris, obrigada. Você sabe que eu só quebrei o tornozelo, né?! Não estou morrendo, então o senhor não precisa ficar cuidando de mim. - Ela brincou e eu ri, negando.

- Me deixa te mimar um pouco. Eu e o Chico, na verdade. - Apontei para o cachorro, que estava de pé com as patinhas apoiadas na cama de casal da mulher, pedindo para subir na mesma.

Era por volta de três da manhã, Sofia tinha recebido alta e eu havia trazido ela de volta para sua casa. Ela estava bem, mas isso não iria me impedir de mima-la um pouco, principalmente quando ela havia me contado que sua irmã estava viajando.

- Ah, mas você pode ter a melhor das intenções, Chico, e pode fazer a carinha mais pidona do mundo que não vou deixar você subir nessa cama. Você está imundo, bebê. - Parecendo entender o que a dona havia dito, o cachorro soltou um chorinho baixo, como se estivesse magoado, e nós dois rimos. - Você se importa de colocar ele lá fora? - Perguntou para mim. - É só jogar aquela bolinha azul ali no corredor que ele vai sair.

- Vem, Chico. - Chamei, fazendo o que ela havia dito. - Prontinho.

- Muito obrigada. - Ela agradeceu. - Não só por isso, mas por tudo que você fez por mim hoje. Por me ajudar, por cuidar de mim, por ficar ao meu lado. Você fez todo o processo ficar mais fácil.

- Eu me importo contigo, Sof, e quero estar aqui para você sempre que precisar.

- Você é um fofo, mas preciso me desculpar. - Franzi o cenho, confuso, e ela continuou. - Nós deveríamos ter ido para um restaurante, comido algo bom, tomado um vinho, conversado sobre a vida, não ir parar em um hospital com um tornozelo inchado e um braço sangrando. Desculpa por ter acabado com a nossa noite.

- Não! Nada disso! Você não acabou com nada. O objetivo dessa noite era passarmos um tempo juntos e, pode não ter sido em um restaurante chique, mas nós fizemos isso. - Sofia sorriu. - Além do mais, a noite não acabou ainda. Você está com fome?

- Morrendo.

- Você me autoriza a mexer na sua cozinha, senhorita? - Pedi e a mulher assentiu, ainda sorrindo. - Me dá 15 minutinhos.

Saí do quarto de Sofia e desci as escadas, procurando a cozinha. A casa dela era imensa, provavelmente cabia uns 5 apartamentos, no mínimo, que eu morava aqui dentro, e como eu nunca havia estado aqui antes, era fácil me perder. Levei alguns minutos para encontrar a cozinha e mais um bom tempo pra conseguir me situar no cômodo, mas, por fim, consegui cozinhar um macarrão ao molho branco. Servi dois pratos e coloquei em uma bandeja, junto com um suco de uva que eu achei na geladeira, e caminhei de volta para o quarto. Encontrei Sofia ainda na mesma posição que eu havia a deixado, rolando o feed do seu Instagram. Porém, quando ouviu meus passos, ela levantou os olhos e me fitou, dando um leve sorriso e bloqueando o celular. Caminhei até a cama e coloquei a bandeja no centro da mesma com cuidado.

- O cheiro está delicioso! - Sofia se inclinou um pouco, pegando um dos garfos, e serviu um pouco do macarrão. Ela fechou os olhos enquanto mastigava e sorriu, me olhando em seguida. - Isso está magnífico! E eu não tinha percebido o tamanho da minha fome até agora.

- Fico feliz que tenha gostado.

- Gostei mesmo, mas vou gostar ainda mais se você se sentar aqui do meu lado e começar a comer também.

Sofia não precisou pedir duas vezes, tirei meus sapatos e me sentei na cama, pegando meu próprio garfo e levando o macarrão até a boca, quase gemendo com o gosto da comida, pois eu também estava morto de fome.

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