Capítulo 61

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Passadas 2 horas de estar a derramar lágrimas sentado nas escadas do apartamento da Mia, decidi sair ir a um supermercado comprar umas bebidas para esquecer toda a merda que fiz.

Quando cheguei novamente ao apartamento, sentando-me no mesmo sítio. Abri uma das garrafas de vodka e comecei a beber. Quando reparei já tinha bebido as 3 garrafas de vodka e sem querer uma delas caiu pelas escadas a baixo, eu ainda tentei levantar-me mas já estava tão bêbedo e se o fizesse muito provavelmente cairia pelas escadas. Ouço um barulho vindo de trás de mim e quando olho vejo a luz dos meus dias, oops acho que a acordei.

Eu: Olaaa priiincesa

Mel: O que é que tu estás aqui a fazer? E ainda por cima neste estado?

Eu: Ahm, nãoo sei — falei encolhendo os ombros

Mel: Vai para casa

Eu: Não vou sair de perto dos meus filhos nem saio daqui sem tu me perdoares

Mel: Então vais morrer aí

Eu: Maas euu gosto tanto de tiiii

Mel: Entra e deita-te no sofá

Ok!! Por esta não estava à espera ... Mas ainda bem, assim não durmo nas escadas. Levantei-me e quase que caía mas ela ajudou-me e deitou-me no sofá.

Mel: Vou-te fazer um café — ela foi para a cozinha e eu comecei a fazer contas

Eu: Se eu morrer quem vai sentir a minha falta? O meu periquito, o meu gato, o meu peixe ... Eu tenho peixe? Não sei mas se tiver vai sentir ... A minha formiga que tem andado debaixo da minha cama ... O meu cão ... E penso que mais ninguém — e enquanto fazia isto estava a contar pelos dedos, mas acho que contei mal pois via 10 dedos em cada mão ...

A Mel veio com o café e entregou-me.

Mel: Não vais fazer nada disso — porque é que eu tenho a sensação que ela ouviu

Eu: Euuu nãaaooo ia fazer nadaaaaaa ...

Mel: Podes dormir ai que eu vou dormir, não faças barulho

Eu: Euuu pooodiaaa doormiir cooontigooo amooor

Mel: Cala-te, dorme    

Eu: Oook obrigadooo! — ela foi-se  deitar e eu bebi o café — Se eu vou morrer que seja como vim ao mundo — tirei a minha roupa e saí nu do apartamento com alguma dificuldade devido à minha bebedeira

Entrei no carro e comecei a conduzir sem destino, até que reparo num poste enorme e super largo com uma bota vermelha no topo, ok aquele deve dar para me matar (N.A. Era um sinal de STOP). Aumento a velocidade e vou contra o poste.

Quando embato no poste, sou projectado contra o volante devido a não ter cinto batendo com a cabeça no mesmo e a partir daí não me lembro de mais nada, só de ver tudo preto.

PovMel

Estava deitada na cama, mas não conseguia dormir pois saber que o homem da minha vida está lá em baixo, bêbedo e nós estamos chateados. Passada cerca de meia hora de eu o ter deixado lá em baixo sozinho, ouço o som de ambulâncias passar em frente ao apartamento e lembro-me da conversa que ele teve enquanto eu fui fazer o café e desço as escadas e ele já não se encontra no sofá e as suas roupas estão espalhadas no chão, volto a subir as escadas visto uma roupa qualquer, pego no telemóvel, nas chaves de casa e do carro e vou atras do som das ambulâncias.

Quando lá chego vejo o carro do Harry, contra um sinal de STOP, sinal, esse que se encontra no chão e o carro contra a parede de uma casa. Saio rapidamente do carro e vejo os bombeiros de volta do carro a tentar tirar a pessoa e ao lado de uma das ambulâncias está um homem muito nervoso, e eu dirijo-me até ele.

Eu: Boa noite, o que aconteceu?  

Xxx: Não sei, eu ia passar para ir para casa do trabalho e vi o carro, resolvi sair para ver se precisava de ajuda e encontrei um senhor nu dentro do carro a deitar sangue pela cabeça e nu. Parece uma cena macabra meu Deus — se isto não fosse tão grave eu até me ria do senhor, mas neste momento não tinha cabeça.

Bombeiro: Boa noite, alguém é familiar dele?

Eu: Eu sou... - (o que é que eu sou? Noiva já não sou, namorada provavelmente também não,...) - Uma amiga, eu conheço-o

Bombeiro: Entao importa-se de nos acompanhar senhora...

Eu: Mel

Bombeiro : Então se não se importar era necessário que nos acompanhasse pois ele não possui documentos

Eu: Claro mas primeiro posso ver como é que ele está?

Bombeiro: Claro, mas não demore. Se preferir pode ir com ele na ambulância.

Eu: Claro, so vou fechar o carro.

Bombeiro: Com certeza. Obrigado

Eu fui fechar o carro e aproveitei para ligar á mia para a avisar do que se esta a passar e para perguntar se ela poderia ficar com os meus filhos, coisa que ela logo aceitou e disse que ia ligar aos rapazes para os avisar do que se estava a passar e pediu que eu desse noticias. Quando cheguei á ambulância já la estava o Harry deitado na maca e com uma mascara de oxigénio. Eu ainda estava em choque com isto tudo e so quando o vi deitado na maca com aquela mascara de oxigénio é que a ficha desligou e as lagrimas começaram a cair sem eu as conseguir controlar.

Eu: Como é que ele está? — perguntei a um bombeiro que estava a tratar dele

Bombeiro: Ele está bem foi apenas uma pequena pancada que ele deu com a cabeça no volante na primeira pancada

Eu: Primeira?

Bombeiro: Sim, ele devia vir com alguma velocidade e quando bateu no poste é que bateu com a cabeça no volante mas o poste não consegui segurar o carro devido á velocidade e o carro foi bater no outro lado da estrada, pelo menos é o que nós pensamos que tenha acontecido, so não conseguimos explicar o facto de ele estar nu.

Eu: Mas ele esta bem não está?

Bombeiro: Sim está

Eu: Obrigada

Bombeiro: Não tem de quê Por esta altura já estavam a fechar a ambulância para nos dirigirmos ao hospital.

Eu estava sentada onde o bombeiro me indicou e rapidamente chegámos ao hospital e os bombeiros logo o tiraram da ambulância levando-o para dentro e pedindo que eu esperasse na sala de espera. Depois de ter ido buscar um café sentei na sala de espera a aguardar por informações e mandei mensagem a todos a dizer que ele estava bem e que era melhor não virem todos para aqui que um ou dois bastava devido à exposição que eles se iriam colocar e ficou combinado que viriam o louis e o liam e os restantes esperavam por informações em casa da mia. Eu sentia-me tao culpada... se não fosse eu ele não estaria a esta hora numa cama de hospital inconsciente e muito provavelmente estaria a meu lado na cama a dormir um sono super tranquilo ou talvez estivéssemos a acordar pois o sol já nasceu à algum tempo e eu nem dei por isso. Eu amo-o tanto mas não consigo desculpa-lo por tudo o que ele me disse... ele magoou-me muito, todas aquelas palavras que ele usou contra mim atingiram-me como facas que iam certeiras ao meu coração uma por uma causando uma dor insuportável. Ele quis tirar-me os nossos filhos, ele disse que eu não tinha capacidade para tomar conta deles só porque apanhei uma bebedeira e no dia seguinte não me lembrava que ele me tinha pedido em casamento enquanto fazíamos amor e depois de ter-mos feito as pazes... praticamente estamos chateados á mais de 2 meses e agora por minha culpa ele está numa cama de hospital.

XX: Mel... como é que ele esta? — ouço alguém perguntar atras de mim viro-me e corro para abraçar a pessoa que possui esta voz.

After the first kissOnde as histórias ganham vida. Descobre agora