Capítulo 38

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Capítulo 38

POV Claire

- Boa tarde, Sra. Brown. - cumprimentou esticando a mão e eu correspondi. - E...? - perguntou virando-se para o Liam.

- Payne, Liam Payne. - apresentou-se Liam.

- Hum... Com que então, é você. - disse com uma expressão surpreendida.

- Desculpe. Mas como assim? - questionei um pouco confusa com a reação do homem.

- Esqueçam, irão saber. Vim aqui dar os meus pesámos e pedir que amanhã compareça no meu escritório por volta das três da tarde, de preferência vão os dois. - informou e nós apesar de confusos assentimos.

- Obrigada e até amanhã. - respondi e este fez um aceno indo embora logo de seguida.

Muito estranho. Por que é quê o Liam precisava ir? Antes de irmos embora fomos à campa da minha família e à da mãe do Liam. Eu gostava de a ter conhecido, pela fotografia dela parecia ser uma pessoa alegre. Ao regressarmos para o carro dele, vi que ele estava perdido nos pensamentos.

- O que se passa?

- Nada, amor. Apenas estou a pensar no que o homem disse. - desabafou e eu sorri, porque ele não era o único.

- Amanhã desvendamos o enigma. - conclui ao fechar a porta do carro.

- Exato. - concordou e ligou o carro.

Íamos a meio do percurso para a casa do James em silêncio, porque eu estava a digerir tudo o que estava a acontecer e cheguei à conclusão que há quase dois meses atrás nada era assim. Eu tinha uma Destiny na minha vida, mas essa era a minha avó. E ao ver a vida que tenho agora de certa forma começo a sentir remorsos de ter desejado morrer. Porque pessoas como James que tinham motivos e crenças para continuar a viver, não lhes dão essa oportunidade. Enquanto eu ia desperdiçar a minha vida por um ato de desespero e solidão. Não o fiz, é certo. E tudo graças ao homem que tenho ao meu lado. Eu sei que mais cedo ou mais tarde preciso contar-lhe, mas eu tenho medo de ele ficar zangado comigo.

Dei uma respiração profunda ao mesmo tempo que o telemóvel do Liam toca em sinal de mensagem, o que o fez quebrar o silêncio.

- Importaste de ver amor? - perguntou e eu assenti pegando no telemóvel que estava pousado junto do travão e das mudanças. - No código de segurança apenas tens de desenhar um "Z".

- Okay. - disse ao mesmo tempo que digitei a forma de "Z" no telemóvel com sucesso, vi as mensagens como me ensinou o James na semana passada e vi que a mensagem era da madrinha da Megan. - É da tua tia.

- Hum, lê em voz alta por favor.

- «Meu menino, como sabes a tua irmã faz anos no Sábado. A grande surpresa que tenho para ela é um jantar aqui em casa e também o facto do teu tio regressar a casa. É, finalmente a missão militar terminou. Conto convosco às sete da tarde, no Sábado. Leva amigos, mas avisa-me quantos são. Não quero que ninguém morra à fome. Beijos, cowboy.» - assim que acabei de ler olhei para o Liam e depois novamente para a mensagem. Cowboy? Esse nome não me era nada estranho. - Porque a tua tia te chama cowboy?

- Oh, porque sou viciado no toy story desde pequeno. - explicou com um sorriso na cara e uma expressão ansiosa no rosto.

- Hum... Em miúda conheci um rapaz com essa alcunha. - disse e o sorriso do Liam aumentou. - Nunca mais o vi, porque nessa mesma semana os meus pais morreram num acidente de carro.

- Eu sei que conheceste.

- Sabes? Como? - inquiri curiosa e desencostei-me do banco para olhar melhor para o seu rosto.

- Ora, porque era eu. - assim que revelou eu fiquei parva a olhar fixamente para ele.

- Estás a gozar!?

Pela expressão dele vi que falava a sério e que havia traços do menino que conheci quando era mais pequena.

- Nap. Eu também fiquei assim como tu quando o Harry me mostrou umas fotos que tu esqueceste lá em casa. - explicou e eu respirei de alívio por saber que elas tinham ficado em casa do Liam.

- A sério!? Oh meu deus, o mundo é mesmo pequeno. E ainda bem que estavam lá, por momentos pensei que as tinha perdido. Foram as únicas fotos que restaram, porque eu tinhas no meu cacifo do trabalho. O resto foi destruído pelas chamas. - esclareci ainda surpreendida pela ironia da vida.

- Acho que isto tem um nome... - disse ao mesmo tempo que parava o carro em frente da casa.

- Qual? - questionei retirando o cinto de segurança.

- Destino! - respondeu e roubou-me um beijo.

- Talvez. - ri com a sua atitude e saímos do carro.


No dia seguinte, olhei para o relógio do carro e vi que chegamos exatamente à hora que tínhamos combinado com o advogado. Entramos no escritório e esperamos até a secretária Veronica nos desse permissão para entrar. Assim que nos deu permissão, o meu rosto alterou-se ao deparar-me com a mãe de James.

- Boa tarde. - eu e o Liam saudamos em simultâneo.

- Boa tarde, obrigada por virem. - cumprimentou o advogado. Enquanto a mulher ali presente olhou para nós com indiferença. - Sentem-se! - ordenou, e assim o fizemos, mas de modo a estarmos relativamente longe da Sra. Kliff.

- Pode começar. - pediu esta em seco.

- Como sabem estamos aqui reunidos para falar sobre o testamento do James. Este como deixa um herdeiro, deixo numa carta os seus desejos para o futuro da sua filha, Destiny Brown Kliff. - sorri assim que ele disse o meu apelido no nome da filha do James. O advogado pegou na carta e passou a citar: - « Eu, James Charles Kliff, tenho como desejo que a minha filha fique sobre custódia da sua mãe legal, Claire Rose Brown. Em que esta terá permissão para mexer no dinheiro que lhe dei acesso para uso da educação e necessidades da minha filha. Contudo, tenho outro pedido a fazer. Desta vez ao Liam James Payne, peço que este assine o documento de tutor da minha filha, para que assim está esteja integrada com uma mãe e um pai, neste caso Claire R. Brown e Liam J. Payne, respetivamente. Concluindo, peço à minha mãe e ao meu pai que respeitem a minha decisão.»

Ao revelar o testamento com as vontades de James, eu e Liam olhamos um para o outro. Não estávamos à espera desta, e pela reação da mãe do James também esta não estava.

- Estou a ver que o meu filho enlouqueceu antes de morrer. Aviso-vos receberam uma carta com ordem do tribunal para uma audiência, não vou deixar a minha neta ficar com vocês. E esta noite terão de sair da minha casa, isso o meu filho não pode deixar-vos. - repostou e saiu furiosa.

Eu e o Liam olhamos aflitos um para o outro.

- Descansem. - tentou tranquilizar o advogado. - Ela só terá hipóteses de vencer caso só a Claire fique a tutora. Mas se o Liam... - vasculhou no meio das pastas e sorriu triunfante ao encontrar um documento. - Assinar este documento a Sra. Kliff não irá vencer a custódia, porque sei que o você reúne condições para dar estabilidade à pequena Destiny. - com estas palavras, eu e Liam respiramos de alívio. - Vai assinar?

Continua...

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Hey amores ! :D Estou a sentir-me uma profissional a escrever o testamento do James xd Suponho que sejam assim... pelo menos é como vejo na televisão e noutros livros. Gostaram das palavras do James? Raio da mulher que não aceitou as vontades do filho! Será que ela não tem mesmo hipoteses de ficar com a neta!? :/ Vamos saber em breve ;) Claire já sabe que eles se conheciam yeaahh! :D Gostaram do capítulo? Quando tiver mais de 100 votos e 20 opiniões diferentes eu posto o próximo... pode se amanhã, só depende de vocês! :b

Beijinhos & Love you all ❤


Adrift (LP)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora