NOVE

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  ◇◇  ◇◇  ◇◇ Lily ◇◇  ◇◇  ◇◇

Depois do Dia de Ação Graças, o tio Andy precisou voltar ao trabalho. Ele geralmente passa as festas conosco, mas ele disse que talvez esse ano não consiga vir. O lado bom é que Rafael vai estar conosco, assim como a sua família. Para a felicidade de todos, os Cooper e os De Luca se deram muito bem.

— Você vai voltar depois do natal? — pergunto.

— Sim. Na primeira semana de janeiro os treinos vão recomeçar e logo viajaremos para o Canadá. Não lembro de cabeça a data de retorno, mas vai demorar um tempinho — Rafael informa, enquanto acaricia meu rosto.

Estamos no letreiro de Hollywood, enquanto eu admiro a vista da cidade com a cabeça em seu colo. Estamos em algum horário entre sete e meia-noite. Eu realmente não me importo com as horas.

— Você não precisa se preocupar. Estamos juntos, Lily. Só eu e você.

— Eu sei. Confio em você.

Ele ergue o joelho fazendo minha cabeça vir junto e beija meus lábios. O time do Rafael, L.A. Wizards, vai partir para o  Campeonato Americano de Basquete. Como já diz o nome, apenas os países que fazem parte das Américas vão participar. Os jogadores terão apenas o tempo de aproveitar as festas com a família, por que logo no dia primeiro de janeiro eles estão de volta aos treinos e logo partem para o primeiro país, que é o Canadá.

Passamos um incrível tempo mas festas. Eu ainda não posso fazer esforço físico, então nada de sair por aí. Sempre que nós saímos a gente vai até a casa dele ou ficamos na minha casa. O máximo é a cafeteria. Me sinto meio mal por ter tantas limitações e por limitá-lo consequentemente. Rafael diz que não se importa, que o que ele quer é ficar comigo não importa o lugar. E eu prefiro acreditar nisso.

No dia quinze de janeiro eu me sentia triste. Hoje o time inteiro está partindo para o Canadá. Me despeço do Ben e do Rafa ainda na minha casa.

— Vou sentir saudades — ele sussurra me apertando entre os braços fortes.

— Eu também vou. Mas vai passar rápido. E quem sabe quando você voltar eu já esteja autorizada a andar por aí. Aí nós podemos sair, não é?

— Sim, nós vamos sair por aí — ele sorri. Com um último beijo, ele diz: — Até logo, pequena.

Então eu vejo os dois saírem pela porta. Me jogo no sofá, imaginado que vou ter que passar os próximos meses sem vê-lo. Um corpo se joga ao meu lado e passa o braço ao meu redor.

— Não se preocupe. Eu sei que não tenho os mesmo atributos que o Rafa, mas eu sou bem legal também. Ou eu costumava ser antes dele chegar — Mila fala com seu drama.

— Cala a boca. É claro que você é legal.

— Eu sei. Agora venha, vou te mostrar meu novo projeto — ela me leva até o jardim nós abrimos a porta que tem na cerca alta que dividi nossas casas. Abrindo duas portas, já estamos em sua sala.

— Oi, Jenna — cumprimento a mãe da Mila, que está no sofá.

— Oi, Lily. Tudo bem?

Ia responder quando a Mila me apressa.

— Tudo bem. Nos vemos depois — grito da escada escutando ela gritar um "tudo bem" para mim. — Nossa, para que toda essa pressa?

— Estou ansiosa! — ela saltita pelo corredor.

Então ela para em frente a porta do seu quarto e me olha com um sorriso animado.

— Esse é um projeto pessoal, mas que ficou tão bom que eu vou torná-lo acadêmico também. Como sempre, peço sua opinião sincera — eu assinto.

A Garota da Fita Vermelha Onde histórias criam vida. Descubra agora