Deliciosamente proibido - V...

By LeticiaKalliman

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Quando Rafa Kalimann foi contratada para trabalhar no mais famoso bistrô de São Paulo, o Paris 6, imaginou qu... More

Pela Boca
Pela língua
Parte I
Parte II
Parte III
Parte V
Parte VI
Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Parte XII
Parte XIII
Parte XIV
Parte XV
Parte XVI
Parte XVII
Parte XVIII
Parte XIX
Parte XX
Parte XXI
Parte XXII
Parte XXIII
Parte XXIV
Parte XXV
Parte XXVI
Parte XXVII
Parte XXVIII
Parte XXIX
Parte XXX
Parte XXXI
Parte XXXII
Parte XXXIII
Parte XXXIV
Deliciosamente encrencadas

Parte IV

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By LeticiaKalliman

Alguém por aí? Vamos de maratona!

Bianca

E com esforço digno de um prêmio eu consegui o feito.

A ignorei por todo o dia, pelo menos pessoalmente falando...

Espia-la a cada meia hora pelas persianas contava? Eu estava ficando maluca...

Precisa de ar ou ficaria louca.

Fechando um documento que estava revisando em minha mesa saí em seguida pela porta dos fundos do bistrô, totalmente esperando apenas inspirar a calma da brisa.

O que não foi possível.

Pois, me recostando no beco tranquilo tudo o que eu consegui foi respirar um aroma irritantemente doce advindo do caminhão que descarregava farinha, o que me chamou atenção já que normalmente esses homens cheiravam a tudo, menos perfume feminino.

Assim, com uma crescente curiosidade, me aproximei do caminhão contagiado pelo som de Sara Bareilles, o que era bem sugestivo na verdade.

- Era disso que eu estava falando droga - Pensei tão alto que acabei falando, atraindo a atenção da mulher que descia do veículo nesse exato momento.

- Falou comigo? - Estava pronta para dizer que não, mas como era muito bonita apenas abri o meu sorriso nada genuíno, ensaiado único e exclusivamente para o flerte, e sorri.

- Óbvio! Como deixar que passe sem que eu fale com você? Não é todo dia que uma mulher bonita desce de um caminhão na frente do meu bistrô - Fiz o favor de forçar cordialidade, eu sabia que tinha que ser agradável se quisesse alguma coisa depois.

- Não é mesmo, porque é o especial de hoje: Chame o fornecedor de farinha e ganhe sua filha entregando em substituição ao trabalhador demitido de brinde - Evidenciou resumindo a história.

- Então só veio entregar? Quem dirigiu? - Perguntei e ela sorriu de uma forma bem sugestiva, como a música.

- Eu também. Há muito tempo eu decidi que se era para me chamarem de caminhoneira que o fizessem com motivo - Explicitou me olhando descaradamente de cima abaixo.

Não parecia gostar de perder tempo.

- Sério? Uma lástima, de verdade, que digam coisas feias para alguém tão bonita como você - Com ênfase para o bonita.

- Você já disse isso - Evidenciou passando a língua nos lábios, de forma que me deixava bem saber que me queria, convivia demais com isso para saber quando acontecia.

E não que eu me achasse a oitava maravilha do mundo...

Mas entre as vinte tinha que estar.

- Sabe o que eu não disse? Que eu não sei dirigir um caminhão, mas sou especialista no manuseio de outras coisas... - Fiz minha propaganda deixando um pouco de mistério no ar.

- De que? - Perguntou com os olhos vagando de volta pelo meu corpo, quase podia imaginar até onde voavam seus pensamentos.

- Acha que é suficientemente decidida para escutar? - Desafiei a chamando com um dedo e ela se aproximou jogando o cabelo para trás da orelha - No manuseio de um pequeno botãozinho que fica bem no meio das  pernas - Expliquei em seu ouvido mordendo o lóbulo dele, certamente a deixando exitada por como suspirou ao fim do meu comentário.

Eu, embora fosse um jogo que apreciava muito usualmente, sentia uma excitação pífia, apenas uma resposta biológica sem o gosto doce que a provocação sempre me deu. E nem era ela, não era demais dizer que era uma loira linda, mas eram porque os cabelos castanhos de outrora ainda habitavam minha mente.

Como fui deixar isso acontecer?

- E onde comprovo? - Indagou. E soube que o importante não era por como deixei acontecer, mas por como ia por um fim nisso, e estava prestes a fazê-lo, afinal era só abstinência e nada mais.

- Descarregue a farinha, faça o que tem que fazer no resto do dia e me encontre aqui no fim do meu expediente: As oito em ponto vou adorar te mostrar minhas habilidades com a mão... - Garanti me afastando antes que o perfume doce demais me invadisse as narinas causando irritação.

Troquei mais alguns olhares e segui caminho rumo a cozinha onde encontrei Rafaella compenetrada em seu trabalho.

Ela batia uma massa com força, a levantava em suas mãos, alargava e depois voltava a joga-la contra o balcão onde repetia o processo.

Sua mão era demasiado forte, esses dedos, sua concentração...

Suspirei.

Apenas desviei a atenção quando vi Manu se aproximar dela dizendo algo que a fez olhar em sua direção e dar uma gargalhada alta e linda em que inclinava a cabeça para trás apertando os olhos verdes lindos.

E então meu sangue todo subiu a cabeça. Como alguém que não era eu ousava fazê-la rir?

- Isso aqui não é um circo. É uma cozinha, produzam mais e falem menos, por favor! - Bradei passando pelas duas que cobriram a boca, mas logo que entrei no meu escritório voltaram a rir.

Ponderei em sair para reclamar novamente, mas então o entendi como algo um pouco demais e desisti.

Apenas me sentei na cadeira, afundando no couro e tentando tirar a imagem daquela mulher da minha mente.

Pela trigésima vez...

🗼

Quando caiu a noite eu agradeci, pois enfim me veria livre da tortura de estar aqui dentro junto aquela tentação.

Assim, depois de tudo terminado, vou saindo guardando minhas coisas na bolsa distraída, tanto, que não alcancei a ver na figura que esbarrei na saída.

Preparada para perguntar se não olhava por onde andava me retraí no último segundo ao levantar nos olhos.

A loira.

Droga, tinha me esquecido...

- Parece surpresa - Falou mantendo certa distância, mas ainda sim avaliando meu corpo.

- Impressão sua, jamais esqueceria do nosso encontro - Ela riu coçando o queixo incerta.

- Não me referia a que esqueceu, mas que eu poderia te-la assustado ao chegar silenciosamente - Explicou - Só que agora estou achando que esqueceu... - Merda.

Sem mais remédios fui me aproximando dela, tomando sua cintura sensualmente e chegando perto da sua boca que beijei em seguida, tentando a todo custo esquecer o mundo naqueles lábios, e falhando miseravelmente.

E não que tivesse sido ruim, seus lábios eram um pouco secos, mas trabalhavam bem até.

Sua língua um pouco avulsa, porém também cumpria seu papel.

Só que o problema era eu, estava fadada a procurar defeitos ínfimos por não tirar Rafaella da minha cabeça, e afastando-se e me encarando eu sabia que ela tinha reparado minha pouca entrega.

- Está com a cabeça em algum lugar ou alguém a parte de mim? - Perguntou passando seus dedos no meu rosto e evitei olha-la engolindo em seco.

- Apenas alguns problemas que preciso muito esquecer - Expliquei tomando sua cintura com um pouco mais de pegada dessa vez, evitando inalar muito fundo pelo perfume.

- Eu sei uma forma incrível de fazer você esquecer se quiser - Éramos decididas, estávamos afim de sexo puramente carnal e não havia nada de errado nisso, exceto de que eu não estava contando toda a extensão da verdade, pois eram problemas de trabalho sim, mas um problema de 1,70 e um cabelo perfeito.

- Eu preciso - Disse por fim e voltamos a nos beijar outra vez tentando ascender o fogo.

O único problema era que não estava funcionando muito, apenas não deixaria transparecer, então encaminhei minhas mãos aos seus seios que definitivamente não eram do tamanho das minhas mãos.

Droga! Porque continuava comparando?

Frustrada vou caminhando com ela até o mesmo beco sem saída de mais cedo que eu costumava reclamar pela falta de iluminação, mas que talvez a partir de hoje desse certo crédito.

- Aqui? Assim? - Minha casa era a só cinco minutos de carro, mas nunca levei uma mulher lá e a de hoje não seria a primeira.

- O perigo é excitante. Não dizem que proibido é mais gostoso? Provemos - Mas demorou para ser, na verdade, fiz tudo muito mecanicamente por um tempo, conseguindo destravar apenas quando fui jogada contra a parede para que ela me retribuisse.

Pois fechei os olhos muito apertadamente e limpei a mente mesmo que na minha cabeça só tenha vindo Rafa Kalimann.

Cabelos castanhos.

Alta.

Olhos de esmeralda.

Gozei.

Numa explosão verde ao som da sua risada, seguida de culpa e frustração quando a garota se levantou procurando me beijar.

Por meus princípios e por estar envergonhada de te-la usado achando que conseguiria esquecer apenas virei o rosto beijando sua bochecha.

- Vamos nos ver de novo? - Eu não costumava ficar duas vezes com a mesma pessoa, o medo de ficar fixo assustava o inferno fora de mim, embora ninguém tenha chegado nem perto.

- Você sabe onde eu trabalho, então acho que não posso evitar - Falei sem graça e ela sorriu para mim com dentes brancos.

Porque eu não estava acelerada?

- Acho que você não entendeu... - Disse me encarando por longos minutos, até encontrar o que eu não estava conseguindo dissimular - Certo. Quem não entendeu fui eu, desculpa - Concluiu se afastando em silêncio.

Merda!

- Eu é que peço desculpas eu... - Falei a seguindo até certo ponto, só até me dar conta de que eu não tinha mais o que dizer, nada que fosse fazer se senti-la melhor agora, então eu apenas parei batendo contra a parede num chute e tocando a perna após a burrada.

- Entendi. Eu mereço, é o karma - Aceitei olhando para o céu, me considerando importante o suficiente para ser punida em seguida fizesse uma merda.

Ou duas.

Fiquei ali parada até que a dor na canela cessasse e depois saí caminhando como se absolutamente nada de estranho tivesse acontecido, comigo, porque com Rafaella algo esquisito definitivamente estava acontecendo porque ela estava correndo de volta até sua moto, como se estivesse apressada.

Será que algo errado havia acontecido com ela?

Não conseguindo evitar meu coração acelerado só com a possibilidade disso eu contrariei todas as minhas razões e cheguei perto, terminando aquela noite dirigindo muitos quilômetros a mais do que deveria, a levando até o terror dos técnicos em segurança que ela chamava de casa somente para ser insultada ao fim de tudo.

- Idiota...- Disse para sua figura Magra caminhando na chuva até a porta do prédio -...Você vai se resfriar - Completei baixinho com um muxoxo, só voltando a dar partida quando garanti que estava em segurança.

Pelo lado ruim, eu havia gastado gasolina, estava frustrada e sabia muito bem que a causa não era abstinência de sexo.

Pelo lado bom, eu tinha quase certeza de que ela jogava no magnânimo e melhor time dos times, o meu, óbvio. E diante disso, tomava a noite como algo não totalmente perdido, e nada mais importa que não fosse minha opinião hoje.

Quando cheguei em casa girando a maçaneta da porta eu realmente desejava não encontrar Gizelly, e como se eu realmente tivesse qualquer poder na minha vida ela não se utilizou do fato de saber onde ficava a chave extra para tomar meu vinho como fazia as vezes por mais que eu repetisse da boca para fora que ia acabar denunciando-a para a polícia.

- E deixar que os seus tios saibam que Bianca Andrade faz tanta questão por um vinho que denunciou sua única amiga por causa dele? Vão te chamar de alcoólatra e tomar sua herança - Era claro que isso não fazia o menor sentido, mas eu as vezes me divertia com as besteiras que dizia, pois as vezes era bom ver ao vivo na sala da minha casa a versão real da modelo que saía em outdores por toda cidade.

Mas hoje não era uma dessas vezes, hoje eu agradeci a paz e o vinho que encontrei.

Por falar nele eu emendei a quinta com a sexta e descobri quem eu era depois de ser sonolenta, o que eu mais temia: A que chorava sem motivo escutando Ana Carolina...

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