Parte III

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Rafaella

Bianca Andrade.

Baixinha.

Cabelos negros.

Olhos de inferno.

O castanho deles, algo neles, me fazia querer errar por todo seu corpo. Isso não era natural.

E me dando conta disso e finalmente reunindo forças eu corri na direção contrária aquele ensaio de filme pornô que eu presenciei.

O único Xvideos de qualidade que já vi na minha vida, diga-se de passagem.

Corri até faltarem ar nos pulmões, até ter que correr de volta para buscar a moto que eu esqueci.

- Que porra eu fiz? - Eu acabei de ver Bianca Diaba Andrade, fodendo no escuro e tinha certeza que isso jamais se apagaria da minha vulnerável mente - Que porra ela fez? - Porque se no fim da noite eu acabasse me tocando no banho com essa cena em loop a culpa era sua por ter colocado isso na minha cabeça.

Decidida a ir embora o quanto antes fosse possível ponderei um segundo antes de virar a chave da moto, pois ainda estava agitada e nunca era bom sair assim de moto.

- Rafaella, ainda aqui? - Antes tivesse saído e estivesse agora debaixo de um caminhão, teria sido menos avassalador que escutar a voz de Bianca nas minhas costas depois de tudo o que vi.

- Sim, Bianca. Ainda. Vendo... - Porra Rafa - ...As estrelas - Falei levantando o olhar para o céu mais limpo impossível.

Patética.

- Eu não te disse meu nome - Foi no que se fixou e, se possível, foi ainda pior do que se tivesse percebido que o céu estava avermelhado, indicando que poderia chover a qualquer momento.

- Não. Não disse - Admiti e como não tinha para onde fugir decidi encarar confiando no meu potencial.

- E porque se interessou em saber? - Perguntou com algo como... Curiosidade? Ou era impressão?

- Porque é minha chefe oras... E, por isso, é melhor chama-la pelo nome do que de Diaba - Soltei colocando a mão sobre a boca imediatamente pelo que acabei de dizer.

- É um pouquinho melhor do que a maioria dos apelidos que me colocaram, admito, mas ainda sim exijo ser chamada por como consta na minha certidão de nascimento
mesmo - Disse com um sorriso diminuto por uma fração de segundos apenas, um sorriso que durou tão rápido que fiquei na dúvida se ocorreu ou se idealizei.

- Nem de Bianca Diaba Andrade? - Perguntei com meu melhor sorriso e ela não conseguiu evitar sorrir de volta, ninguém nunca conseguia.

- Não em voz alta - Disse entre sorrisos, e comecei a me perguntar porque não ria a menudo se ficava tão bonita.

- Prometo. Palavra de escoteira - E eu não era escoteira, mas diria até que meu nome era Fred se isso significasse que teria mais um sorriso seu.

Mas não me daria mais nada, inclusive, estava começando a criar consciência que as coisas só aconteciam sob sua vontade.

E isso era tão chato.

Porque eu só pensava em como arranca-la com beijos, e nunca poderia.

- Essa moto é sua? - Perguntou apontando o meu xodó, a minha Honda CB 300 preta.

- Sim. Vai comigo para todos os lados - Respondi ansciosa para que a tocasse como fez menção, com curiosidade e uma pequena parcela de fascinação.

- Eu sempre quis ter uma, mas meu pai não cansava de dizer que era muito perigoso - Disse tocando o couro do banco, dos extremos para o meio, e eu segui o movimento sem encara-lo só para quando nos tocassemos parecesse aleatório.

Deliciosamente proibido  -  Versão RabiaWhere stories live. Discover now