A PROPOSTA - TRISTAN - Série...

By Laniqueiroz

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Série Turbulência 2/3 Tristan Maxwell não é apenas um excepcional piloto, mas um dos herdeiros do conglomerad... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e dois
Capítulo Vinte e três
Capítulo Vinte e quatro
Capítulo Vinte e cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e sete
Capítulo Vinte e oito
Capítulo Vinte e nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e três
Capítulo Trinta e quatro
Epílogo

Capítulo Vinte e um

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By Laniqueiroz

Mais um saindo <3

Boa leitura!

Lani

Pietra

— Essa é uma réplica do primeiro avião da Boeing. — Aponto para o avião em miniatura.

Rodamos pelo salão por alguns minutos e Sofia pareceu encantada conforme fui lhe contando a história por trás das fotos e outros itens espalhados na exposição. Ela beberica seu espumante sem álcool por causa da amamentação e eu enrolo para dar conta da minha primeira taça. Fui acometida por um problema estomacal nessa semana e ainda não estou legal. No entanto, estou fingindo que estou bem porque estar aqui com Tristan era importante. Ele me deixou estupefata e, também feliz quando se abriu comigo e contou a razão de não andar em carros fechados. Me senti tão mal porque quando o conheci, julguei-o, achando que sua preferência por motos e carros conversíveis era mais um lado do playboy podre de rico. Não era. A história que me revelou é horrível, triste demais. É difícil acreditar que pais tenham coragem de fazer tal coisa com uma criança de oito anos. Mas, infelizmente existem pessoas que são assim, vazias, não amam nem a si mesmas. Foi naquele momento que percebi a extensão dos meus sentimentos por ele. Eu o amo. Essa certeza, esse sentimento só tem se agigantado dentro de mim a cada voo que fazemos juntos, a cada noite que durmo em seus braços.

Tristan diz que não consegue fazer romance, todavia, o que temos vivido nesse último mês se aproxima muito dessa definição. Ele é incrível, em todos os sentidos. Tenho absoluta certeza de que será um namorado, e quem sabe, marido fantástico quando perder o medo e abrir seu coração para uma mulher de novo. Tenho rogado fervorosamente para que essa mulher seja eu. Tenho feito tudo ao meu alcance para que perceba que temos um futuro juntos. Nossa conexão é perfeita, intensa como nenhuma outra. Ele sente também. Sei que sente. Isso fica claro em seus belos olhos escuros em muitos, muitos momentos. Meu lindo homem quebrado irá se render a isso. Não tenho pressa, vou esperar por ele. Estarei bem aqui quando conseguir enxergar o futuro que temos pela frente como casal.

— Você ama isso, não é? — Sofia sorri, me tirando da divagação sobre meu homem arredio. — Dá para ver em como seu rosto se ilumina com cada fato que menciona.

Abro um sorriso orgulhoso e assinto.

— Sim, voar é a minha paixão, portanto, estudo esse campo desde muito novinha.

Seus olhos verdes ficam suaves sobre mim. Ela é tão jovem, mas sempre tão sensata e inteligente em seus comentários. Nem parece que está prestes a completar apenas dezenove, daqui a duas semanas.

— T também é assim. Vocês têm muito em comum pelo que tenho observado — murmura e sua expressão fica ainda mais suave quando completa: — Ele é um cara especial, Pietra. Há coisas que talvez você não saiba sobre o meu cunhado. Ele é naturalmente alegre, mas em muitos momentos usa essa mesma alegria e irreverência para afastar as pessoas. Especialmente as mulheres.

— Já notei. E sim, também percebi que há mais em Tristan Maxwell do que mostra ao mundo — concordo. — Especialmente às mulheres com quem se relaciona.

Ela me estuda atenta.

— Você o ama, não é? — pergunta. Engulo em seco, porém, não posso negar. Isso deve ter transparecido em meu rosto ao falar dele.

— Sim — assinto —, eu o amo.

Ela estende a mão e toca meu antebraço, o olhar firme no meu.

— Então, lute por vocês. Não deixe que meu cunhado faça autossabotagem.

— Por que diz isso? — inquiro, intrigada.

— T tem a absurda convicção de que não pode confiar em nenhuma mulher, Pietra — me diz em tom de confidência. Poderia lhe dizer que já estou a par de seu segredo, mas não farei isso. Ele confiou em mim e honrarei esse gesto. — Mostre a ele que está enganado, que você pode fazê-lo feliz. — Um sorriso conhecedor curva sua boca. — Na verdade, ele já é feliz. Basta olhá-lo quando está com você. Seu rosto é livre dos disfarces e escudos que normalmente estão lá.

Meu coração canta. Ela vê tudo isso? Tristan realmente se sente dessa forma sobre mim? Deus, quero desesperadamente acreditar que sim.

— Não sei o que fazer. Eu não...

— Acredito que já esteja fazendo, Pietra. — Torna a sorrir com cumplicidade feminina. — O que quer que esteja fazendo, está funcionando. Conheço T há um ano e deixe lhe dizer: meu cunhado nunca levou uma garota para conhecer Heitor ou vovó Mag. Então, minha querida, você está no caminho certo.

Sorrio, meu peito aquecendo pelas palavras encorajadoras da menina simpática. Ela sempre foi muito gentil e acolhedora comigo a cada encontro e isso me ajudou a não me sentir tão deslocada. Até mesmo Heitor Maxwell tem me mostrado um lado mais cordial e caloroso depois que se reconciliou com sua esposa. T diz que Sofia trouxe mudanças para sua família inteira, não apenas Heitor. Graças a ela, eles estão mais unidos e agindo como uma verdadeira família, segundo ele. Eu acredito. O fato de ela estar aqui, deixando claro que torce pelo meu relacionamento com seu cunhado, confirma que é uma pessoa incrivelmente sensível e empática.

— Obrigada, Sofia — murmuro. — Fico feliz com suas palavras encorajadoras.

Ela sorri, os olhos verdes brilhantes.

— No meu começo com Heitor precisei de conselhos e uma querida amiga esteve lá para mim. Quero que saiba, pode contar comigo se precisar.

Sinto meus olhos ardendo pela sua gentileza. Nossa, o que está havendo comigo? Tenho estado tão emotiva nesses últimos dias. Até mesmo assistindo filmes estou chorando, coisa que dificilmente faço. Sou durona para essas coisas. Credo.

— Mais uma vez, obrigada. Saiba que é recíproco — murmuro, um tanto embargada.

Ela vai responder, mas nesse instante, um microfone é ajustado no palco improvisado.

— Heitor irá fazer o discurso de abertura. Preciso voltar para meu marido — diz com um sorriso apaixonado.

— Vá. Eu vou ao toalete primeiro. Por favor, avise a Tristan — peço.

Sofia acena e some por entre os convidados. O grande espaço está lotado com a nata da sociedade paulistana. Eu pergunto a um dos garçons onde fica o toalete feminino enquanto me livro da minha taça de champanhe em sua bandeja. O rapaz me informa, solícito e atravesso o salão, costurando entre os presentes, até encontrar o corredor amplo. Quando entro no banheiro luxuoso, vou direto para o reservado aliviar minha bexiga. Saio e ando até o espelho enorme na parede lateral, perto da bancada das pias. Confiro minha imagem de corpo inteiro e sorrio contente. Meu vestido é um longo vermelho tomara que caia. É de alta costura, dá para ver e sentir na textura do tecido. É ajustado ao corpo, delineando minha bunda arrebitada e descendo num elegante rabo de sereia. O conjunto de colar e brincos de rubis me deixou completamente encantada. Ele dá esses presentes para todas? Escolhe pessoalmente o que ficará melhor no corpo delas? As perguntas invadem minha mente, mesmo que não queira. Como posso conquistá-lo? Como mostrar a esse homem que ele pode confiar em mim?

— Parabéns, caipira! Você quase se passa por uma de nós. — A voz conhecida e cheia de despeito, soa às minhas costas e logo Anita se põe do meu lado, nossos olhares se encontrando no espelho. Está usando um longo amarelo e está tão bonita que chega a ser injusto. — Você deve estar achando que tirou a sorte grande, não? — Seu olhar cintila com crueldade. — Bem, me sinto no dever de situá-la já que é tão estúpida para enxergar a verdade. Tristan não vai ficar com você, sua putinha ridícula!

Uma náusea me atinge, mas ignoro o mal-estar e me viro, encarando a cadela despeitada de frente.

— Você deve estar se roendo, não é? — sibilo. Meu ódio por essa vadia continua o mesmo. Ela não perde a chance de se jogar para cima de Tristan em nossos Happy Hours nas escalas. E como não estávamos nos mostrando publicamente, ela aproveitou-se disso. — Só para lembrar, tem quanto tempo mesmo que ele não te come?

Os olhos da garota ficam em chamas.

— Puta maldita — rosna. — Ele pode estar te comendo agora, mas não pense que ganhou esse jogo, cadela. — Me olha de cima a baixo e torce a boca desdenhosa: — Ele te deu esse vestido e conjunto de joias? Querida, eu tenho uma verdadeira coleção de vestidos e joias caras presenteadas pelo meu homem sexy.

E minha pergunta de minutos antes é respondida. Meu corpo esfria e sinto vontade de vomitar. Pensei, sonhei que eram presentes exclusivos para mim.

— Oh, isso te incomoda? — Sorri malignamente. — Acredite, caipira, vai ficar muito mais incomodada quanto T voltar a jogar comigo.

— Ele não vai — digo, me sentindo fria, zonza. Oh, Deus, preciso ir a um médico ver essa infecção alimentar.

— Sim, vai — afirma com tanta certeza que aumenta meu mal-estar. — Eu sou a única que joga pesado, do jeito que ele gosta. — Maldade torna a brilhar em seus olhos. — T adora compartilhar. Eu faço isso sempre que meu gostoso quer. Conta aí, ele já te compartilhou?

Sinto mais náuseas com essa revelação. Eu não quero ser compartilhada. Já disse isso a T e ele tem respeitado esse meu limite. Mas agora meu coração salta aflito. E se ele realmente precisar desse tipo de sexo? Eu faria para agradá-lo?

— Pela sua cara vejo que não. — Ela ri satisfeita em me espezinhar. — Aproveite cada momento, caipira, porque estou indo atrás do meu homem e eu não jogo para perder — ameaça.

Estou abalada, me sentindo mal, mas me obrigo a lhe dar a réplica à altura.

— Você já perdeu, sua vadia. — Abro um risinho debochado. — Perdeu no momento em que ele te arrancou daquele avião em Paris, preferindo a mim. Você é burra ou o quê? Tristan não te quer mais, é por isso que está bufando aqui, tentando me incomodar com ameaças vazias.

Uma expressão de puro ódio toma seu rosto.

— Você verá se são ameaças vazias. — Sinto um arrepio ruim subir pela minha espinha. — Eu vou amar ver a sua cara de puta rechaçada quando nos encontrarmos nos happy hours e ele estiver comigo.

— Isso não acontecerá — ranjo os dentes. Mas a verdade é que não tenho certeza de nada. Não quando T está envolvido. Até pouco tempo ele comia todas. Deus, não permita que ele me deixe. Ajude-me a fazê-lo me amar.

— Sim, querida. E no que depender de mim, não vai demorar — a vadia ronrona.

Eu a encaro com asco e me viro para sair. Ouço sua voz às minhas costas:

— Aproveite, cadela. Essa é a primeira e última vez que irá aparecer com ele em público.

A olho por cima do ombro e cuspo com escárnio, mesmo que esteja receosa de que essa vaca consiga seu intuito. Afinal, T sempre a procurava antes para jogar.

— Um conselho, querida? Espere sentada — ranjo os dentes e deixo a puta para trás.

Quando saio do corredor, pisando de volta no salão, um braço forte enrola em minha cintura. Viro contra um peito másculo que conheço bem e o seu cheiro gostoso me cerca. Enlaço-o pelo pescoço e levanto meu rosto para o seu. Os olhos escuros estão lindos e brilhantes sobre mim.

— Você está bem? — sussurra. — Sofia avisou que foi ao banheiro. Está sentindo o estômago de novo?

Sua preocupação aquece meu coração e faz lágrimas arderem em meus olhos. Merda. Que diabos há comigo? Não sou uma garota chorona. Talvez seja o fato de descobrir meu amor por ele e estar vivendo na incerteza sobre o futuro da nossa relação. Deus, amor não correspondido dói demais. Contudo, não posso deixar transparecer meus sentimentos, não agora, pelo menos. Ainda é cedo. Preciso ganhar terreno dia a dia até que ele perceba o quão perfeito somos juntos.

— Estou bem. Só queria conferir a maquiagem e fazer xixi — murmuro, beijando-o suavemente na boca.

— Que bom. Venha, H está discursando na abertura — acena, nos virando e andando comigo para perto do palco onde seu irmão está discursando tendo Sofia do seu lado. Me permito sonhar que somos de fato um casal de namorados curtindo sua primeira saída juntos. Quando paramos a poucos metros, seu braço continua enrolado em minha cintura, me mantendo colada ao corpo poderoso. Logan está próximo também, observo-o do nosso lado direito. Sua cara não é nada boa enquanto observa Lígia e seu noivo, também nas proximidades. Esses dois...

Cerca de duas horas depois, chegamos de volta na casa de T. Eu o montei no banco traseiro da limusine, conforme havia sugerido no começo da noite, o safado. Foi quente, delicioso, transgressor. A garota depravada em mim gostou de saber que Yuri dirigia enquanto seu chefe me comia no banco de trás. Gozei tão forte que quando chegamos minhas pernas ainda estavam bambas. Tomamos banho juntos, escovamos os dentes e nos deitamos na cama enorme. Ele me puxou imediatamente para o seu peito e vim ronronando. Seus dedos acariciam minhas costas num toque suave, subindo e descendo. Eu observo o céu estrelado acima de nós, através da claraboia. Essa é uma das coisas que amei aqui em seu quarto.

— Eu amo essa visão — murmuro, meus olhos pesando.

— Eu também — sussurra e levanta meu queixo, os olhos escuros se fixando nos meus. Deus, como é bonito. Seu polegar traça a minha boca. É um toque mais carinhoso do que sexual, percebo. — Antecipe suas férias e venha viajar comigo. — Meu coração falta sair pela boca. O quê?! Minha expressão aturdida deve ter transparecido em meu rosto porque ele sorri lindo e sexy e completa: — Não quero ficar longe de você. Vem comigo?

— Não sei se dá para fazer tão em cima da hora... — Lambo meus lábios, nervosa. Eu quero. Como quero.

— Você quer? — pergunta, seus olhos me hipnotizando. — Basta me dizer isso e do resto eu cuido, tigresa.

Levanto a mão para o seu rosto bem barbeado, traçando sua face perfeita.

— Eu quero — sussurro, coração trovejando. — Não quero ficar longe de você também, Tristan.

Ele me estuda por um longo momento em silêncio e então, faz lágrimas se reunirem em meus olhos quando murmura bem perto da minha boca:

— Eu quero continuar com você, Pietra.

— O que quer dizer? — questiono num fio de voz.

— Quero que tentemos ser oficiais. — diz e eu tenho que piscar para não fazer um papelão aqui. Ah, meu Deus! Oh, meu Deus! Nem nos meus melhores sonhos imaginei esse final para essa noite. — Diga alguma coisa, pantera — pede, sorrindo levemente.

— Quem é você e o que fez com Tristan Maxwell, o putão de São Paulo? — tento zombar, mas minha voz denuncia minha emoção. Deslizo os dedos pela sua boca linda e voluptuosa. — Sim, eu quero tentar.

Seus olhos cintilam lindamente e ele rola por cima de mim, sua boca tomando a minha num beijo possessivo e quente. Como dormimos sempre nus, em instantes, estou recebendo-o duro e fundo em minha vulva. Ele me possui lenta e sensualmente. Diria até que estamos fazendo amor nesse momento pela forma como seus olhos brilham enquanto afunda em mim. Nos agarramos, as bocas ofegando uma na outra, nossos corpos fundidos um no outro. E quando acelera, batendo profunda e selvagemente até o punho, eu estilhaço, gozando e gritando o seu nome. T me segue, soltando um gemido gutural, me enchendo com seu sêmen quente. Sua boca toma a minha e enquanto o beijo com toda a minha alma, rogo a Deus para que ele possa me amar de volta. Peço desesperadamente que essa tentativa se transforme em algo sólido.

Eu te amo. Por favor, confie em mim. Digo-lhe com meu beijo, com meu corpo completamente entregue, com meu coração.


Uauu...rs. Está tudo tão bonito e calmo, não é? Estão gostando, amores? Não deixem de votar, comentar e indicar nosso casal. Mamis agradece <3 mil bjokas e até a próxima!

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