Your Favourite Boy | ✓

بواسطة fefacarvalhox

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Maeve Walsh tinha a vida dos sonhos em Nashville. Era popular, capitã das líderes de torcida, namorava o cara... المزيد

your favourite boy
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chapter forty
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chapter fifty
agradecimentos

chapther twenty six

211 19 26
بواسطة fefacarvalhox


— Afrodite, pense bem, isso é muito arriscado, nossa filha está sendo bem assistida pelos profissionais daqui, por favor – Eros tenta intervir

     Afrodite está com os papeis da transferência da Mae em mãos e parece irredutível, mesmo com o marido tentando convencê-la.

— Eu quero proteger a minha filha, Eros! E minha filha só vai estar protegida do meu lado! – exclamou

     Eu sentia minha cabeça girar, eu queria impedir, mas me sentia completamente sem forças porque já faz três semanas que eu estou tentando convencer Afrodite a não levar Maeve. Há exatos um mês, uma semana e dois dias, Maeve está em coma e eu me sinto cada dia mais esgotado emocionalmente, fisicamente...

     Após o primeiro mês eu parei de comer direito, eu mal durmo a noite, minha barba está crescendo e eu não me importo, as olheiras estão maiores abaixo dos meus olhos e eu também não me importo, eu só quero ela de volta.

— Você não pode tira-la daqui. Ela odeia aquele lugar, ela tem péssimas lembranças de lá e só eu sei como ela ficou quando soube que teria de voltar para lá na renovação de votos de vocês. Ela não gosta de Nashville, lá não é mais a casa dela, aqui é a casa dela. – explodi e disse tudo que precisava dizer, a mulher me encarou por um momento

— Eu sei o que é melhor para minha filha - esbravejou

— Não sabe. Quando ela foi pra sua casa, a primeira coisa que você fez foi jogar ela em cima daquele lixo que é o ex dela – lembrei-a – Você ofendeu ela, ignorou tudo que ela sentia e agora vai fazer isso de novo! – exclamei enquanto a mulher me olhava

— Ele está certo, Afrodite. Essa é a casa da Maeve, aqui é o lugar dela – Eros me apoiou

— Eu estou cuidando dela, mãe. – Lucian afirmou – O Ethan está certo, nós amamos ela, e queremos protege-la, mas aqui é o lugar dela.

     A mulher olhou para nós e não disse nada, deixou os papeis sobre a mesa e saiu pela porta do apart-hotel onde Lucian estava morando.

— Eu sinto muito por isso, Ethan. Afrodite é superprotetora e só quer o bem da Maeve – disse Eros

— Eu tenho certeza disso, mas eu não saberia lidar com estar longe dela e não poder vê-la, mesmo que seja da forma que é

— Eu sei, garoto. É minha filha, eu a amo e quero o melhor pra ela e sei que você quer o mesmo – assinto – Ela vai ficar aqui – garantiu

     Eu assinto, mesmo tendo uma sensação ruim pesando meu peito. Eros se despede em seguida, saindo por onde a esposa havia passado a pouco.

— Mas você acha que ela poderia levar a Maeve contra todo mundo? – pergunto afim de amenizar a angustia que se instalava em meu peito

— Minha mãe pode ser muito impulsiva quando quer, mas não acho que ela arriscaria algo tão grande – Lucian responde

— E como advogado, ela pode leva-la? – Lucian leva alguns segundos para então me responder:

— Pode. – afirma – Ela é mãe e responsável pela Maeve, por lei. – eu assinto.

     Entendo que Afrodite só quer ter a filha perto e cuidar dela como uma leoa, mas se ela a levar, vai tirá-la de mim e ela não parece nem um pouco preocupada com isso, na verdade. Sei que ela gosta de mim, mas passaria por cima de mim em segundos para proteger a filha.

     E bem, eu faria o mesmo por Maeve.

     Parado na frente do aeroporto eu penso na bagunça que está o meu apartamento e em como minha mãe vai me xingar por isso.

     Audrey Quinn está pousando neste exato momento no Iowa e essa o melhor, ou pior, momento para ela estar aqui. A minha vida está uma bagunça desde o acidente e uma mãe que eu não vejo há três anos pode bagunçar ainda mais, ou colocar as coisas no lugar.

     Vejo o cabelo loiro da minha mãe ser bagunçado pelo vento do início da primavera e sorrio, ela também o faz quando me vê e se apressa – e tenta não tropeçar na própria bagagem – para me abraçar.

     Não tinha ideia do quanto eu senti falta do abraço de espremer costelas da minha mãe até recebe-lo novamente.

— Você está tão crescido – apertou seus braços ainda mais contra meu corpo – Eu senti tanta saudade sua e dos seus irmãos – afirmou

— Eu também senti saudades mãe, mas acho que você vai quebrar minhas costelas dessa forma – brinquei e ela deu um passo atrás

— Não seja besta, precisa de um pouco mais de força para quebrar uma costela – comentou em tom de brincadeira

     Eu sorrio e ganho um bagunçar de cabelos da minha mãe.

     Pego as malas do carrinho de malas da minha mãe e seguimos em direção ao estacionamento, parando em frente ao meu carro em seguida. Coloco as bagagens no porta malas e tão logo já estou indo em direção ao apartamento que um dia fora dela e que hoje eu vivo.

     Já estava pronto para ouvir minha mãe reclamar da bagunça do lugar, eu não tenho passado muito tempo por lá, só para dormir e tomar banho, na verdade. Estar naquele apartamento sem Maeve me deixava triste então evito ao máximo me manter por lá.

     Mamãe passou o caminho todo comentando como foi o mês que passou em casa com papai e meus irmãos. Ela veio passar duas semanas comigo e vai voltar para Pennsylvania em seguida, ela não sabe quanto tempo vai ficar mas quer aproveitar o máximo da família.

— Esse lugar não mudou nada – comenta assim que paro em frente ao portão da garagem do prédio.

     Meu avô deu esse apartamento para minha mãe quando ela entrou na faculdade, mas depois de um semestre cursando gerais, minha mãe passou em medicina em Stanford e acabou alugando o lugar. Quando eu entrei na Universidade do Iowa, ela me deu as chaves do lugar.

     Meu celular vibra indicando uma nova mensagem assim que entro no elevador, puxo o aparelho do bolso e vejo ser uma mensagem de Sarah, ela quer saber onde eu estou.

     Desde que soube do acidente e me encontrou no hospital, Sarah tem sido uma boa amiga pra mim, ela se preocupa se eu ando comendo, dormindo bem e se eu deixo de responde-la, ela me liga na hora, acho que ela tem medo de que eu faça alguma besteira.

     Charlise e eu estamos nos apoiando, ela está cuidando do próprio trabalho de conclusão de curso e trabalhando no que Maeve deixou. Ela disse que não quer que a amiga se preocupe com pesquisas quando acordar.

     Lucian foi a faculdade a umas três semanas trancar a matricula de Maeve por hora.

— E como está sua namorada? – perguntou assim que entramos no apartamento, um suspiro involuntário deixa meus lábios e eu a olho.

     Mamãe me ligou na semana passada quando meu pai contou sobre o acidente da Maeve, ela veio para o Iowa por isso, para que eu não ficasse sozinho.

— Na mesma – espremo os lábios sentindo meu corpo reagir aos pensamentos na morena e em tudo que anda acontecendo – A mãe dela quer transferi-la para Nashville – comento e a mulher para, por um instante

— Por que? – ela ergue uma das sobrancelhas

— Afrodite quer cuidar da filha de perto, quer que ela tenha atenção total e acha que só vai conseguir isso em Nashville. – pauso me sentindo um pouco bravo – Ela disse que quer o melhor para a Maeve, mas ela não andou pensando nisso nos últimos tempos – comento o episódio com Eric

— Ah, querido, você só vai entender quando for pai – mamãe se senta no sofá e me chama para sentar ao seu lado – Eu faria o mesmo se fosse você ou um de seus irmãos na mesma situação. – assumiu – As mães erram assim como todo ser humano, e a mãe da Maeve só quer protege-la, nós pensamos que ninguém vai cuidar dos nossos filhos como nós, e na maioria dos casos é verdade – brinca e eu sorrio – Mas ela quer a filha de volta e vai mover céus e terras para isso. Eu faria o mesmo por você e não me importaria se Maeve iria gostar ou não, antes de namorados, vocês são filhos e a família sempre vem em primeiro. – ela afaga minhas costas enquanto eu penso sobre suas palavras.

     Eu sei que faria o mesmo se fosse qualquer um dos meus irmãos, mas é difícil pensar que, se Maeve for para Nashville e demorar anos para acordar, eu não vou vê-la.

     E se ela acordar e não se lembrar de mim?

     E se ela perder toda a memória?

     Eu não posso, simplesmente, abrir mão dela e deixar ela ir.

     Eu não consigo.

— Eu vou colocar minhas coisas no quarto, por que não pede algo pra gente comer? – mamãe pede e eu assinto – Eu quero comida chinesa – avisa enquanto sobe as escadas

     Pedi o almoço para nós e no momento em que iria colocar o celular de lado, ele tocou.

     Era Sarah.

— Ei – falo ao atender

Ei, você não respondeu minha mensagem – reclama

— Eu esqueci, acabei de chegar do aeroporto – justifico me deitando no sofá

Aeroporto?

— Minha mãe veio passar uns dias comigo, eu fui busca-la – explico

Isso é ótimo, quando vou conhece-la? – pergunta e eu chego a engasgar com minha própria saliva

— Eu não sei – desconverso

Talvez eu passe aí mais tarde...

— Não precisa, Sarah, eu vou ficar bem. Audrey Quinn sabe levantar o astral de qualquer pessoa – sorrio ao ver minha mãe descendo as escadas

Bom, então tudo bem. Vê se me responde, ouviu? – intimou – Eu me preocupo com você

— Eu respondo – afirmo e finalizo a chamada

     Mamãe me encara com curiosidade, eu nego com a cabeça e então ela pergunta:

— Quem era?

— Uma amiga

— Amiga? – desconfia

— Ela é amiga da Maeve também – explico e ela parece entender

— E vocês conversam bastante? – quis saber

— Depois do acidente com mais frequência do que antes, a gente até ficou por um tempo, papai e o trio conheceram ela no dia de ação de graças. – ela assente se sentando no sofá e acomodando meus pés em seu colo

— Se todos conhecem, eu também quero – diz de forma leve

— Um dia, quem sabe – digo no momento em que o interfone toca, o almoço chegou.

     Desço até o hall para pegar meu pedido e subo em seguida já enfiando um rolinho primavera na boca.

— E como vai o bar? – mamãe pergunta enquanto comemos

— Está indo bem, Peter é um ótimo sócio – afirmo e ela assente

— Eu vi que tem algumas coisas da Maeve no quarto, quer que eu separe? – pergunta depois de um longo silencio, eu engulo em seco.

     Empacotar as coisas de Maeve fazia com que as coisas parecessem mais reais. Ela demoraria para voltar.

     Ou talvez não volte.

— Mas se preferir, eu deixo tudo do mesmo jeito, só vou organizar algumas roupas que ficaram espalhadas pelo quarto – comenta e eu me lembro da última vez que entrei naquele quarto.

     Foi na noite do acidente, nós transamos, ela disse que me amava e depois daquela noite eu nunca mais entrei naquele quarto, tudo lá me remetia a ela e, eu falo como se ela tivesse morrido, mas eu me acostumei com a presença dela todos os dias em todos os cantos desse lugar que é difícil de entender que ela não vai entrar por aquela porta e dizer que ela estava tirando onda com a minha cara.

— Acho melhor deixar as coisas lá, por enquanto – respondo finalmente e ela concorda

     Passo o resto da tarde dormindo, só levanto para tomar banho e ir até o hospital ver a Maeve. Visto uma camiseta e um jeans simples, coloco meus tênis, bagunço os cabelos úmidos e tão logo, já estou estacionando o carro em uma das vagas do hospital.

     Ao me aproximar da recepção vejo Charlise, Lucian e Eros conversando com um médico do hospital, ao me aproximar eu pego a conversa do meio.

— Mas e agora? – Lucian pergunta

— Agora não está mais nas nossas mãos, a senhora Walsh já está em um helicóptero com a filha em direção a Nashville. – o médico diz e tudo parece rodar, um zumbido chega aos meus ouvidos e eu tenho a sensação de que vou desmaiar a qualquer momento

— O que? – a pergunta sai quase como um grito desesperado enquanto sinto meus olhos ficarem úmidos

     Ela vai tirar a Maeve de mim e nem me deu a chance de me despedir?

     Ela não pode.

     Eros se aproxima de mim e me segura pela cintura, me colocando sentado em uma das cadeiras do local.

— Eu sinto muito, rapaz – lamenta

— Eu também – respondo em um tom mais ríspido do que eu esperava

     Sinto minhas mãos tremerem e logo Charlise me abraça. Ela entende.

     As lágrimas descem pelo meu rosto de forma involuntária e eu sinto meu corpo todo doer.

— Ela não podia – falo em tom baixo

— Não, ela não podia – Char concorda apertando mais o meu corpo contra o dela

— Ethan, eu sinto muito, cara. Eu não achei mesmo que minha mãe seria capaz – Lucian tenta justificar, mas eu não me importo mais com isso agora, não adianta.

     Sinto uma vontade desesperadora de sair daquele hospital e é o que eu faço, deixando os chamados de Charlise para trás junto com a família de Maeve.

     Dirijo pelas ruas com os olhos um pouco embaçados pelas lágrimas e quando paro o carro, me vejo em frente à casa laranja da Kappa. Levo alguns minutos e muitas lágrimas para enfim descer do carro e tocar a campainha.

     Eu tinha que ter ficado com a Char, ela é amiga da Maeve, mas eu só queria sair de lá.

     Quando a porta se abre, Sarah é quem me recebe, ela tem uma feição preocupada ao me olhar.

— Afrodite levou ela – sou direto e a garota suspira antes de passar seus braços finos pelo meu corpo

— Eu sinto muito, Ethan – lamenta enquanto afaga minhas costas.

     Sarah me leva para dentro da casa e me mantem abraçada a mim quando sentamos no sofá e ela aguarda até que as lagrimas cessem.

— O que você quer fazer? – pergunta depois de algum tempo

— Eu não sei – eu sinto meu corpo doer em partes que eu não imaginava que doeriam tanto, mas acima de tudo, a dor emocional era a pior.

     Ter certeza de que ela não vai voltar é o que mais dói.

     Apoio minha cabeça nas costas do sofá e encaro o teto branco por longos minutos sentindo o turbilhão de sentimentos me abater, fazendo minha cabeça girar. E quando eu acho que minha vida não pode ficar mais bagunçada, eu ouço Sarah dizer:

Eu amo você.

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