Draco e Narcissa entraram pelo grande portão de sua mansão, sendo revistados pelos comensais que alí rodeavam, eles se perguntavam como o Ministério da Magia não havia descoberto essa concentração de comensais em sua casa e indignavam-se pelo fato de serem revistados em seu próprio lar.
— Narcissa, demorou querida. — Lucius havia aparecido na frente da porta imediatamente ao ser avisado que sua esposa havia retornado. — Andem, se arrumem, teremos reunião daqui à alguns minutos.
— Sobre o que? — Draco perguntou, com tédio em sua voz. — Já falamos sobre praticamente tudo, não precisa ter tantas reuniões assim.
— O mestre quer que seu plano seja executado com maestria e perfeição! — Lucius respondeu, impaciente. — Não o questione, você já sabe muito bem o que lhe pode acontecer.
— É. — Draco retrucou novamente, entediado.
Draco andou pelo grande hall de entrada de sua casa vendo que hoje ela estava cheia, percebendo vários olhares e comentários sobre ele e sobre o que havia lhe acontecido, sobre o que Voldemort havia lhe feito, quase todas aquelas marcas que havia em seu corpo tinha desaparecido, o hematoma no pescoço era o que estava mais escuro e uma parte ainda visível, assim que sua gola da camisa abaixasse.
— Draco? — Blaise havia aparecido, Draco o encarou com semblante confuso. — Onde você estava, cara?
— Mas... o que está fazendo aqui, Blaise? — Draco perguntou com semblante surpreso, recebendo um abraço do amigo.
— Esperando a princesa chegar das compras com a mamãe? — Blaise sorriu, sarcástico, e Draco soltou uma risada. — O Lorde quis que minha mãe se juntasse à ele, prometeu me dar um futuro digno e muito poder; e sabe que tudo que diz respeito à mim e ao meu futuro, minha mãe se interessa.
Draco assentiu, vendo uma mulher conversando com sua mãe perto das escadas, onde havia poucos comensais; todos se encantavam com a extrema beleza daquela convidada, a mulher tinha seus cabelos pretos, sua pele negra, seus olhos castanhos claro e corpo muito bem feito, em um vestido longo, ele nunca havia visto à mãe de Blaise mesmo tendo muitos anos de amizade com ele, mas sabia de sua história.
— Ela é realmente bonita! — Draco quebrou o silêncio, voltando à encarar Blaise. — Não é atoa que se casou com 7 homens .
— Cala a boca, Draco! — Blaise o repreendeu, enquanto Draco soltava uma risada. — E então? vai assim para a reunião mesmo?
— Assim? — Ele questionou, confuso, Blaise apontou para a roupa do garoto. — O que tem minha roupa?
— Tá horrível! — Blaise respondeu. — Vamos logo, vai tomar um banho por quê você está fedendo e troque de roupa antes que essa reunião começe.
Draco negou com a cabeça soltando uma risada, e logo após subiu até o seu quarto para finalmente tomar um banho.
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Draco havia se vestido, ele realmente estava precisando de um banho; algumas de suas partes estavam molhadas por causa do incidente do lago e eram extremamente desconfortáveis.
Ele saiu de seu banheiro que era em seu quarto, se assustando com a garota que estava sentada em sua cama.
— Você de novo???? — Draco suspirou, entediado. — Eu tenho que trancar minha porta à 19 chaves.
— Uau, que Mal-Humor. — Astória respondeu, com o semblante indignado; logo após 5 segundos, ela abriu um sorriso. — Eu tenho uma proposta pra você.
— Não podia esperar até eu descer? — Draco retrucou, fazendo a mínima questão de ter aquela garota alí. — Fale, o que você quer?
— Eu quero que você se case comigo! — Ela respondeu, deixando Draco surpreso e confuso. — O negócio é o seguinte, Daphne não quer realmente que se casar com você, e sim com sua fortuna, ela não gosta de você e não faz sentido ela ter você para ela.
— Eu não quero me casar com nenhuma de vocês. — Draco interrompeu Astória. — Eu vou me casar com outra pessoa, eu pretendo me casar com outra pessoa quando isso tudo acabar.
Astória suspirou enquanto o observava; sabia que não era maldosa o suficiente para fazer o que disse que iria fazer agora, mas, para ela algo teria que adiantar, ela queria Draco e se esse era o único caminho, deveria tentar.
— Eu sei das crianças. — Astória disse fazendo Draco à observar com uma das sobrancelhas levantadas.
— Todos sabem. — Ele respondeu, ríspido, enquanto ia até a porta de seu quarto.
— Mas não são todos que tem a coragem de falar deles para o Lorde. — Ela continuou, fazendo ele parar. — Eu tenho.
— Você não faria isso. — Draco se virou para Astória, indignado, à observando.
— Sério? Você acha? — Ela o encarou com o semblante sério. — Me teste, e você verá.
Draco suspirou ainda observando Astória, ele tinha o medo em seu olhar; Draco fechou os olhos devagar pensando em seus filhos e em Hermione, ele não podia por a vida deles em risco que é o que provavelmente iria acontecer se Voldemort soubesse sobre eles.
— O que você realmente quer, Astória? — Draco perguntou novamente, abrindo os olhos e observando a garota se levantar da cama, logo, andando até a direção dele.
— Eu quero você, Draco. — Astória respondeu, colocando seus braços ao redor do pescoço de Draco.
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Hermione explorava a casa junto as crianças, que sabiam onde todos os cômodos ficavam e nem ao menos se perdiam; entraram em uma enorme sala vazia mas bem iluminada, suas paredes eram pretas e o chão de mármore, havia um grande lustre pendurado no teto.
— Uau! — Hermione se surpreendeu com o tamanho daquele lugar, ela olhava para os 4 quantos das paredes, imaginando várias decorações ali. — Sabe o que ficaria perfeito aqui?
— Uma biblioteca, um sofá com descanso de pernas e mesa central para café, dois abajus nos cantos do sofá e duas poltronas, acompanhadas de um tapete para por os pés. — Rose e Scorpius falaram em uníssono, era exatamente o que Hermione estava pensando. — Você já fez isso, mamãe. — Rose disse, Hermione levantou uma de suas sobrancelhas.
— Essa é a nossa casa, mãe! — Scorpius disse, Hermione arregalou seus olhos surpresa, nunca imaginaria aquilo.
— Nós moramos aqui? — Ela perguntou mais uma vez, desacreditada. — Nossa!
— Tem no máximo 20 quartos aqui, 6 salas, 12 banheiros tirando os banheiros dos quartos, juntando fica 19 banheiros, 2 cozinhas, 2 salas de jantar, um porão e só. — Scorpius deu de ombros, deixando Hermione de boca aberta.
— Para que isso tudo? — Hermione questionou, realmente não entendia o porquê do tanto de cômodo para apenas duas pessoas.
— A vovó ajudava alguns alunos de Hogwarts que perderam seus pais na guerra à se estabilizarem aqui. — Scorpius respondeu, Hermione ficou impressionada. — Todos aqueles que não haviam mais um lugar para ficar, poderiam ficar aqui até conseguirem seguir com a vida, ela abrigou todos quando o Vovô foi preso e levado para Azkaban.
Hermione apreciou o gesto de Narcissa, antes de conhece-la não sabia que ela pudia ter o coração tão bom, assim como ela pensava o mesmo de Draco; talvez, Draco só precisasse de alguém para lhe apoiar e lhe dizer o que era certo, um amigo que não concordasse com todas aquelas ações e ajudasse a abrir os olhos, já Narcissa, precisava que alguém tirasse Lucius da vida dela, percebendo que ele era a fruta podre que havia na árvore da família Malfoy.
— Bem, é muita informação para mim! — Hermione sorriu, nervosa. — A melhor parte disso é saber que Lucius vai para Azkaban.
Scorpius havia percebido que deixara isso escapar, batendo na própria testa em seguida; deveria parar de fazer isso, deixar escapar todas essas informações do futuro para alguém do passado não seria bom e faria com que a linha do tempo entortasse pelo menos 0,3%.
— Eu tenho que parar com isso! — Scorpius reclamou, indo até a porta com Rose e Hermione.
— Para onde estamos indo? — Hermione perguntou, percebendo que estavam em um corredor cheio de portas, logo, subindo nas grandiosas escadas de mármores e indo até o quarto principal.
— Seu quarto, mamãe. — Rose respondeu, ainda subindo as escadas. — É o principal.
— Posso perguntar uma coisa? — Hermione suspirou, enquanto começava à falar. — Como Narcissa sabia que havia pessoas para abrigar logo após a guerra?
— Era o plano dela! — Scorpius respondeu. — O plano inícial era abrigar ela mesma e o papai, mas com a guerra se aproximando, ela resolveu adicionar mais quartos e banheiros e encher a dispensa do porão de comida caso precisasse abrigar mais pessoas, e assim o fez; ela sempre soube do plano da guerra pois ela seguia aquele que não-deve-ser- nomeado.
Hermione havia entendido e ao olhar para frente já estavam em uma grandiosa porta de madeira clara, com duas maçanetas brilhosas na cor prata.
— Abre, mãe! — Rose sorria animada.
Hermione sorriu e abriu o quarto à pedido de Rose, Scorpius ligou a luz e Hermione pôde ver tudo naquele quarto, os quadros perfeitamente alinhados com flores como arte, o quarto havia decorações como espelho, vasos de flores, duas mesinhas ao lado da cama e dois abajurs.
Uma parte da parede era apenas madeira; havia um tapete extremamente peludo no chão para que quando levantasse não pisasse no chão, uma porta que dava acesso à um banheiro, do outro lado, na parede de madeira havia outra porta, desta vez corrediça, havendo muitas roupas ali dentro e uma carta em cima de um pano azul.
— Que é isso? — Hermione pegou a carta em suas mãos, retirando o selo dos Malfoy do envelope; atrás do envelope havia algo escrito.
"Se você não for Hermione Granger, não abra esta carta."
— Bem, acho que eu posso abrir né? — Hermione deu uma risada baixa, lendo o que finalmente havia dentro daquele envelope.
Cara Hermione Granger.
Espero que tenha gostado da decoração do quarto, pedi para minha mãe comprar o material e eu mesmo decorei, acredita? eu espero que não acredite, por que não fui eu que fiz!
Então, eu estava passeando pelo beco diagonal e minha mãe entrou em uma loja de vestidos, e eu simplesmente imaginei você neste vestido e me apaixonei mais do que sou apaixonado por você, imaginei você vestida com seus cabelos soltos e seus lábios vermelhos... para de fazer isso Draco.
enfim, espero que goste desse vestido como eu gostei, e acho que ficará mais linda do que naturalmente é. Te amo Malfoy-Granger ♥︎
Draco Malfoy ♥︎
— Ele é... impressionante. — Hermione sorriu negando com a cabeça, logo, pegando o vestido azul e o colocando em cima da cama; ainda sorrindo que nem boba, nunca havia ficado assim por ninguém, nem mesmo por Vítor Krum, ele havia feito isso com ela e ela não tinha a menor vontade de parar.
Simplesmente gostava disso.
Continua? ♥︎