22° Carta.

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Draco estava sentado em sua cama, ainda em estado de choque pela notícia que havia recebido; sua mãe veio logo atrás, trancando a porta e sentando na frente de seu filho.

— Meu filho, você está bem? — Ela perguntava, visivelmente nervosa, tocando no rosto de Draco. — Não sabia que ele seria capaz de fazer isso, que monstro!

— Ele é capaz de qualquer coisa mãe! — Draco disse, sua voz falhava pelo medo que estava sentindo; parecia que suas forças haviam ido embora. — Eu não vou aguentar isso.

— Você não vai fazer, meu filho. — Ela o puxou para um abraço, e ele retribuiu aquele abraço fortemente dando espaço para as lágrimas que agora caiam descontroladamente de seu rosto de semblante desesperado. — Vamos fazer o possível e o impossível para salvar a vida de Hermione.

— E de Dumbledore? — Draco pergunta, Narcissa suspirou. — Eu não posso matar Dumbledore.

– Infelizmente Dumbledore terá que morrer. — Narcissa disse, abaixando a cabeça. — Ele já sabe que irá morrer e isso facilita o plano.

— Como??? — Draco arregalou seus olhos, sem entender. — Ele aceitou a própria morte? Dumbledore é extremamente maluco.

— Ele não é maluco, ele é sábio. — Narcissa respondeu, dando um pequeno sorriso. — Mas ele aceitou a própria morte por que ele sabia que isso um dia iria acontecer.

Draco estava confuso, como alguém aceitaria a própria morte com tanta tranquilidade igual à Dumbledore? em sua cabeça, ele xingava Dumbledore de burro várias vezes.

— Mas sobre Hermione, ela não vai morrer se é isso que está te preocupando. — Ela disse, enquanto bagunçava o cabelo de Draco. — Nosso plano está dando certo, não tem o porquê dar errado logo agora que precisamos ser ágeis.

Draco suspirou e assentiu com a cabeça, mesmo sabendo que sua mãe estava segura com seu plano e que por mais que parecesse impossível Dumbledore estava em seu lado à pedido de Snape, ele imaginava, que nada poderia dar errado na execução do plano deles (no qual, ele sabia bem pouca coisa. ) mas imprevistos acontecem.

— Eu não quero mais ser mensageiro. — Draco disse, sua mãe suspirou, sabia que ele não pudia sair do plano de Voldemort nem tão cedo e por fim, sabia que precisariam voltar até sua sala de jantar e encarar Voldemort depois do que Draco havia feito; ela havia 100% de certeza de ele daria algum tipo de consequência para o ato de seu filho, e não seria bom.
°

Hermione não havia dormido ainda, apesar de ela ter dito para seus amigos que estava cansada e que iria para seus aposentos, e eles entenderam pelo fato do dia ter sido cansativo para todos eles; Rose e Scorpius dormiam do seu lado, os dois com semblantes tranquilos sabendo que nada os aconteceria enquanto tivessem na Toca. É o que eles pensavam e nada tiraria isso de suas cabeças, mas Hermione não parecia nada tranquila e não parecia que o sono iria lhe visitar tão cedo. Ela se levantou devagar e se sentou na janela, observando para a plantação do lado de fora da casa de Rony.
Seu colar brilhara à algum tempo atrás, seu toque foi correspondido, mas depois disso, Draco não havia tocado em seu colar novamente; ela estava se preocupando atoa, obviamente ele estava fazendo algo melhor ou talvez dormindo, seu dia talvez tenha sido cansativo que nem o dela foi; Ela pensava em talvez escrever uma carta, perguntando como havia sido o dia dele mas tinha medo desta mesma carta cair em mãos erradas, como nas de Lucius Malfoy (Já que Hermione não imaginava que, todas as cartas que estavam sendo enviadas para a Mansão Malfoy seriam confiscadas, nenhuma passaria em branco: tanto as que chegavam quanto as que saíam; a partir do momento que o Lorde estava lá, poderiam facilmente vazar informações através de cartas.)
Ela suspirou novamente, talvez o décimo quinto suspiro que dava apenas naquele dia pensando em como o garoto que ela gostava estava.
De longe, ela viu a silhueta de uma pessoa sair e se sentar na grama da casa de Rony, logo depois, outra pessoa com cabelos enormes e ruivos se juntou à ela; Harry e Ginny finalmente estavam tendo um tempinho juntos sem o incômodo de ninguém e sem a sessão de perguntas da senhora Weasley. Ela desejava ter aquele momento com o garoto que ela gostava e que claramente havia reciprocidade da parte dele também, mas nada era tão fácil, pelo menos não para eles.

Malfoy Granger: TwinsWhere stories live. Discover now