23° Desespero

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   Hermione havia despertado assustada, ela teve um pesadelo; tocou em seu colar e suspirou levando seu olhar às duas crianças adormecidas ao seu lado e dando um beijo em cada uma, levantando-se logo depois e indo até o banheiro da casa da família Weasley, dando procedimento aos seus costumes matinais e sendo a primeira pessoa a acordar na casa de seu amigo, as 5h da manhã.

— Bom dia, Hermione. — A sra. Weasley costumava sempre acordar primeiro, mas hoje ela havia sido à segunda a se levantar. — Acordada tão cedo?

— Bom dia, Sra. Weasley. — Hermione sorriu, enquanto à observava por algumas coisas para cozinhar e servir de café da manhã. — É, tive um pesadelo e não consegui continuar à dormir.. precisa de ajuda? — Ela perguntou, se levantando caso a Sra. Weasley aceitasse, logo, Molly disse que não era necessário e agradeceu fazendo a garota se sentar novamente.

— Se quiser falar sobre o pesadelo querida, pode me falar. — Disse Molly, se virando para a garota. — É melhor falar do que deixar guardado. — Continuou, Hermione suspirou e começou à pensar sobre o que havia acontecido em seu pesadelo horas antes.

Estava tudo escuro, ela conseguia enxergar apenas pela brecha de luz que saía do que parecia ser um buraco no teto, mas que ao enxergar mais, era uma pequena porta de um alçapão. As paredes eram enormes e eram pretas o que também ajudava a manter a escuridão alí, tentava gritar, o que era impossível e tudo que saía era um pequeno (quase nada) agudo de sua boca; tentava se soltar mas correntes que prendiam seu corpo à impediam de ser mexer, pensava em vários tipos de feitiços mas nenhum funcionava ali.

— Hermione, me ajuda. — A voz arrastada e cheia de sofrimento de alguém ao seu lado fez com que ela parasse de prestar atenção em pensar em jeitos de como ela poderia sair dali, a partir do momento em que percebeu que não estava sozinha tudo que ela pensava era em ajudar à pessoa proxima. — Sou eu, meu amor. — Cada vez mais fraca à voz que tentava falar ficava, Draco estava perdendo suas forças.

— Draco? — Ela tentava se soltar, de todas as formas; seus olhos se acostumavam com a escuridão cada vez mais e ela podia enxergar a cor do cabelo de Draco naquele momento, viu que seu corpo estava deitado no chão; as correntes iluminavam de um jeito assustador. — Draco, onde nós estamos? — Ela voltou à tentar se soltar. — Draco, eu vou te ajudar, eu só preciso me soltar.

— Mãe. — A voz de Scorpius ecoava por aquela sala, ele estava no mesmo estado que seu pai. — Nos ajude.

Hermione estava desesperada naquele momento, tentava se soltar de todas as correntes que à prendiam para poder salvar seu filho e o amor de sua vida que estava quase falecendo alí; a porta do alçapão se abrira e nela deu para perceber que havia uma escada de acesso para que pudessem subir e descer da sala; o homem com uma grande capa carregava um pequeno corpo em seus braços, com cabelos castanhos agora visíveis por conta da luz.

— Rose? — A medida que o homem se aproximava, o corpo ficava mais fácil de reconhecer. — ROSE? — Hermione gritou percebendo que a menina estava machucada, e que não respondia mais e nem parecia respirar.  — O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA?

— Crucio foi o suficiente para tirar o resto de vida que essa inútil tinha, para falar à verdade, foi bem fácil. — Ele colocou o corpo de Rose ao lado de Hermione. — Espero que saíba que isso é o que vai acontecer com você, com esse imprestável do Malfoy e com seu filho.

— Não, não, não. — Ela estava desesperada mais do que estava antes, sua filha estava imóvel ao seu lado. — NÃO, Rose, fica comigo! — Ela tentava acordar sua filha. — É a mamãe Ro, fica comigo. — Hermione chorava tanto que chegava a soluçar, parecia que havia perdido uma parte dela; a outra parte se transformava em ódio. — Eu juro que vou matar você, seu desgraçado.

Malfoy Granger: TwinsWhere stories live. Discover now