Meu Melhor Erro

By dagael

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- Foi errado o que fizemos Alec, consegue entender isso certo? - Tyler, você teve a ideia e eu apenas te aco... More

Novo país, nova escola, "nova família"
Acolhimento
Apresentação para a turma
Grupo formado
A nova professora
Trabalho em casa
Apresentação do trabalho
Um novo amigo
"Você não pode contar pra ninguém"
Segredos parte I
Segredos parte II
"Reflita sobre a situação"
"O Santo Alec"
4 dias
"Você acabou com a nossa amizade"
Crise de ansiedade
Knock out and The freak.
Semifinal
"É melhor nós pararmos por aqui"
"E se eu fosse mulher?"
Perguntas e respostas parte I
Verdade ou desafio.
Assuntos de família
Kira Cooper
Rich?
Keen e Ashley?
Finalmente!!!
Fraude
Deu tudo errado
O que aconteceu, Kira?
Nós somos amigos e amigos devem se ajudar
Noite de filmes
Meu melhor amigo, é o meu amor
Aceitação?
Luau
Mark
Sorveteria
Nossas escolhas, definem quem somos!
"Eu quero ser seu melhor amigo"
Apaixonado?
Miles Flynn
O plano
Evento beneficente
Conversa definitiva
O presente
Estou apaixonado por você
Agnes Evans
Ciúmes
Cartas na mesa
Não existe outro lugar que eu queira estar, se não aqui com você.
Keen
Você me deve uma
Ficaremos bem
Campeonato parte 1
Campeonato parte 2
Eu te amo
Benjamin Stone
Prazer em te conhecer
Não é atualização de capítulo

Você não me acha atraente?

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By dagael

POV. Noah Caviccioli

Ouço o diretor pigarreando e em seguida a responder.

- Com certeza senhora Ashley, depois nós nos encontraremos para a nossa reunião com os representantes.

Olho para o Mark sem entender e percebo que ele estava encarando o diretor. Vejo a Ashley me olhar mas ela não nos cumprimenta, muito pelo contrário finge que não nos vê e vai em direção da saída do colégio.

- O que vocês estão fazendo aqui ainda? - nos pergunta o diretor.

- Eu ainda estou devendo o resto do meu histórico escolar para o senhor, eu vim trazer. - falo entregando a pasta para ele.

- Mas ainda não responderam minha pergunta, já passou do horário. - diz ele autoritário.

- Sim, já passou. - fala Mark. - Ficamos fazendo o trabalho que nos foi pedido, por isso passamos do horário.

- Entendi. - diz o diretor. - Obrigado por trazer o histórico senhor Caviccioli, agora por favor vão para a casa de vocês.

- Obrigado diretor. - falo e saio da frente da porta da sua sala.

Vou andando com o Mark ao meu lado até a saída, mas antes olho para trás para me certificar de que não havia ninguém.

- Você achou isso estranho? - pergunto.

- E tem como achar? Isso foi mega estranho. - diz ele.

- Eu acho que estou um pouco assustado. - falo sendo sincero com ele. - Tipo eu não quero deduzir nada, mas ver uma aluna chamar um diretor pelo primeiro nome, com os dois estando próximos da maneira que pareciam estar, isso é muito bizarro. - falo surpreso.

- Você acha que o diretor tá pegando a Ashley? - pergunta Mark.

- Cara eu não sei, mas pelo jeito que parecia, eles pareciam estar bem mais próximos do que deveriam.

- Eu já vi um cena assim antes, não me lembro exatamente quando, mas tipo dava pra ver que eles tinham muita intimidade sabe? Só que quando eu percebi, eu nem me importei, confesso, mas agora tipo de forma tão explícita assim... Eu não sei nem o que pensar.

- Bom, não vamos deduzir nada porque nós não sabemos a história inteira e também não vimos nada que possa indicar que o diretor Keen tenha algo com a Ashley.

- Você tem razão, mas acho que tem algo que possamos fazer para meio que tirar uma parcela da nossa dúvida.

O olho sem entender.

Após sairmos do colégio, não consigo mais segurar a minha curiosidade e pergunto:

- Como assim? O que podemos fazer para descobrirmos se eles estão tendo um caso ou não?

- O diretor disse que teria uma reunião de representantes, dois integrantes do nosso grupo, são co-capitães e são representantes, então se realmente existe essa reunião apenas eles vão pode responder essa pergunta pra gente, que tal você perguntar?

- Por que eu? A ideia foi sua. - falo mas em seguida me lembro do relacionamento que o Mark não tem com os dois. - Ah! Entendi, amanhã quando estivermos todos juntos, eu pergunto pro Alec. - olho para o chão e encaro o Mark. - Mas se essa reunião existisse mesmo, o Alec não iria conseguir fazer o trabalho com a minha irmã, eles estão na casa do Alec e não faria sentido... Quer saber, melhor eu ficar quieto e perguntar amanhã.

- Sim. Noah, obrigado pela conversa. - diz Mark.

- Não precisa agradecer, foi muito bom conversar com você. - falo sorrindo.

- Até amanhã.

- Até. - falo e vou andando até a casa do Max e do Erik.

POV. Alec Muller

Estava sentado na minha cama com o meu notebook no colo, estava esperando a Aria terminar de ditar pra mim o nosso resumo para enfim começarmos a jogar.

- Terminamos. - diz ela alto.

- E... terminei. - falo ao terminar de digitar o nosso trabalho.

Entro no meu e-mail e envio o trabalho para o nosso professor. Após enviar o trabalho, entro no jogo em que ela e eu já estávamos acostumados a jogar e a olho.

- Já entrou? - pergunto já sabendo a resposta.

- Claro. - diz ela vindo se sentar ao meu lado. - Nós precisamos treinar.

- Sim, vamos jogar a tarde inteira hoje. - falo e digito o meu login e vejo a página inicial do jogo, crio uma sala e a convido para entrar no meu time. - Vai ter aquele campeonato amador, poderíamos nos inscrever. - a olho.

- Sim, mas nós precisamos treinar Alec, não quero perder não. - diz ela séria.

- Competitiva. - falo.

- Já entrei, vamos jogar. - diz ela estalando os dedos.

- Vamos. - falo.

Depois de passar a tarde inteira treinando com a Aria, de vencer algumas perdidas e perder outras, me deito na cama com a cabeça em suas pernas e respiro fundo.

- Folgado. - diz ela.

- Ainda não. - falo. - pego em sua mão e a coloco no meu cabelo. - faz carinho?

- Dobrou a folgadisse. - a vejo sorrir. - Mas tudo bem, eu faço.

Fecho os meus olhos ao sentir ela acariciar o meu cabelo.

- Alec, posso te fazer uma pergunta?

- Já está fazendo. - falo rindo. - Claro que pode, nem precisa me pedir.

- Você tem pensado sobre aquilo?

- Aquilo? - pergunto sem entender.

- Tudo o que aconteceu entre você e o Tyler, provavelmente deve ter feito com que você tivesse pensamentos, não apenas sobre o Ty, mas sim sobre você mesmo.

Abro os olhos quando percebo onde ela quer chegar. Permaneço deitado mas cruzo os braços e fico a olhando.

- Eu acho que não há necessidade de rótulos, eu gosto de pessoas entende? Quem vier e quiser, por mim tudo bem. - sorrio.

- Entendi. - diz ela.

Arqueio a sobrancelha ao perceber que ela parecia meio decepcionada mas antes de abrir a boca, ouço duas batidas na porta do meu quarto e em seguida a mesma ser aberta.

- Oi filho, Aria. - ouço a voz do meu pai e olho para a porta.

- Oi pai. - falo.

- Olá senhor Muller.

- Eu fiz café, desçam para nós tomarmos. - ele diz e sai do meu quarto.

Me levanto, me sento na cama e abro a boca para perguntar para a Aria o motivo de ter parecido que ela havia ficado decepcionada mas fico em silêncio.

Acredito que se meu pai não tivesse entrado no quarto, ela provavelmente não iria fazer nenhum comentário sobre o que eu disse, então com toda certeza é melhor eu ficar em silêncio e fingir que nada aconteceu, isso irá evitar um clima estranho entre nós.

- Vamos tomar café com meu pai. - me levanto.

- Tudo bem. - a vejo se levantar.

Saio do meu quarto com a Aria, desço as escadas e vou para a cozinha, onde encontro o meu pai colocando as xícaras em cima da mesa.

- Aria, você gosta de café ou prefere que eu faça um chá para você? Sei que vocês na Inglaterra apreciam o horário do chá. - ouço o meu pai e permaneço em silêncio.

- Se não for incomodo, eu gostaria sim. - Vejo a Aria responder.

Me sento no meu lugar habitual na mesa, vejo a Aria se sentar do meu lado e suspiro.

- Meu pai já foi algumas vezes na Inglaterra. - explico pra ela.

Vejo a Aria encarar as suas mãos e me aproximo dela.

- Sinta como se estivesse conversando comigo, meu pai é uma versão de mim, só que mais velho. - falo em seu ouvido.

A vejo me olhar e balançar a cabeça concordando comigo, a observo suspirar e levantar a cabeça, olhar para o meu pai e falar:

- A passeio? Posso indicar alguns pontos turísticos que muitos livros não falam.

- Eu adoraria, mas infelizmente não fui para me divertir, fui a trabalho. Sou advogado e tenho muitos clientes. - olho para o meu pai e sorrio. - Está sorrindo por que Alec? - pergunta meu pai.

- Famosinho, tem cliente até em outro país. - falo brincando.

- Você sabe como é né? Seu pai é muito bom no que faz. - diz ele rindo.

O vejo terminar de preparar o chá da Aria e em seguida entregar a ela.

- Obrigada.

- Não precisa agradecer. - diz meu pai. - Você está gostando de Virginia Beach?

Encaro a Aria esperando a sua resposta, já que nunca havia perguntado pra ela.

- É bem diferente aqui, o clima é muito quente em comparação ao clima da Inglaterra, mas eu estou amando. As pessoas daqui são bem simpáticas e muito comunicativas. Eu adorei o colégio, os professores são exatamente como meu irmão e eu esperávamos.

- E vocês esperavam o que? - pergunto sem entender.

- São professores que realmente se importam com o ensino dos alunos, eles não passam apenas uma simples matéria, eles fazem com que tenhamos total aprendizagem do conteúdo e de uma forma ou de outra fazem com que os alunos tirem uma lição sobre o conteúdo.

- Você realmente gostou daqui mesmo. - diz meu pai em tom de brincadeira. - Realmente fico feliz que esteja se sentindo dessa forma Aria, eu sei que você e o seu irmão tem a hostfamily mas quero que saiba que se quiserem ficar aqui, sintam-se em casa também. - fala meu pai.

- Obrigada senhor Muller, de verdade mesmo, isso significa muito pra mim e tenho certeza que significará para o meu irmão também. - diz ela sorrindo.

Ouço o celular do meu pai tocar, imediatamente ele pega o celular e vê o nome do contato e me olha.

- É o pai do Tyler. - o vejo encher a xícara dele de café. - Tudo está guardado na geladeira, pega as coisas pra ela comer Alec. Aria me desculpa, realmente gostaria de ficar mais aqui com vocês, mas o trabalho me chama. Com licença. - vejo meu pai pegar a xícara de café e ir para o seu escritório.

- Eu não entendi, o seu pai e o do Tyler trabalham juntos? - pergunta Aria sem entender.

Me levanto, retiro algumas coisas da geladeira para comermos e coloco em cima da mesa.

- Meu pai é advogado, ele é o melhor amigo do pai do Ty e ele é o advogado da família McConaughey. Qualquer problemas que eles tem, eles ligam para o meu pai, seja algo com a empresa deles ou pessoal. - explico a ela. - Meu pai por ser o melhor amigo do pai do Tyler, faz com que eles sempre fiquem em ligação assim, a relação dos dois é tipo a minha com o Tyler, eles sempre resolvem os problemas juntos e principalmente são dois fofoqueiros. - falo rindo.

- Entendi, legal isso. - ela bebe o chá. - Que bom que mantiveram o ciclo entre os Muller e McConaughey. - diz ela dando de ombros.

- Sim, eu cresci na casa do Tyler e ele cresceu aqui também, nós somos muito próximos mesmo. - dou de ombros. - Na verdade meu pai conhece os pais de todo mundo, eles estudaram juntos antigamente. Meu pai conhece a mãe do Mark, os pais da Kir... do Keven, Virginia Beach mantém as amizades e principalmente as inimizades. - sorrio.

- Faz sentido, que legal isso, a amizade dos pais de vocês passarem pra todos vocês.

- Pra todos não. - a olho. - Alguns apenas. - dou de ombros.

Preparo o meu sanduíche e começo a comer, a olho e a vejo comer também.
Depois de ficarmos um tempo lanchando ela se despede de mim com um beijo na bochecha e vai embora para a sua casa. Guardo o que ficou na geladeira e jogo o resto no lixo, minutos depois vou para a sala e me deito no sofá.

Pego o meu celular, entro em um jogo aleatório e fico jogando até receber uma mensagem do Tyler. Entro na mesma e reviro os olhos quando leio:

Por que você falou comigo daquele jeito? Eu sei que você tava com pressa, mas não tinha necessidade disso.

Respiro fundo, me sento no sofá, coloco o meu celular do meu lado o encarando.

- Que foi? - ouço o meu pai e o olho.

- Tyler. - pego o celular de cima do sofá e suspiro. - Ele depende tanto de mim pai... - suspiro.

- O que está acontecendo entre vocês dois? - observo meu pai abrir os botões do paletó e se sentar em sua poltrona. - Você está diferente.

Antes de responder o Tyler, volto a colocar o celular novamente em cima do sofá e olho para o meu pai.

- Nós brigamos, depois disso eu não sei, eu estou diferente sabe? Parece que alguma coisa mudou.

- Se arrepende da sua amizade com ele? - pergunta meu pai sendo direto.

- Não é como se eu me arrependesse de ter uma amizade com ele, mas sabe quando você percebe que a pessoa que você esperava simplesmente não é tudo aquilo. - encaro as minhas mãos novamente e suspiro. - Eu amo o Tyler pai, ele é o meu melhor amigo mas eu me decepcionei com ele de uma forma que eu não consigo nem explicar. - respiro fundo.

- Isso é de família. - o vejo cruzar as pernas e arqueio as sobrancelhas sem entender. - Já confiei muito no Thomas, sempre acabei me decepcionando com ele. - diz meu pai me olhando.

- Mas se o pai do Tyler sempre te decepcionou, por que continuou insistindo? Tipo além de amigo, você se tornou o advogado deles. - suspiro. - Ou seja tem que passar mais horas ainda com ele.

- Filho, por mais que eu sempre me decepcionasse com o Thomas, quando eu estava com ele era como se a cada convivência fosse algo inédito, ele cometia erros? Claro, mas quem não comete? Eu decidi insistir porque eu percebi que ele tentava a cada dia me mostrar que estava tentando mudar, por isso eu permaneci sendo o melhor amigo dele. Apenas por isso!

- Mas e se o assunto for algo desconfortável?

- Se te deixa desconfortável, provavelmente é porque você está se sentindo incomodado, se você está se sentindo incomodado você deve falar sobre o assunto sim.

- Mesmo se para o dois o assunto esteja finalizado?

- Filho, se te incomoda o assunto não foi finalizado. Concorda? - vejo ele me olhar.

- Sim.

- Quando se sentir pronto para conversar com ele, faça! - o vejo se levantar e abotoar o seu paletó. - Preciso ir a uma reunião agora, quando se sentir preparado converse com ele e se resolva.

- Obrigado pai.

- Não precisa agradecer filho.

O vejo ir até a porta, abrir a mesma e sair. Pego o meu celular que estava em cima do sofá, fecho os olhos e respiro fundo, desbloqueio o meu celular e entro na minha conversa com o Tyler.

Me desculpa por ter feito com que se sentisse ofendido ou qualquer coisa do tipo. Eu quero conversar com você, o que acha de vir aqui em casa?

Envio a mensagem pra ele.

Me deito no sofá e fico esperando ele me responder. Depois de alguns minutos ouço o meu celular e vejo uma foto dele no carro.

Já estou indo.

Me levanto, vou até a cozinha e pego um pouco de refrigerante e começo a beber. Me sento e fico jogando no meu celular por alguns minutos mas logo me canso, bebo mais um pouco do meu refrigerante e suspiro, fecho os meus olhos e respiro fundo, mas logo ouço dois toques na porta, alguns segundos depois ouço a voz do Tyler na cozinha já.

- Cheguei. - fala empolgado.

- Estava correndo? - pergunto ao ver as suas roupas.

- Sim, precisava tomar um pouco de ar e nada como um bom exercício pra isso. - diz ele sorrindo. - Mas me fala, quer conversar sobre o que? - o vejo abrir a minha geladeira, pegar um pedaço de queijo e comer.

- Eu tentei evitar esse assunto, mas está me incomodando ainda e eu preciso por pra fora. - bebo o meu refrigerante e o olho. - Eu quero conversar sobre aquele dia. - o encaro.

O vejo me encarar de volta, olhar para baixo e ocupar o lugar que havia de frente para mim.

- Quer falar sobre o que? Por que quer voltar no passado? - pergunta ele.

- Porque parece que por mais que eu tenha tentado, o passado não saiu de mim, eu não consigo parar de pensar nisso Tyler, isso vai prejudicar a nossa amizade e de verdade eu não quero isso...

- Vamos conversar sobre então... - diz ele.

- Normalmente eu sou muito bom com as palavras, mas hoje não, parece que tudo que eu quero falar está tão engasgado que não sai. - passo a mão no meu rosto e o olho. - Você não tem nada pra me falar sobre aquela noite? - mordo os meus lábios em sinal de nervosismo.

- Eu não sei o que você quer ouvir Alec. - diz ele cruzando os braços. - Quer que eu diga que eu gostei?

- Eu quero que fale o que você pensa em relação a isso.

- Alec... - o vejo suspirar. - Foi estranho, dois homens fazendo essas coisas? - o vejo balançar a cabeça de forma negativa. - Eu não sei, eu nunca vi esse tipo de coisas antes.

- Mas foi tão ruim assim? Ao ponto de você ter sentido nojo de mim?

- Não foi nojo de você, eu tive nojo do que nós fizemos... - o vejo respirar fundo e se levantar. - Eu acho que o que me fez sentir nojo, foi o meu sentimento. - o olho sem entender.

- Do que você está falando? - pergunto.

- Eu gostei! - Ele admite. - Mas é errado, nós somos homens, não podemos reproduzir e bem a única função do sexo é essa: A reprodução.

- Você fala como se eu quisesse fazer isso com você ou então ter algo sério. - falo enquanto olho para as minhas mãos. - Se você gostou, por que não me disse antes?

- Porque é difícil falar Alec. - diz impaciente. - Não é como eu falar que gosto de baunilha ao invés de achocolatado.

- Você odeia baunilha. - falo e reviro os olhos.

- Foi apenas um exemplo. - o vejo andar até a geladeira e pegar uma garrafa d'água. - Eu gostei Alec, mas não entra na minha cabeça que dois caras com pênis devem ficar juntos.

- Eu não quero ficar com você. - falo o olhando.

O vejo abrir a boca várias vezes pra falar algo mas ele não fala.

- Acho que foi um erro falarmos disso. - suspiro. - Voltamos no assunto por nada. Esqueça.

- Por que não quer ficar comigo? Seria tão ruim assim? - pergunta ele.

- Não é porque tudo aquilo aconteceu que nós devemos ficar juntos Tyler, o que houve entre a gente foi coisa de momento, não é como se eu quisesse namorar com você. - falo firme.

- Mas eu sou um bom partido, por que não quer ficar comigo?

Não é possível que ele está me perguntando isso, ele estava até agora dizendo que não acredita em um relacionamento com dois homens e agora ele quer saber o motivo de eu não querer ter nada com ele? Não é possível isso.

- Você realmente está me perguntando isso? - pergunto sem acreditar.

- Sim, não me acha atraente suficiente?

Coloco a mão no rosto e me levanto da cadeira, me aproximo dele ficando apenas 5 centímetros mais ou menos afastado dele.

- Você quer ficar comigo? - pergunto olhando em seus olhos.

- Eu não sei... acho que quero. - diz ele.

Me aproximo lentamente dos seus lábios, ao encostar meus lábios nos dele fecho os meus olhos, eu sinto os seus lábios quentes. A sensação era como se a última peça do quebra cabeça finalmente fosse encaixada. Coloco as minhas mãos em sua cintura e começo a beijar ele de forma lenta, sinto as suas mãos na minha cintura e sorrio durante o beijo.

- Alec? - Ouço meu nome e um estalar de dedos.

Abro os olhos e vejo o Tyler parado na minha frente, arqueio a sobrancelha sem entender e me sento direto na cadeira, já que aparentemente eu estava todo torto.

- Tyler? - pergunto sem entender.

- Dormiu sentado ai cara. - fala rindo.

- Eu... não percebi. - falo tentando me recompor. - Que horas são?

- Não sei, mas me fala ai, o que você queria conversar? - diz indo até a minha geladeira e pegando uma garrafa de suco.

- Eu não me lembro mais. - minto.

- Fica dormindo ai, isso que dá. - diz dando de ombros.

Ouço o meu celular avisar que havia chegado uma notificação no grupo e arqueio a sobrancelha sem entender, abro as mensagens do grupo e vejo uma mensagem do Noah:

Noah: Alec ou Tyler, posso fazer uma pergunta pra vocês?

Tyler: Fala.

Noah: Vocês tem alguma reunião dos representantes hoje?

Encaro o Tyler sem entender nada e falo:

- Nós temos uma reunião hoje ou então pra esses dias? - pergunto confuso.

- Acho que não, você é que me lembra dessas coisas. - diz Tyler me olhando.

- Exatamente, então se eu não te lembrei é porque provavelmente nós não temos, mas por que o Noah iria perguntar isso pra gente?

- Você não é amiguinho da irmã dele? Pergunta pra ela.

Olho para a tela do meu celular e começo a digitar.

Alec: Noah, tenho quase 100% de certeza de que nós não temos nenhuma reunião hoje ou então pra essa semana, por que a pergunta?

Envio a mensagem e fico esperando ele responder, clico nos dados da mensagem e vejo que ele havia visualizado a minha mensagem mas não havia respondido. Suspiro frustrado e percebo o Tyler me encarando.

- Que foi? - pergunto sem entender.

- Nada. - diz ele.

- Tudo bem então, tá afim de ir treinar?

- Arremessos? - pergunta ele empolgado.

- Se não estiver cansado. - falo dando de ombros. - Você foi correr né?

- Sim, como sabe?

- Pelas suas roupas. - suspiro ao me lembrar do meu sonho de alguns minutos atrás. - Quer treinar ou tá de boa? - pergunto.

- Pode ser.

- Vamos então. 

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