Lie to Me (jjk + kth) - Concl...

By veggiekook

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Jeon Jungkook ganhava a vida fodendo mulheres ricas, no sentido literal da palavra. O sexo com o homem era o... More

L is for Liar
I is for Innocent
E is for Eager
T is for Tantalizing
O is for Oblivious
M is for Maniacal
E is for Euphoric
Interlude: Hyungsik e Taehyung
L is for Lost
I is for Instinctive
E is for Enigmatic
T is for Tight
O is for Ordinary
M is for Misty
E is for Enticing
Interlude: Jungkook e Yugyeom
L is for Listening
I is for Intrigued
E is for Easy
T is for Tasty
O is for Off
M is for Monetary
E is for Enamored
Interlude: Taehyung e Kai
L is for Letal
I is for Inutile
E is for Evoked
T is for Tortuous
O is for Onward
M is for Manipulative
E is for Everlasting
Interlude: Jungkook e Sana
L is for Lucrative
I is for Icky
E is for Edged
T is for Tender
O is for Old
M is for Maturity
E is for Electric
Interlude: Jungkook e Frank
L is for Lonely
I is for Imprudent
T is for Toxicant
O is for Organismic
M is for Mystical
E is for Earthquake
Interlude: Taehyung e Jungkook
L is for Love
O is for Obliging
V is for Vivid
E is for Enhanced
M is for Mad
E is for Evil
Epilogue: Love Me

E is for Effervescent

9.4K 1.6K 1.2K
By veggiekook

Effervescent

efervescente
1. excitado

– Você… mora no mesmo quarteirão do hospital?

Taehyung sorriu de lado. Usou o seu cartão de morador para acessar a recepção do hotel. 

– Sim, caso eu precise atender alguma emergência, estou por perto... Você pode esperar aqui?

Jungkook assentiu, colocando as mãos nos bolsos de sua calça jeans. 

– Claro. 

Taehyung seguiu até o elevador, e Jungkook tentou não acompanhá-lo com os olhos, desviando sua atenção para a decoração do hotel. 

As paredes eram marmorizadas e o piso brilhava, sem sequer uma marca de sapato no chão. Ao mesmo tempo que gritava riqueza, parecia um lugar frio para se viver. Jungkook ficou desconfortável.

Não demorou para que avistasse Taehyung voltando. E Jungkook soube que convidá-lo para sair tinha sido uma péssima ideia, uma terrível ideia, a pior que já tivera em toda sua vida. 

Ele vestia uma calça preta e uma camisa vermelha de cetim, detalhada com pequenas flores tracejadas em preto. A manga era comprida e levemente bufante. A medida que ele se aproximava, Jungkook pôde ver com mais detalhes a peça chamativa. Percebeu que na verdade a camisa era um vestido que estava sendo usado de maneira diferente. 

Taehyung havia lavado o cabelo, mantendo-o liso, e provavelmente secado rapidamente, pois algumas mechas ainda estavam molhadas. Sua maquiagem nos olhos não era diferente da qual Jungkook o vira usar anos atrás, mas seus lábios estavam mais vermelhos. 

Jungkook nunca havia visto alguém tão bonito, com toda honestidade. Era como se a beleza etérea de Taehyung tivesse evoluído para um nível em que até mesmo olhá-lo era insuportável. 

Jungkook não conseguiu dizer nada. 

Andaram até o bar perto dali. Jungkook percebeu então que aquele era o primeiro encontro que estavam tendo não só em muito tempo, mas também fora dos planos de Hyungsik. A lembrança trouxe a culpa que nunca fora embora de fato, fazendo-o sentir calafrios.

O bar estava cheio, mas ainda tinham muitas mesas disponíveis. Taehyung virou em sua direção pela primeira vez desde que saíram do hotel. 

– Mesa ou balcão? – perguntou. 

Jungkook pensou por um segundo, seus olhos virando para o lado por mania. 

– Mesa? – sugeriu. 

Taehyung concordou, liderando o caminho. Escolheram uma no canto, e logo foram atendidos. Pediram suas bebidas.

O silêncio instalou-se, a tensão quase palpável. Jungkook quebrou o clima com uma risada.

– Eu não faço ideia do que estamos fazendo. E confesso que estou confuso por você ter aceitado vir.

– Não era para aceitar? – Taehyung soou afrontoso, suas sobrancelhas grossas levantando para dar ênfase em suas palavras.

Jungkook negou com a cabeça, sorrindo para si mesmo, observando a estampa genérica da mesa.

– Era. Eu acho que era… Eu só agi por impulso, e agora não sei o que estamos fazendo aqui, exatamente. – Jungkook disse bem humorado, tentando descontrair. 

Taehyung conseguia entender perfeitamente o que ele queria dizer.

– Ei, está tudo bem. Vamos só… – Taehyung procurou as palavras certas, mordendo o lábio inferior. – Tentar relaxar? Conversar um pouco? Acho que nós dois estamos trabalhando muito esses dias, vamos aproveitar para fazer outra coisa.

Jungkook gostou da sugestão, seus ombros relaxando visivelmente.

A bebida dos dois chegaram e, agora que tinham mais alguma coisa para prestar atenção além de um ao outro, ficava mais fácil relaxar.

Jungkook tomou uma dose da sua bebida, fazendo uma careta para o gosto forte. 

– Nem me fale sobre trabalho. Às vezes eu realmente não sei no que fui me meter.

– Eu ouvi Ten lhe chamar de treinador… Imagino que pela idade dele você treine adolescentes? Qual modalidade? – Taehyung perguntou, também dando atenção à sua bebida.

– Atletismo. Mas ser treinador não é muito um problema… A maioria está no time porque quer, então é mais fácil lidar. A sala de aula é mais difícil. 

– Você leciona? – Taehyung perguntou, não escondendo a surpresa de sua voz. Clareou a garganta, vendo que havia soado rude. Jungkook apenas riu. – Que dizer… Qual matéria?

– Literatura.

Taehyung pensou por um momento, sua boca formando um bico atrativo.

Jungkook fixou-se no seu copo. Não era nada seguro fitar aquela boca.

– Faz sentido, você é muito bom com palavras. – Taehyung apontou, lembrando da carta que havia recebido de Jungkook, e imediatamente reunindo esforços para esquecer.

Jungkook não se dava tanta credibilidade assim.

– Não sei. Eu ganhei muito apreço por ler, na verdade. Meses em uma…

Jungkook parou de falar, selando os lábios em uma linha reta. Quase contara para Taehyung sobre o período na clínica. 

O médico percebeu o seu desconforto, dando-lhe um sorriso caloroso.

– Bom, você me parece muito bom no faz. Ten parecia te adorar.

Jungkook não podia acreditar que Taehyung lhe dava uma expressão tão afetuosa, visto que as últimas vezes que interagiram tinham trocado palavras mais do que raivosas.

O tempo realmente curava tudo? A atitude blasé de Taehyung só poderia ser porque ele tinha superado Jungkook há muito tempo, pensou, e agora o via só como mais um conhecido em sua vida.

Saiu de seus devaneios, sabendo que era a sua vez de falar.

– Bom, mas você sabe o que dizem… Quem não sabe fazer, ensina? Achei que poderia acabar pensando assim.

Taehyung juntou as sobrancelhas, irritado. Jungkook percebeu que era uma das coisas que havia mudado nele: ficava impaciente mais facilmente.

– Eu jamais pensaria isso.

– Ei, eu sei. Eu só não te culparia, visto que você salva vidas de pessoas… Minha carreira parece bem entediante.

Taehyung negou com a cabeça, o fogo no seu olhar característico e ao mesmo tempo com uma chama completamente nova, mais acesa. Ele realmente havia ganho confiança nos últimos anos. 

– Você não pode achar isso. Sinta orgulho de si mesmo, Jungkook, o que você faz tem o mesmo mérito. 

Jungkook o contemplou, envergonhado.

– Obrigado.

Pediram mais uma rodada de bebidas, e então outra e outra e outra. Quando deram por si, o álcool tinha feito o seu papel, a conversa ganhando um tom amigável, tornando-se menos séria.

Taehyung ria enquanto tentava lhe contar uma das histórias mais bizarras que vivenciara no hospital.

– Eu juro, Jungkook, foi o maior desespero que já passei. A senhora já estava deitada na mesa cirúrgica, pronta para ser anestesiada… Quando no último minuto ela disse para minha equipe que era alérgica a látex. Todos nós entramos em pânico. Muita coisa na sala tem látex, até às nossas próprias luvas… Tivemos que improvisar uma sala para fazer a operação. Depois da cirurgia, ela me disse que apenas não gostava do som das luvas de látex, que não era alérgica coisa nenhuma. Tive que sair dali imediatamente, se não eu ia estrangulá-la. 

Jungkook ria, inclinando-se para frente e agarrando seu estômago. Uma lágrima escapou o seu olho, que por conta da bebida já estava marejado antes mesmo da história. Seu nariz estava vermelho, os lábios levemente inchados e molhados.

O rosto de Taehyung não estava muito diferente, o corado lhe deixando adorável aos olhos de Jungkook, que já não preocupava-se mais em desviar sua visão.

– E essa não foi a pior...

Jungkook inclinou-se para frente para ouvi-lo melhor, chamando a atenção de Taehyung para seus ombros largos, fazendo-o esquecer completamente do que estava prestes a dizer.

Era a primeira vez que via Jungkook tão de perto depois que se reencontraram. Pôde deleitar-se em seus novos detalhes, presenteados pelo tempo: nas finíssimas rugas do canto de seus olhos, na cicatriz pequena que tinha se formado no canto de sua boca.

Tomado pelo álcool, Taehyung levou a mão à uma das bochechas macias de Jungkook, tocando-a com as pontas dos dedos. 

Depois de cinco anos, estavam finalmente tendo algum contato físico.

E não era como se eletricidade corresse pelos dois. Não, era calor. Como se depois de uma madrugada fria em casa, o aquecedor central voltasse a funcionar.

Jungkook respirou fundo, debruçando seu rosto sobre a mão de Taehyung, seus olhos fechando-se automaticamente.

Agora, era como se queimasse. Taehyung removeu a mão em um gesto rápido, assustando Jungkook. Levantou-se em um pulo.

– E-eu vou no banheiro.– saiu, não dando tempo para Jungkook se manifestar.

Taehyung caminhou direto até a pia, molhando as mãos, levando-as até seu pescoço e sua nuca. Respirou fundo, tentando controlar seus batimentos.

Olhou seu reflexo, os olhos levemente avermelhados lhe julgando.

O que estava fazendo? 

– Que bunda maravilhosa.– Uma voz atrás de si interrompeu seus pensamentos. Taehyung viu pelo espelho um homem alto, parado perto da entrada do banheiro, estampando um sorriso repugnante. 

Taehyung revirou os olhos, não dando lhe dando atenção.

– Não vai me responder? Vamos, não se faça de difícil… – o desconhecido continuou, aproximando-se de Taehyung, que por sua vez arrumou a postura e tomou uma instância mais defensiva. 

Taehyung estava secando as mãos na secadora que ficava apensada à parede quando sentiu a mão desconvidada tocar seu traseiro.

Virou-se com extrema rapidez, ficando de frente para o estranho. Ele sorria de maneira maliciosa, e Taehyung podia sentir o cheiro de bebida barata em seu hálito.

O olhar de Taehyung era feroz e cheio de raiva, mas sua voz saía calma.

 – Existe uma artéria aqui. – Taehyung tocou em seu próprio pescoço, seu dedo longo chamando a atenção para um ponto específico. O outro pareceu confuso com a mudança abrupta de assunto.  – Chama artéria carótida, e a função dela é fornecer sangue para o cérebro. Bem importante, não é? 

Não obteve resposta. O homem afastou-se alguns centímetros.

– Você sabe, eu sou médico. Já pressionei as artérias carótidas de pacientes cuja frequência cardíaca estava quase 200, e vi cair para 100. Se eu pressionar com bastante precisão, não vou nem precisar de força para impedir a passagem do seu oxigênio para o cérebro...

– Taehyung, está tudo bem? 

Jungkook olhou entre Taehyung e o homem assustado que vinha em sua direção, visando a saída. 

– Ele é maluco. – o desconhecido resmungou, enquanto passava por Jungkook. – O traseiro não vale tanto trabalho.

Jungkook sentiu seu temperamento inflar, seu leve estado de embriaguez não ajudando a pensar mais racionalmente.

– O que você disse? – Jungkook não reconheceu sua própria voz, saída em um grunhido. Mas não obteve resposta, pois o desconhecido já voltara para o bar com passos apressados.

Jungkook fez menção de ir atrás dele, mas a voz de Taehyung o segurou.

– Vamos embora. Aquele babaca estragou o meu humor. 

Jungkook parou, correndo seus olhos por Taehyung. Parecia bem. Assentiu, um pouco relutante.

Voltaram para o interior do bar e dividiram a conta. Ao olhar o valor, perceberam que tinham bebido mais do que intencionavam. Saíram em silêncio.

O vento da noite os deixaram um pouco mais sóbrios. 

– O que aconteceu lá dentro? – Jungkook perguntou, fitando a rua vazia: já devia passar das duas da manhã.

– Ele só achou que tinha algum direito de encostar em mim… E por ser estúpido, ficou assustado quando comecei a falar que iria estrangulá-lo, mas usando termos médicos.

Jungkook riu, abafado. Ele precisaria de toda ajuda do universo, porque senhor, a forma de Taehyung lidar com tudo era tão diferente que o deixava mais atrativo ainda aos olhos de Jungkook. 

Estavam quase chegando, e Taehyung sentiu seu coração pesar, não querendo acabar ali. Precisando de mais, o seu interior gritando para aproveitar que Jungkook estava ali, do seu lado, e poderia desaparecer a qualquer momento.

Sua mente estava inebriada pelo álcool, então não possuía uma voz forte o suficiente para fazê-lo parar. Não queria admitir que tinha consciência de suas ações, preferindo deixar a culpa para a bebida.

Virou-se para o lado, observando o perfil de Jungkook. Ele era extremamente atrativo, e o tempo tinha lhe deixado ainda mais cativante. Mas não era somente isso que o atraía em Jungkook. 

A verdade era que nenhum homem jamais o tinha tratado de maneira tão certa como ele fazia. Por anos pensara que era por conta da profissão, do acordo com seu irmão. Não era isso. A capacidade de ler Taehyung era uma habilidade inerente de Jungkook, e por isso ele sabia onde tocá-lo, como tocá-lo...

Ninguém o fazia sentir-se tão vivo.

Viu-se pegando Jungkook pela mão, o puxando gentilmente para os fundos de um dos prédios. 

Taehyung postou suas costas na parede, guiando Jungkook para sua frente.

– Me beija, Jungkook. – pediu, baixinho.

Jungkook sabia que não deveria. Mas era tão difícil resistir à Taehyung. Não quando era algo que ele tanto queria também.

Sas mãos decidiram por ele, agindo por conta própria e agarrando Taehyung pelo pescoço, envolvendo o cabelo escuro nos seus dedos, a textura conhecida lhe mandando ondas de nostalgia. A boca dos dois uniram-se com urgência, o calor do corpo de um inflamando o do outro.

Estavam tão pressionados um no outro que podiam sentir cada curva e forma do outro. Ainda assim, queriam ficar mais perto, desafiando as leis da física.

Jungkook o pressionou contra a parede, colocando sua coxa esquerda entre as pernas de Taehyung. 

O beijo não era calmo ou paciente. Era quase como uma briga, em que no fim Taehyung deixava-se dominar por Jungkook, pois era como os dois gostavam. Os sentimentos de ambos estavam todos bagunçados: existia paixão (que nunca havia morrido, era daquele tipo que nunca esvanecia), urgência, raiva, curiosidade, mágoa.

Taehyung agarrou sua camisa, não sabendo se para puxá-lo mais para perto de si ou se para empurrar Jungkook. Escolheu a primeira opção, aprofundando um beijo que já tinha a profundeza de um oceano. 

Levou suas mãos para dentro da jaqueta de Jungkook, postando-as na cintura fina. O corpo todo de Jungkook estremeceu, e ele respondeu mordendo o lábio grosso de Taehyung.

Havia um desespero nas ações de Jungkook, como se estivesse faminto. O beijo continuou escalando, mais forte e rápido. Ele pressionou sua ereção contra Taehyung, que arqueou suas costas para que Jungkook também sentisse seu pênis duro. 

Jungkook soltou uma de suas mãos dos cabelo de Taehyung, dirigindo-a até o braço de que estava envolvido em sua cintura. Puxou o braço, colocando-o contra a parede.

Uniu sua mão com a de Taehyung.

Apartaram os lábios, Jungkook voltando sua atenção para a mandíbula de Taehyung. Chupou displicente, não pensando que era um lugar onde todos poderiam ver. Taehyung também não parecia ligar, se o gemido que escapara seus lábios era indicativo do quanto gostara do gesto. Desceu mais sua boca, alcançando a clavícula de Taehyung. Era um do pontos que mais sensuais no corpo do outro, em sua opinião.

Depois dar atenção para toda região, Jungkook ficou sem fôlego, enterrando seu rosto na curva do pescoço de Taehyung. Respirou descompassado, e Taehyung achou que estava delirando, pois só conseguia pensar que nunca sentira nada tão maravilhoso quanto a respiração ofegante de Jungkook contra sua pele.

– Sobe comigo. – Taehyung pediu, também sem ar.

Jungkook realmente não conseguia negar nada a ele.

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