Minha Pequena Ayla

By Larissa_Taynara

239K 17.7K 934

Melinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par... More

Sinopse
Apresentação
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Epílogo

Capítulo 5

5.9K 464 24
By Larissa_Taynara

Maxwell

Ao chegar em nossa nova casa a primeira coisa que reparei foi uma mulher que estava ao lado dela.

Aquela mulher com os cabelos da cor do outono me hipnotizou, fiquei preso naquele olhar por alguns minutos até ela desviar e começar a caminhar.

Como um sopro de ar frio, cinto algo estranho sem os seus belos olhos me olhando, como se eu precisasse os olhar sempre.

A sigo com o olhar, e vejo uma cena peculiar para mim.

Me surpreendi ao ver ela conversar com minha filha, e mais ainda quando a Ayla abraçou a moça. Depois disso a minha filha não conseguia esconder o sorriso.

A Ayla é tímida e não sorri para as pessoas que não conhece, a primeira vez que a vi sorri foi para sua avó, considerando que tinha acabado de conhecê-la também, isso foi um tanto diferente.

— Gostou dela? — pergunto olhando para ela que ainda olhava por onde a moça tinha ido.

Ela me olha e balança a cabeça afirmando.

Eu também — digo em meus pensamentos.

Afasto a ideia da minha cabeça, e olho para minha filha que parecia hipnotizada pela moça também.

— Vamos entrar e conhecer nossa nova casa —pego a sua mão e entramos juntos.

Ainda estava cheia de pessoas passando de um lado para o outro montando os móveis e instalando as coisas, pelo que me disseram, essa casa está à bastante tempo fechada.

Tivemos que instalar um alarme de segurança, campainha na porta, alarme de incêndio, tapar alguns buracos e por isso não conseguimos fazer a mudança dos móveis antes.

O lugar era grande e espaçoso. Mas como disse , ainda estava uma bagunça com pessoas indo de um lado para outro com móveis e nossas malas.

Contratei algumas pessoas para organizar tudo para nós, vai ficar faltando os detalhes do quarto da Ayla, que vejo depois como faremos.

— Bom dia, senhor Smith — um homem de terno e cabelo loiro me cumprimenta.

— Bom dia, mas nada de formalidade, estamos na minha casa — sorri gentilmente para o homem em minha frente.

— Claro, tem razão. Sou seu novo colega de trabalho e vim te receber aqui na cidade.

— Muito obrigado pela gentileza. Pode me chamar de Max e essa é a minha filha Ayla.

— Filha? Não sabia que tinha filhos, Max — ele fala e da um sorriso para minha filha. — A propósito me chamo Joseph.

— Eu também não sabia até uma semana atrás, e até o momento só tenho ela — sorri.

— Sendo assim, acredito que tenha muito a descobrir ainda sobre o que é ser pai — ele diz com uma sorriso de lado.

— Nem me fale — ele ri.

— Vamos dar uma volta pela cidade enquanto sua casa fica pronta para recebê-los? — ele pergunta apontando para porta, sugerindo que saíamos.

— Claro — olho para Ayla e pergunto. - Vamos passear, meu amor?

Ayla faz que sim com a cabeça e sorri animada com a idéia.

Também fico feliz em trazer alegria para ela.

Saímos da nossa nova casa de carro, apesar de ser no interior, é diferente do que pensava, é uma cidade com muita coisa para se mostrar.

Fomos ao centro da cidade e vimos bastante lojas, e recebemos vários olhares.

— Cidade pequena tem disso, todo mundo conhece todo mundo, então sabemos quem é novo na cidade — Joseph explica enquanto caminhamos.

Passeamos por mais alguns lugares da cidade e pedi para que o Joseph me falasse das escolas que tem por aqui.

— Tem algumas escolas pequenas de bairro e as maiores que são públicas - ele explica. - Mas a mais conhecida por aqui é a escola de educação e artes, fica perto da sua casa.

— Essa escola é boa? — questiono para ele.

Não conheço muito sobre educação, mas imagino que escola de bairro seja menor, o que é perfeito para Ayla agora, ela precisa de uma atenção a mais por não está falando.

— Pode apostar que sim, ela já está lá há muitos anos e é considerada uma das melhores, por que não tira um dia para vizita-la?

— Será que podemos? — questiono um pouco empolgado. Resolver essa situação seria um adianto para nós.

— Claro, eu conheço a diretora, se quiser passamos ir lá ainda hoje.

— Se puder me fazer mais esse favor, ficarei muito grato.

— Claro cara, vamos lá — ele fala nos chamamos.

Entramos no carro de novo para ir a tal escola.

A Ayla ficou ainda mais quieta com o assunto escola. Me lembro dela ter dito que não gostava muito da sua antiga escola, mas não sei o motivo real para isso.

Nesses pensamentos vamos o caminho todo em silêncio, como de costume, e em alguns minutos chegamos na escola.

A fachada da escola é grande e colorida, tem algumas pinturas e esculturas de música, artes plásticas e jogos. Já parece ser um lugar divertido de estar só de ver ela por fora.

O Joseph falou com o porteiro que depois de uns minutos libera a nossa entrada e nos manda ir a sala da diretoria.

Entramos na escola e fomos para sala dela, pelo caminho aproveito para olhar ao redor, e percebo que dentro não é muito diferente do que é por fora, a escola tem dois andares, a contar do térreo, e é cheia de portas que indicam ser as salas.

Chegamos a diretoria e a secretaria libera nossa entrada.

— Filho, quanto tempo que não vem me ver no trabalho — a mulher sentada atrás da mesa fala.

— Sabe como é a correria — Joseph fala e abraça a mulher. — Esse é o meu novo amigo o Max e essa é a filha dele, Ayla.

— Prazer em conhecê-los, sou Helena, a diretora da escola e mãe do Joseph — ela nos cumprimenta com um aperto de mão e um abraço.

— O prazer é todo nosso — respondo.

— Eles são novos na cidade e ele estão procurando uma escola para a menina, aí os trouxe aqui.

— Oh — Helena fala e vejo seu sorriso sumindo. — Estamos no meio do ano letivo, é difícil encontrar vaga nessa época.

— Imaginei isso, mas estou desesperado — digo para ela. — Joseph, poderia ficar com a minha filha um pouco enquanto converso com a dona Helena?

Joseph assente e minha filha, que pareceu gostar dele, pega a sua mão e vai para fora da sala.

— A mãe da Ayla morreu em uma mesa de cirurgia a mais ou menos uma semana, eu não sabia da sua existência até então e agora tenho uma filha de quatro anos que não sei como educar e fui transferido para essa cidade onde não começo ninguém além do seu filho, na verdade, eu o conheci hoje de manhã — digo sincero contando ela toda a história, de forma resumida.

— Nossa — ela fala depois de um tempo. —Sinto muito pela sua perda. Sua vida parece bem confusa agora, eu vou tentar ajudá-lo — ela diz voltando a sorrir.

— Tem mais uma coisa, a Ayla não fala desde a morte da mãe, vou levá-la aos médicos para ver se ajuda, mas no momento ela ainda não fala.

— Coitadinha, quantos anos disse que ela tem?

— Quatro anos.

— Acho que ela ficaria na turma do jardim de infância — Dona Helena fala pensativa. —Aguarde um tempo aqui que vou ver o que posso fazer por vocês.

— Muito obrigado mesmo — sorri aliviado.

— Não agradeça ainda, tenho que falar com a professora da turma e ver se ela aceita mais uma aluna.

— Sim, claro — sorri animado com a esperança de ter resolvido pelo menos uma das cem coisas que tenho que resolver para Ayla está totalmente em casa e acomodada.

Ela sai da sala e o Joseph entra em seguida com a Ayla.

— Iai irmão, conseguiu?

— Ela foi falar com a professora do jardim de infância — digo e ele senta ao meu lado, no lugar que o mesmo estava sentado antes.

Minha filha vem até mim e coloco-a sentada no meu colo.

— A Linda com certeza vai aceitar, ela é muito compreensiva — Joseph fala.

— Linda? — pergunto confuso.

— Sim, é assim como os alunos a chamam, professora Linda ou tia Linda — ele explica rapidamente.

Apenas assenti e ficamos em um eterno silêncio esperando a diretora voltar.

Aquela demora estava me deixando ainda mais nervoso.

— Desculpem a demora — Helena fala entrando na sala.

— Sem problemas — digo tentando parecer calmo.

— Iai mamãe? — Joseph pergunta ansioso e vejo os olhos da Ayla se encherem de expectativa.

— Ela aceitou — Helena fala e comemoramos. — Mas...

— Sempre tem um mas — Joseph cochicha para mim.

— Mas a professora dará aulas particulares no turno na tarde para ela, para que ela alcance os demais, e como disse que a sua filha não falava, ela vai precisar de uma atenção maior. E assim como imaginei, a professora Linda não se opôs a ajudá-la.

— Não sei nem como agradecer — digo surpreso.

— Simples, traga os documentos e sua filha, porque amanhã mesmo ela começa.

— Claro, sem problemas.

— Amanhã te apresento a professora e vocês acertam os detalhes das aulas e se conhecem também.

— Muito obrigado, dona Helena — digo me levantado com minha filha nos braços.

— Obrigado, mãe — Joseph fala se levantando. — Agora temos que ir conhecer o resto da cidade e almoçar.

— Claro, qualquer coisa já sabem onde me encontrar.

Dito isso, saímos da sala e fomos para um restaurante da cidade.

Passamos mais algumas horas perambulando de um lado para outro, o Joseph me mostrou algumas papelarias onde eu pudesse comprar os livros e matérias da lista que a secretária da mãe dele me entregou.

Após comprar todo o necessário resolvemos dar uma última volta no shopping para depois voltarmos para casa, afinal, nossa casa já deve ter ficado pronta.

— Vocês sabem ir sozinhos para casa daqui? Tenho um assunto urgente para resolver agora — Joseph fala e parecia preocupado.

— Tudo bem — digo. — Se precisar de alguma coisa só falar — digo e me dispenso dele.

Ele vai embora e ficamos só eu e a Ayla.

— O que você quer fazer agora? — pergunto para ela. Ela da de ombros e percorre o lugar com os olhos.

Enquanto caminhamos distraídos olhando para as vitrines das lojas esbarramos em alguém.

— Me desculpem, estava distraído — digo me virando para olha-las.

— Não f...foi na...nada — a moça dos cabelos de outono que havia visto mais cedo fala.

Quem diria que encontraria tão cedo. Sorri bobo a olhando.

— Não foi nada o que? Presta mais atenção da próxima vez — a moça que está com ela fala.

— Victória! — a ruiva a repreende. — Desculpem a minha amiga, ela está um pouco estressada.

A moça que até então não havia me olhado nos olhos ainda vira a cabeça na minha direção e vejo o fogo que estava nos seus olhos cessar.

— Sim, desculpa o estresse — ela fala meio sem jeito.

— Eu que peço desculpa a vocês, estava distraído olhando as vitrines — falo e sinto uma mãozinha puxar minha calça. Era a Ayla. - Oi, quer alguma coisa?

Ela balança a cabeça negando e aponta para a ruiva e depois faz um gesto como se quisesse abraçar a si mesmo.

— Quer abraçar a moça? — ela afirma. — Pergunte para ela se pode.

Ayla solta a minha mão e da um passo a frente, abre bem os braços e sorri para moça.

— Claro que eu quero um braço — a ruiva fala e se abaixa ficando da altura da minha filha.

Elas se abraçam e depois a moça levanta com ela nos braços.

— Seu nome é Ayla, não é? — ela pergunta para minha filha que afirma com a cabeça. — Nome muito bonito - Ayla sorri e ponta para moça e depois ergue as mãos como se estivesse perguntando a ela algo.

— Acho que ela está perguntando o seu — A amiga dela fala.

— Oh — A moça fala. — Me chamo Melinda e essa é a minha melhor amiga, Victória.

Melinda! Que nome lindo, assim como ela.

Minha filha acena para ela e pede para descer do colo de Melinda.

Ela vem ate mim e puxa minha mão para que chegue mais perto.

— Acho que ela também quer que você se apresente - Victória fala e sorri.

— Acho que sim — dei um sorriso. — Prazer em conhecê-las, me chamo Maxwell.

— Prazer é todo nosso — Victória fala e suspira, Melinda da uma cutucada em seu braço.

— Prazer reve-los, temos que ir ou vamos perder o horário — Melinda fala.

- Impressão minha ou toda vez que nos vemos você tem que ir a algum lugar para não se atrasar? — me atrevo a brincar com ela. Achei ser uma má ideia já que ela ficou seria por uns minutos. - Era só uma brincadeira.

— Imaginei — ela sorri. — Vamos ao cinema e se demorar mais um pouco não vamos encontrar mais nenhum filme em cartaz disponível.

— Não queremos incomodar, podem ficar a vontade - digo.

— Que isso, não querem ir com a gente? — a amiga dela pergunta. Vejo Melinda encara-la.

Minha filha balança a cabeça animada e olho para Melinda.

— Tudo bem pra você? — ela afirma com a cabeça. — Então vamos.

Fomos andando junto com elas, não estava nem um pouco com vontade de assistir a um filme e sim querendo ficar mais um tempo perto da garota cujo os cabelos me lembram o outono.

Continua...

- - -- - -- - -- - -- - -- - -- - -- - -

O que estão achando do livro?

Deixem estrelinhas e comentem.

Beijos, Larissa.

Continue Reading

You'll Also Like

6.9K 297 9
Imagines da Jenna Ortega e de alguns personagens interpretados por ela, para vocês leitores, se iludirem um pouquinho<3 Qualquer pedido, falem no pri...
1.7M 167K 64
Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a...
57.9K 5.3K 9
o mundo foi dividido entre quatro reinos: verão e primavera os reinos do calor e inverno e outono os reinos do frio. Bakugo havia sofrido um acident...
160K 14.1K 35
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...